quinta-feira, 24 de maio de 2012

Lectio Divina - 24/05/12






QUINTA-FEIRA - 24/05/2012

PRIMEIRA LEITURA: Atos 22,30;23,6-11

• Jesus já havia anunciado no momento da Ascensão que o Evangelho deveria ser anunciado à todo mundo. Paulo, que foi chamado pelo Senhor para ser seu testemunho, terá agora que ir até o berço do Império para ai, diante do imperador, dar testemunho de Jesus. É importante nesta passagem dar-nos conta que se no princípio Paulo evangelizava por iniciativa própria e ia onde ele queria, agora é o próprio Senhor, quem valendo-se das circunstâncias, o envia à Roma. Pensemos quantas vezes, Deus nos envia à diferentes cidades, trabalhos, ambientes e nos desestabiliza, para com isso levar-nos a uma nova oportunidade de pregar e de ser seu testemunho. O que muitas vezes consideramos uma “tragédia” ou uma situação desagradável pode ser o converter-se na ocasião que Deus nos propõe para que nosso testemunho se faça visível e desta maneira atrair para Ele outras pessoas, que de outra maneira possivelmente nunca o haveriam conhecido. Saibamos descobrir em todo incidente a mão amorosa de Deus que nos convida a ser suas testemunhas, até os últimos confins do mundo.



ORAÇÃO INICIAL

• Que teu Espírito Senhor, nos penetre com sua força, para que nosso pensar te seja grato e nosso trabalho esteja de acordo com tua vontade. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

João 17,20-26

• O evangelho de hoje nos apresenta a terceira e última parte da Oração Sacerdotal, nela que Jesus olha para o futuro e manifesta seu grande desejo de unidade entre nós, seus discípulos, e para a permanência de todos no amor que unifica, pois, sem amor e sem unidade não merecemos credibilidade.
• João 17,20-23: PARA QUE O MUNDO ACREDITE QUE TU ME ENVIASTE. Jesus amplia o horizonte e ora ao Pai: Não rogo só por estes, mas, também por aqueles que, por meio de sua palavra, acreditaram em mim, para que todos sejam um. Como Tu, Pai, em Mim e Eu em Ti, que eles também sejam um em nós, para que o mundo acredite que Tu me enviaste. Aqui aparece a grande preocupação de Jesus pela união que deve existir nas comunidades. Unidade não significa uniformidade, mas sim, permanecer no amor, apesar de todas as tensões e de todos os conflitos. O amor que unifica a ponto de criar entre todos, uma profunda unidade, como aquela que existe entre Jesus e o Pai. A unidade no amor revelada na Trindade é o modelo para as comunidades. Por isto, através do amor entre as pessoas, as comunidades revelam ao mundo a mensagem mais profunda de Jesus. Como as pessoas diziam dos primeiros cristãos: “Olhe como se amam!”. É trágica a atual divisão entre as três religiões nascidas de Abraão: judeus, cristãos e mulçumanos. Mas trágica, no entanto, é a divisão entre os cristãos que dizem que acreditam em Jesus. Divididos, não merecemos credibilidade. O ecumenismo está no centro da última oração de Jesus ao Pai. É Seu Testamento. Ser cristão e não ser ecumênico é um contra-senso. Contradiz a última vontade de Jesus.
• João 17,24-26: QUE O AMOR COM QUE TU ME AMASTE ESTEJA NELES. Jesus não quer ficar só. Diz: Pai, os que tu me deste, quero que onde eu esteja eles também estejam comigo, para que contemplem minha glória, a que me tens dado, porque me tem amado antes da criação do mundo. O dizer de Jesus é que todos nós estejamos com Ele. Quer que seus discípulos tenham a mesma experiência que Ele teve do Pai. Quer que conheçam o Pai como Ele o conheceu. Na bíblia, a palavra conhecer não se reduz a um conhecimento teórico racional, mas sim, implica em experimentar a presença de Deus na convivência de amor com as pessoas na comunidade.
• QUE SEJAM UM COMO NÓS! (UNIDADE E TRINDADE NO EVANGELHO DE JOÃO). O Evangelho de João nos ajuda muito na compreensão do mistério da Trindade, a comunhão entre as pessoas divinas: o Pai, O Filho e o Espírito. Dos quatro evangelhos, João, é o que acentua a profunda unidade entre o Pai e o Filho. Pelo texto do Evangelho (Jo 17,6-8) sabemos que a missão do Filho é a suprema manifestação do amor do Pai. E é justamente esta unidade entre o Pai e o Filho que faz Jesus proclamar: “Eu e o Pai somos uma coisa só” (Jo 10,30). O Filho pede (Jo 14,16), e o Pai envia o Espírito. O Espírito da Verdade vem do Pai (Jo 15,26). O Filho pede (Jo 14,16), e o Pai envia o Espírito a cada um de nós para que permaneça conosco, dando-nos coragem e força. O Espírito nos vem do Filho também (Jo 16,7-8). Assim, o Espírito da Verdade, que nos amina, é a comunicação da profunda unidade que existe entre o Pai e o Filho (Jo 15,26-27). O Espírito não pode comunicar outra verdade que não seja a Verdade do Filho. Tudo o que se relaciona com o mistério do Filho, o Espírito o dá a conhecer (Jo 16,13-14). Esta experiência da unidade em Deus foi muito forte nas comunidades do Discípulo Amado. O amor que une as pessoas divinas Pai e Filho e Espírito nos permitem experimentar Deus através da união com as pessoas em uma comunidade de amor. Assim, também, era a proposta da comunidade, onde o amor deveria ser o sinal da presença de Deus no meio da comunidade (Jo 13,34-35). E este amor construiu a unidade dentro da comunidade (Jo 17,21). Eles olhavam a unidade em Deus para poder entender a unidade entre eles.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

• A Trindade é ainda melhor que a comunidade. Na comunidade que você é membro, percebe algum reflexo humano da Trindade Divina?
• Ecumenismo. Você é ecumênico?



ORAÇÃO FINAL

•    (SALMO 16,11)
• Hoje farei uma recontagem de situações difíceis em minha vida e vou pensar como posso dar um testemunho melhor de minha fé nesses casos para que, no futuro, quando tornar a passar por alguma circunstância semelhante, dar um verdadeiro testemunho.





Nenhum comentário:

Postar um comentário