sexta-feira, 27 de abril de 2012

Lectio Divina - 27/04/12





SEXTA-FEIRA - 27/04/2012

PRIMEIRA LEITURA: Atos 9,1-20

• Esta conhecida passagem da conversão de Paulo apresenta-nos diversos elementos para nossa reflexão. Um deles é a reação contrária de Ananias para batizar Paulo e a obediência total à proposta de Deus. É importante refletir sobre isso, pois, com freqüência ocorre este tipo de situação em nossa vida nas quais nós, humanamente, pensaríamos que as coisas deviam ser ou fazer-se de uma determinada maneira, todavia, Deus pode ter uma forma distinta de reagir. Isto, sobretudo, ocorre quando, como no caso de Paulo, é necessário trabalhar, cooperar, conviver com alguém que por sua conduta ou atitude para conosco ou para com os nossos amigos não tem sido correta. Lembremos que todos nós fomos chamados a crescer no amor e que muitas vezes um sorriso, o estender as mãos, uma simples saudação, pode ser o elemento pelo qual Deus possa aproximar-se de quem até agora, por sua cegueira espiritual, o tem rejeitado. Sejamos dóceis à voz do Espírito.



ORAÇÃO INICIAL

• Pedimos-te, Senhor, que já nos tem dado a graça de conhecer a ressurreição de teu Filho, nos concedas também que o Espírito Santo, com seu amor, nos faça ressuscitar para uma vida nova. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

João 6,52-59

• Estamos quase no final do Discurso do Pão da Vida. Aqui começa a parte mais polêmica. Os judeus se fecham em si mesmos e começam a questionar as afirmações de Jesus.
• João 6,52-55: CARNE E SANGUE: EXPRESSÃO DE VIDA E DE ENTREGA TOTAL. Os judeus reagem. Como este homem pode dar-nos sua carne para comer? Era próximo da festa da páscoa. Dentre de poucos dias, iam comer a carne do cordeiro pascal na celebração da noite de páscoa. Eles não entendiam as palavras de Jesus, porque tomaram tudo ao pé da letra. Porém, Jesus não diminuiu as exigências, nem tampouco, retira nada do que havia dito, e insiste: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerem a carne do Filho do Homem, e não beberem seu sangue, não terão vida eterna, e Eu lhe ressuscitarei no último dia. Porque minha carne é verdadeira comida e meu sangue verdadeira bebida. O que come minha carne e bebe meu sangue, permanece em mim, e eu nele”. (a)-Comer carne a carne de Jesus significa aceitar Jesus como o novo Cordeiro Pascal, cujo sangue nos liberta da escravidão. A lei do Antigo Testamento, a respeito da vida, proibia beber sangue (Dt 12,16.23; Hb 15.29). O sangue era sinal de vida. (b)-Beber o sangue de Jesus significa assimilar a mesma maneira de viver que marcou a vida de Jesus. O que trás vida não é celebrar o maná do passado, mas sim, comer este novo pão que é Jesus, sua carne e seu sangue. Participando na Ceia Eucarística, assimilamos sua vida, sua doação e sua entrega. “Se não comeis a carne do Filho do Homem, e não bebeis seu sangue, não tereis vida em vós”. Devem aceitar Jesus como o messias crucificado, cujo sangue será derramado.
• João 6,56-58: QUEM ME COME VIVERÁ POR MIM. As últimas frases são de grande profundidade e tratam de resumir tudo o que se disse. Evocam a dimensão mística que envolve toda a participação na eucaristia. Expressam o que Paulo disse na carta aos Gálatas: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim (Gl 2,20). É o que diz o Apocalipse de João: “Se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele” (Ap 3,20). E o próprio João no evangelho: Se alguém me ama guardará minha palavra e o meu Pai o amará e a ele viremos e nele estabeleceremos morada” (Jo 14,23). E termina com a promessa de vida que marca a diferença com o antigo êxodo: “Este é o pão que desceu do céu. Não é como o pão que vossos pais comeram e depois morreram. Quem come deste pão viverá para sempre”.
• João 6,59: O DISCURSO TERMINA NA SINAGOGA. Até aqui a conversa entre Jesus, as pessoas e os judeus na sinagoga de Cafarnaum. Como nos referimos anteriormente, o Discurso do Pão da Vida nos oferece uma imagem de como era a catequese naquele final do primeiro século nas comunidades cristãs da Ásia Menor. As perguntas das pessoas e dos judeus refletiam as dificuldades dos membros das comunidades. E as repostas de Jesus representam os esclarecimentos para ajudá-los a superar as dificuldades, aprofundar em sua fé e a viver mais intensamente a eucaristia que se celebrava, sobretudo, nas noites do sábado ou domingo, o dia do Senhor.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

• A partir do Discurso do Paulo da Vida, a celebração da Eucaristia recebe uma luz muito forte e um enorme aprofundamento. Qual é luz que estou percebendo e que me ajuda a dar um passo a mais?
• Comer a carne e o sangue de Jesus é o mandamento que Ele nos dá. Como vivo a eucaristia na minha vida? Ainda que não possa ir a missa todos os dias, ou, aos domingos, minha vida dever ser eucaristia. Como alcançar este objetivo?



ORAÇÃO FINAL

• (SALMO 117,1-2)
• Hoje procurarei as pessoas com as quais normalmente tenho mais diferenças e lhes demonstrarei que na realidade as amo.




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