terça-feira, 5 de junho de 2012

Lectio Divina - 05/06/12






TERÇA-FEIRA -05/06/2012

PRIMEIRA LEITURA: 2Pedro 3,12-15.17-18

• Estas palavras do apóstolo e Pastor da Igreja é um claro convite para crescer na graça, no conhecimento de Deus. Por isso, é necessário que nos aprofundemos na Sagrada Escritura, deixando-nos iluminar pela Luz do Espírito de maneira que possamos saber o que é bom, o que é santo, o que agrada a Deus. É tempo de oração que nos ajude a aprofundar no mistério de Deus e em nosso próprio; tempo, pois, para ouvir a doce voz do Espírito que nos atesta que somos verdadeiramente filhos de Deus e irmãos entre nós. Dedique, pois, mais tempo para sua oração e para a leitura das Santas Escrituras.



ORAÇÃO INICIAL

• Senhor amparamo-nos confiadamente na tua providencia, que nunca se equivoca, e te suplicamos que afaste de nós todo o mal e nos conceda aqueles benefícios que podem ajudar-nos na vida presente e na futura. Por Nosso senhor...



REFLEXÃO

Marcos 11,11-25

• No evangelho de hoje continua o enfrentamento entre Jesus e as autoridades. Os sacerdotes, anciãos e escribas haviam sido criticados e denunciados por Jesus na parábola da vinha (Mc 12,1-12). Agora, os mesmos pedem aos fariseus e aos herodianos que preparem uma armadilha contra Jesus, para podê-lo acusar e condenar. Perguntavam a Jesus sobre o imposto que tinha que pagar aos romanos. Era um assunto polêmico que dividia a opinião pública. Os adversários de Jesus queriam a todo custo acusá-lo para diminuir sua influência diante das pessoas. Grupos, que antes eram inimigos entre si, agora se unem para lutar contra Jesus que invadia, segundo eles, seu terreno. Isto continua ocorrendo hoje. Muitas vezes, pessoas ou grupos, inimigos entre si, se unem para defender seus privilégios contra aqueles que os incomodam com o anuncio da verdade e da justiça.
• Marcos 12,13-14: A PERGUNTA DOS FARISEUS E DOS HERODIANOS. Fariseus e herodianos eram lideranças locais nos povoados da Galiléia. Muito antes, haviam decidido matar Jesus (Mc 3,6). Agora, a mando dos Sacerdotes e dos Anciãos, querem saber de Jesus se está a favor ou contra o pagamento do imposto aos romanos, à César. Pergunta astuciosa, cheia de malicia! Sob a aparência de fidelidade à lei de Deus, procuram motivos para poder acusar Jesus. Se Jesus dissesse: “Temos que pagar!”, poderiam acusá-lo diante do povo de ser amigo dos romanos. Se dissesse: “Não temos obrigação de pagar!”, poderiam acusá-lo diante das autoridades romanas de ser um subversivo. Parecia um beco sem saída!
• Marcos 12,15-17: A RESPOSTA DE JESUS. Jesus percebe a hipocrisia. Em sua resposta, não perde tempo e inúteis discussões e vai direto ao núcleo da questão. Ao invés de responder e de discutir o assunto do tributo à César, pede que lhe mostrem a moeda, e pergunta: “De quem é esta imagem na moeda?”. Eles respondem: “De César!”. Resposta de Jesus: “O que é de César, devolvemo-lo a César, e a Deus o que é de Deus!”. Na prática já reconheciam a autoridade de César. Já estavam dando a César o que era de César, pois, usavam suas moedas para comprar e vender e até para pagar o imposto ao Templo! O que interessa a Jesus é que “dêem a Deus o que é de Deus”. Isto é, que devolvam à Deus o povo, por eles desviados, pois, com seus ensinamentos bloqueavam as pessoas para a vinda do Reino (Mt 23,13). Outros explicavam esta frase de Jesus de outro modo: “Dêem a Deus o que é de Deus!”, isto é, pratiquem a justiça e a honestidade segundo o que exige a Lei de Deus, pois, pela hipocrisia vocês estão negando à Deus o que lhe é devido. Os discípulos e as discípulas devem ter consciência! Pois, era o fermento destes fariseus e herodianos o que estava cegando os olhos (Mc 8,15).
• IMPOSTOS, TRIBUTOS E DÍZIMOS. No tempo de Jesus, as pessoas da Palestina pagavam muitos impostos, taxas, tributos e dízimos aos romanos e ao Templo. O império romano invadiu a Palestina no ano 63 aC e passou a exigir muitos impostos e tributos. Pelos cálculos feitos, se calcula que a metade ou mais da renda familiar ia para os impostos, os tributos, as taxas e os dízimos. Os impostos que os romanos exigiam eram de dois tipos: “diretos e indiretos”:
• O IMPOSTO DIRETO ERA SOBRE AS PROPRIEDADES E SOBRE AS PESSOAS. Imposto sobre as propriedades (tributum soli): os fiscais do governo verificavam o tamanho da propriedade, a quantidade da produção, e o número de escravos e fixavam a quantia que devia ser paga. Periodicamente, havia uma fiscalização mediante “censos”.
• IMPOSTO INDIRETO ERA SOBRE TRANSAÇÕES VARIADAS. COROA DE OURO: Originariamente era um presente ao imperador, porém, converteu-se em um imposto obrigatório. Cobrava-se em ocasiões especiais, como festas e visitas do imperador. IMPOSTO SOBRE O SAL: o sal era monopólio do imperador. Tributava-se só o sal para uso comercial. Por exemplo, o sal usado para “secar” os pescados. É daqui a origem da palavra “salário”. IMPOSTO SOBRE COMPRA E VENDA: em cada transação comercial pagava-se 1%. A cobrança era a cargo dos fiscais na feira. Na compra de escravo exigia-se 4%. Em cada contrato comercial registrado, exigia-se 2%. IMPOSTO PARA EXERCER A PROFISSÃO. Para tudo precisava de licença. Por exemplo, um sapateiro na cidade de Palmira, pagava um denário ao mês. Um denário era o equivalente ao salário de um dia. Até as prostitutas tinham que pagar. IMPOSTO SOBRE O USO DE COISAS DE UTILIDADE PÚBLICA: o imperador Vespasiano introduziu o imposto para poder usar os “banheiros” públicos em Roma. E dizia: “O dinheiro não cheira!”.
• OUTRAS TAXAS E OBIRGAÇÕES: PEDÁGIO OU ADUNA. TRABALHO FORÇADO. GASTOS ESPECIAIS PARA O EXÉRCITO (dar hospedagem aos soldados, pagar a comida para o sustento das tropas); IMPOSTO PARA O TEMPLO E O CULTO.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

• Conhece algum caso de grupos ou de pessoas que eram inimigas entre si, porém, se juntaram para perseguir uma pessoa honesta que os incomodava e denunciava? Isto te aconteceu alguma vez?
• Hoje qual é o sentido da frase: “O que é de César devolva à César, o que é Deus a Deus?



ORAÇÃO FINAL

• (SALMO 90,14,16)
• Hoje repetirei constantemente: “Vem agora, Senhor Jesus”, com o fim de fazer-me muito mais consciente de que meu encontro com Jesus será tão rápido como um relâmpago.




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