quinta-feira, 22 de março de 2012






QUINTA-FEIRA - 22/03/2012


PRIMEIRA LEITURA: Êxodo 32,7-14

• De novo surge o tema e a importância da intercessão. Que teria sido do povo de Israel e que seria de nós sem pessoas como Moisés, que incessantemente oram a Deus para que derrame seu amor e sua misericórdia sobre nós, sobretudo, quando nos encontramos longe Dele? Pecar não é algo que seja estranho para nenhum de nós, e sabemos bem, por experiência, que nem sempre é fácil sair do pecado, este nos paralisa e nos cega impedindo-nos de regressar ao amor de Deus. É precisamente aqui onde necessitam nossa oração àqueles que longe de seu amor encontrariam felicidade, paz e alegria. Por isso, dentro de tua oração pessoal acostume-se, como nos pedia a Santíssima Virgem em Fatiam, a orar pela conversão dos pecadores. Se todos nós fizermos isso, dado que todos somos pecadores, estaremos orando uns pelos outros, entretanto, não te esqueças de dizer: “Senhor, em teu infinito amor, lembra-te, sobretudo, dos que hoje estarão mais necessitados de tua misericórdia”.



ORAÇÃO INICIAL

• Pai cheio de amor pedimos-te que purificados pela penitência e pela prática de boas obras, nos mantenhamos fiéis a teus mandamentos, para chegar, bem dispostos, as festas da Páscoa. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

João 5,31-47

• JOÃO INTERPRETE DE JESUS. João é um bom interprete das palavras de Jesus. Um bom interprete deve ter o dobro de fidelidade. Fidelidade às palavras daquele que fala, e fidelidade à linguagem daquele que ouve. No Evangelho de João, as palavras de Jesus não são transmitidas materialmente ao pé da letra, mas sim, são traduzidas e transpostas na linguagem das pessoas da comunidade cristã do final do primeiro século na Ásia Menor. Por este motivo, as reflexões do Evangelho de João não são sempre fáceis de entender. Pois, nelas se juntam as palavras de Jesus e as palavras do evangelista que reflete a linguagem de fé das comunidades da Ásia Menor. Por isto mesmo, não basta o estudo erudito ou científico das palavras para poder captar o sentido pleno e profundo das palavras de Jesus. É necessário também ter em nós uma vivência comunitária da fé. O evangelho do dia de hoje é um típico exemplo da profundidade espiritual e mística do discípulo amado.
• ILUMINAÇÃO MÚTUA ENTRE VIDA E FÉ. Aqui vale repetir o que João Cassiano disse a respeito do descumprimento do sentido pleno e profundo dos salmos: “Instruídos por aquilo que sentimos, não percebemos o texto como algo que somente ouvimos, mas sim, como algo que experimentamos e tocamos com nossas mãos, não como uma história estranha e fantástica, mas sim, como algo que damos a luz a partir do mais profundo de nosso coração, como se fosse sentimentos que formam parte de nosso ser. Repitamos: não é a leitura (estudo) o que nos faz penetrar no sentido das palavras, mas sim, a própria experiência adquirida interiormente na vida cotidiana” . A vida ilumina o texto, o texto ilumina a vida. Se, às vezes, o texto não nos diz nada, não é por falta de estudo nem por falta de oração, mas sim, simplesmente por falta de profundidade em nossa vida.
• João 5,31-32: O VALOR DO TESTEMUNHO DE JESUS. O testemunho de Jesus é verdadeiro, porque não promove a si mesmo, nem exalta a si mesmo. “É outro que dá testemunho de mim”, e este é o Pai. E seu testemunho é verdadeiro e merece fé.
• João 5,33-36: O VALOR DO TESTEMUNHO DE JOÃO BATISTA E DAS OBRAS DE JESUS. João Batista também deu testemunho a respeito de Jesus e o apresentou a multidão como o enviado de Deus que devia vir a este mundo (Cf. Jo 1,29.33-34;3,28-34). Por isto, por mais importante que seja o testemunho de João, Jesus não depende dele. Ele tem um testemunho a seu favor que é maior que o testemunho de João, isto é, as obras que o Pai realiza por meio Dele (Cf. Jo 14,10-11).
• João 5,37-38: O PAI DÁ TESTEMUNHO À FAVOR DE JESUS. Anteriormente, Jesus havia dito: “Quem é de Deus ouve as palavras de Deus” (Jo 8,47). Os judeus que acusam Jesus não tem a mente aberta para Deus. Por isso, não conseguem perceber o testemunho do Pai que lhes chega através de Jesus.
• João 5,39-41: A ESCRITURA DA TESTEMUNHO À FAVOR DE JESUS. Os judeus dizem ter fé nas escrituras, porém, na realidade não entendem a Escritura, pois, a própria Escritura fala de Jesus (cf. Jo 5,46;12,16.41;20,9).
• João 5,42-47: O PAI NÃO JULGA, PORÉM, CONFIA NO JULGAMENTO DO FILHO. Os judeus se dizem fiéis à Escritura e a Moisés e, por isso, condenam Jesus. Na realidade, Moisés e a escritura falam a respeito de Jesus e pedem para acreditar Nele.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

• A vida ilumina o texto e o texto ilumina a vida. Você já experimentou isso alguma vez?
• Você procura se aprofundar no valor do testemunho de Jesus!


ORAÇÃO FINAL

• (SALMO 144)
• Hoje farei uma oração especial por cinco pessoas ao meu redor que necessitam desesperadamente conhecer Deus, e lhes farei chegar uma mensagem, ou, algo que lhes fale de Deus.






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