segunda-feira, 5 de março de 2012

Lectio Divina -05/03/12





SEGUNDA-FEIRA - 05/03/2012


PRIMEIRA LEITURA: Daniel 9,4-10


• Talvez, um dos grandes problemas que enfrentamos na conversão é o reconhecer, desde o mais profundo de nosso coração, que somos pecadores. E não é fácil reconhecer que somos fracos e, por isso, geralmente buscamos DESCULPAS para nossas culpas e isto faz com que seja difícil sair de nosso pecado ou superar nossas debilidades. Nesta passagem que nos apresenta a Sagrada Escritura, vemos com que humildade e simplicidade o profeta reconhece, não só o pecado pessoal, mas também o coletivo. Ele sabe que o desterro que padecem é o fruto de seu pecado, porém, ao mesmo tempo sabe que seu Deus é um Deus de misericórdia. Não continuemos mascarando ou justificando nosso pecado e nossa fraqueja, sejamos honestos com nós mesmos e declaremos diante de Deus e de seu ministro nossa debilidade. Deus é amor, e por esse amor nos perdoará, porém, mais ainda, esta ação é a que nos permitirá superar nosso pecado e viver continuamente com a graça e o amor de Deus.



ORAÇÃO INICIAL

• Senhor, Pai Santo, que para nosso bem espiritual nos mandaste dominar nosso corpo mediante a austeridade, ajuda-nos e livrar-nos da sedução do pecado e a entregar-nos no cumprimento filial de tua santa lei. Por Nosso Senhor.



REFLEXÃO

Lucas 6,36-38

• Os três breves versículos do evangelho de hoje, constituem a parte final de um breve discurso de Jesus. Na primeira parte deste discurso, Ele se dirige aos discípulos (Lc 6,20) e aos ricos (Lc 6,24) proclamando para os discípulos quatro bem-aventuranças (Lc 6,20-23), e para os ricos quatro maldições (Lc 6,20-26). Na segunda parte, se dirige a todos os que o ouvem (Lc 6,27), a saber, aquela imensa multidão de pobres e enfermos, vinda de todos os lados (Lc 6,17-19). As palavras que diz a esta multidão e a todos nós são exigentes e difíceis: amar aos inimigos (Lc 6,27), não maldizer (Lc 6,28), oferecer a outra face a todos que te golpearem no rosto e não reclamar quando alguém tomar o que é nosso (Lc 6,29). Como entender estes conselhos tão exigentes? Estas explicações nos são dadas nos três versículos do evangelho de hoje, de onde tiramos o centro da Boa Nova que Jesus veio trazer-nos.
• Lucas 6.36: SER MISERICORDIOSO COMO VOSSO PAI É MISERICÓRDIA. As bem-aventuranças para os discípulos (Lc 6,20-23) e as maldições contra os ricos (Lc 6,24-26) não podem ser interpretadas como uma ocasião para que os pobres se vinguem dos ricos. Jesus manda ter a atitude contrária. E diz: “Amai vossos inimigos!” (Lc 6,27). A mudança ou a conversão que Jesus quer realizar em nós não consistem em algo superficial somente para inverter o sistema, pois, assim nada mudaria. Ele quer mudar o sistema. A Novidade que Jesus quer construir vem da nova experiência que tem de Deus como Pai/Mãe cheio de ternura que acolhe a todos, bons e maus, que faz brilhar o sol sobre maus e bons e faz chover sobre justos e injustos (Mt 5,45). O verdadeiro amor não depende do que eu recebo do outro. O amor deve querer o bem do outro independentemente do que ele ou ela fazem por mim. Pois, assim é o amor de Deus por nós. Ele é misericordioso não somente para com os bons, mas sim, para com todos, até “com os ingratos e com os maus” (Lc 6,35). Os discípulos e as discípulas de Jesus devem irradiar este amor misericordioso.
• Lucas 6,37-38: NÃO JULGAI E NÃO SEREIS JULGADOS. Estas palavras finais repetem de forma mais clara o que Ele havia dito anteriormente: “Assim, pois, tratai os demais como quereis que eles lhes tratem” (Lc 6,31; cf. Mt 7,12). Se não desejas ser julgado, não julgues! Se não desejas ser condenado, não condenes! Se quer ser perdoado, perdoe! Não fique esperando até que o outro tome a iniciativa, tome-a você a iniciativa e comece já! E verás que tudo isto acontece.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

• A Quaresma é tempo de conversão. Qual é a conversão que o evangelho de hoje me pede?
• Você tem procurado ser misericordioso como o Pai do céu é misericordioso?



ORAÇÃO FINAL

•    (SALMO 79,9)
• Hoje farei um exame de consciência, colocando maior ênfase nas áreas de minha vida que mais me custa honrar a Deus, e as apresentarei em oração deixando de racionalizar, declarando o que delas é pecado e pedindo perdão de coração.




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