quinta-feira, 5 de julho de 2012

Lectio Divina - 05/07/12





QUINTA-FEIRA -05/07/2012

PRIMEIRA LEITURA: Amós 7,10-17

•    É incrível a obcecação que manifestamos frequentemente com o Senhor. Nos perdoa, nos fala, nos convida, nos repreende e ainda assim, continuamos com nossa atitude de rejeição a sua palavra e a seu amor. O rei Jereboão, em lugar de procurar a conversão de seu povo, e com isso a salvação deste, prefere ouvir as vozes do mundo e rejeitar o profeta de Deus. Esta é muitas vezes nossa atitude. No lugar de mudar nossa vida, preferimos deixar de lado o Deus que me estorva e que não me permite viver a vida como eu desejo que, freia e me joga na cara meus pecados com o fim de que eu me volte para Ele. Preferimos ouvir as vozes do mundo e não as do Evangelho, as vozes que vem dos meios de comunicação, em lugar daquelas que vem de nossos pastores. Ainda nos anúncios proféticos realizados por visionários, é nosso gosto ficarmos com o fenômeno (que sempre é atrativo), no lugar de converter-nos e voltarmos para Deus. Mudemos nossa atitude diante do Deus de misericórdia, diante do Deus do perdão; lembremos que seu coração está sempre aberto para os que se arrependem e voltam para Ele.



ORAÇÃO INICIAL

• Pai de bondade, que pela graça da adoção nos fez filhos da luz; concede-nos viver fora das trevas do erro e permanecer sempre no esplendor da verdade. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Mateus 8,28-34

• A AUTORIDADE EXTRAORDINÁRIA DE JESUS. Jesus aparece diante do leitor como pessoa investida de uma extraordinária autoridade mediante a palavra e o sinal (Mt 9,6.8). A palavra autoritária de Jesus ataca o mal em sua raiz: no caso do paralítico ataca o pecado que corrói o homem em sua liberdade e bloqueia suas forças vivas: “Teus pecados são perdoados”; “Levanta-te, toma tua cama e vai para casa”. Em verdade, todas as paralisias do coração e da mente com as quais alguém é encarcerado, a autoridade de Jesus as anula, pelo fato de encontrar-se com Ele na vida terrena. A palavra autoritária e eficaz de Jesus desperta à humanidade paralisada e lhe dá o dom de caminhar com uma fé renovada.
• O ENCONTRO COM O PARALÍTICO. Jesus, depois da tempestade e de uma visita ao país dos gadarenos, volta para Cafarnaum, sua cidade. Durante o regresso tem lugar o encontro com o paralítico. A cura não se realiza em uma casa, mas sim, ao longo do caminho. Assim, pois, durante o caminho que conduz a Cafarnaum o levaram um paralítico e Jesus se dirige a ele chamando-o de “filho”, um gesto de atenção que logo se converterá em um gesto salvífico: “teus pecados são perdoados”. O perdão dos pecados que Jesus invoca sobre o paralítico de parte de Deus alude a união entre enfermidade, culpa e pecado. É a primeira vez que o evangelista atribui a Jesus de maneira explicita este particular poder divino. Para os judeus, a enfermidade no homem era considerada um castigo pelos pecados cometidos; o mal físico, a enfermidade, sempre eram sinal e conseqüência do mau moral dos pais (Jo 9,2). Jesus restitui ao homem sua condição de salvação ao libertá-lo tanto da enfermidade como do pecado.
• Para alguns dos presentes, como os escribas, as palavras de Jesus anunciando o perdão dos pecados são uma verdadeira blasfêmia. Para eles Jesus é um arrogante, já que só Deus pode perdoar. Este juízo sobre Jesus não era manifestado abertamente, mas, murmurado entre eles. Jesus, que escruta seus corações, conhece suas considerações reprova sua incredulidade. A expressão de Jesus “para que saibais que o Filho do homem tem poder de perdoar os pecados...” indica que não só Deus pode perdoar, mas, que Jesus, também pode perdoar um homem.
• Diferente dos escribas, a multidão se enche de assombro e glorifica Deus diante da cura do paralítico. As pessoas estão impressionadas pelo poder de perdoar os pecados manifestados na cura, e se alegram porque Deus concedeu tal poder ao Filho do Homem. É possível atribuir isto a comunidade eclesial onde se concedia o perdão dos pecados pelo mandato de Jesus? Mateus coloca este episódio sobre o perdão dos pecados com a intenção de aplica-lo às relações fraternas dentro da comunidade eclesial. Nela já se tinha a prática de perdoar os pecados por delegação de Jesus; esta era uma prática que a sinagoga não compartilhava. O tema do perdão dos pecados aparece de nova em Mt 18 e no final do evangelho se afirma que isso tem suas raízes na morte de Jesus na cruz. Porém, em nosso contexto o perdão dos pecados aparece unido à exigência da misericórdia como se faz presente no seguinte episódio, a vocação de Mateus: “...quero misericórdia, e não sacrifício. Porque na vem chamar os justos, mas sim aos pecadores” (Mt 9,13). Estas palavras de Jesus pretendem dizer que Ele tornou visível o perdão de Deus, sobretudo, em suas relações com os publicanos e pecadores, ao sentar-se com eles na mesa.
• Este relato que retoma o problema do pecado e reclama a conexão com a miséria do homem, é uma prática do perdão que se tem que oferecer, porém, é, sobretudo, uma história que deve ocupar um espaço privilegiado na pregação de nossas comunidades eclesiais.




PARA REFLEXÃO PESSOAL

• Está convencido de que Jesus, chamado amigo dos pecadores, não despreza tuas debilidades e tuas resistências, mas, as compreende e te oferece a ajuda necessária para viver em harmonia com Deus e com os irmãos?
• Quando vive a experiência de negar e rejeitar a amizade com Deus, recorre ao sacramento que te reconcilia como o Pai e com a Igreja e que faz de ti uma nova criatura pela força do Espírito Santo?




ORAÇÃO FINAL

• (SALMO 145,8-9)
• Durante o dia de hoje ouvirei cantos e louvores a Deus e cantarei constantemente acompanhando esses cantos com boas intenções.





Nenhum comentário:

Postar um comentário