terça-feira, 22 de maio de 2012

Lectio Divina - 22/05/12






TERÇA-FEIRA - 22/05/2012

PRIMEIRA LEITURA: Atos 20,17-27

• Nesta emotiva despedida de Paulo à comunidade da Ásia Menor nos diz: “Não tenho poupado nada que fosse de utilidade para anunciar-lhes o Evangelho”. Isto é, tenho colocado tudo que estava em mim para que Jesus fosse conhecido e amado. Se hoje fizéssemos um balanço de nossos recursos e de nossa vida poderíamos, como Paulo, dizer que temos colocado tudo o que está em nós para que Jesus fosse conhecido em nosso trabalho, em nossa escola, em nossa família ou em nosso bairro? Sempre acreditei que se o Evangelho chegou “até os últimos confins do mundo”, e se nossa sociedade é uma sociedade na qual o fantasma da morte nos aterroriza, é porque os cristãos permanecem passivos por muitos anos (deveríamos dizer mortos). Cada qual se ocupou só com seus negócios, pensando que os “padres, as freiras, e os missionários” eram os únicos encarregados de levar a Boa Noticia. O Concílio do Vaticano II e em especial a “Christifidelis Laici” de João Paulo II, em consonância com “Evangelii Nuntiandi” de Paulo VI, nos lembram que chegou a hora de que cada um de nós tome com seriedade sua função dentro da Igreja e anuncie a verdade em Jesus Cristo. Lembremos que “só em Cristo está a resposta a todas as interrogações da vida do homem”.



ORAÇÃO INICIAL

• Pedimos-te Deus de poder e misericórdia, que envies teu Espírito Santo, para que, fazendo morada em nós, nos converta em templos de sua glória. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

João 17,1-11A

• Nos evangelhos de hoje, de amanhã e depois de amanhã, vamos meditar as palavras que Jesus dirigiu ao Pai no momento da despedida. João conserva estas palavras e as coloca como pronunciadas por Jesus durante o último encontro de Jesus com seus discípulos. É o Testamento de Jesus em forma de “oração”, também chamada de Oração Sacerdotal (Jo 7,1-26).
• O capítulo 17 do evangelho de João é o final de uma longa reflexão de Jesus, iniciada no capítulo 15, sobre sua missão no mundo. As comunidades guardaram estas reflexões para poder entender melhor o momento difícil que atravessa: tribulação, abandono, duvida e perseguição. A longa reflexão termina com a oração de Jesus para as comunidades. Nela afloram os sentimentos e as preocupações que, segundo o evangelista, estavam em Jesus no momento de sair deste mundo para o Pai. Agora Jesus está diante do Pai com estes sentimentos e com esta preocupação, intercedendo por nós. Por isto, a Oração Sacerdotal também é o Testamento de Jesus. Muita gente, no momento de despedir-se para sempre, deixa alguma mensagem. Todo mundo guarda palavras importantes do pai e da mãe, sobretudo, quando são seus últimos momentos da vida. Conservar estas palavras é como guardar as pessoas. É uma forma de saudade.
• O capítulo 17 é um texto diferente. É mais de amizade que de razoamento. Para captar bem todo seu sentido, não basta a reflexão da cabeça, da razão. Este texto deve ser meditado e acolhido também no coração. Por isto, não devemos nos preocupar se não entendemos tudo de imediato. O texto exige toda uma vida para meditá-lo e aprofundá-lo. Um texto assim, nós devemos lê-lo, meditá-lo, pensá-lo, lê-lo novamente, repeti-lo, ruminá-lo, como se faz com um caramelo na boca, um caramelo que se goste. Um de dar voltas e voltas na boca, até terminar tudo. Por isto, feche os olhos, faça silêncio dentro de ti e ouça Jesus o que Jesus fala para você, comunicando-te no Testamento sua maior preocupação, sua última vontade. Procure descobrir qual é o ponto em que Jesus insiste mais e que considera o mais importante.
• João 17,1-3: CHEGOU A HORA! “PAI, CHEGOU A HORA!”. É a hora longamente esperada (Jo 2,4; 7,30; 8,20; 12,23.27; 13,1; 16,32). É o momento da glorificação que se fará através da paixão, morte e ressurreição. É o momento da glorificação, que se fará mediante a paixão, morte e a ressurreição. Ao chegar o final de sua missão, Jesus olha para trás e faz uma revisão. Nesta oração, Ele vai expressar o sentimento mais íntimo de seu coração e o descobrimento mais profundo de sua alma: a presença do Pai em sua vida.
• João 17,4-8: PAI, RECONHECRAM QUE VENHO DE TI! Ao voltar a ver sua vida, Jesus vê a si mesmo como a manifestação do Pai para os amigos que o Pai lhe deu. Jesus não viveu para si. Viveu para que todos pudessem ter um vislumbre de bondade e de amor que está encerrado no Nome de Deus que é ABBA, Pai.
• João 17,9-11ª: TUDO QUE É MEU É TEU, TUDO QUE É TEU É MEU. No momento de deixar o mundo, Jesus expõe ao Pai sua preocupação e reza pelos amigos que ele deixa para trás. Eles continuam no mundo, porém, não são do mundo. São de Jesus, são de Deus, são sinais de Deus e de Jesus neste mundo. Jesus se preocupa com as pessoas que ficam, e reza por elas.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

• Quais são as palavras das pessoas queridas que guarda com carinho e, que orientam tua vida? No caso de tua partida, que mensagem deixaria para tua família e para a comunidade?
• Qual é a frase do Testamento de Jesus que mais te tocou? Por quê?


ORAÇÃO FINAL

•    (SALMO 68,20-21)
• Hoje revisarei em quais de minhas possibilidades diárias não estou dando cem por cento de minha capacidade, e verei a maneira de fazê-lo como testemunho de minha vida cristã.






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