sexta-feira, 6 de julho de 2012

Lectio Divina - 06/07/12





SEXTA-FEIRA -06/07/2012

PRIMEIRA LEITURA: Amós 8,4-6.9-12

•    Com tamanha crueza relata a realidade que experimentava Israel antes do Exílio quando sofrera o castigo por toda mesquinhez que tinha realizado. Esqueceu-se de cultuar seu Deus e caiu no que tantas vezes Jesus nos advertiu para que não caíssemos: na idolatria do dinheiro, no que chamamos consumismo. Jesus dizia a seus contemporâneos: “Não podem servir a Deus e ao dinheiro”. É triste que hoje, apesar de ter estas palavras que ressoam desde a Sagrada Escritura, existam as mesmas vexações e que, como antes, os que sofrem as conseqüências desta avareza, deste pecado social, sejam os bolsos dos mais pobres. O mais grave é que ninguém faz nada. Agora tudo o que vemos tão normal no meio de um mundo globalizado onde os pobres “estorvam”, onde se matam as crianças quando são indefesas (no seio de suas mães) para assim poder ter “mais”. Que estúpidos! Nós vemos que tudo isto nos faz cada vez mais pobres? O profeta Amós pregou ao redor do ano 750 a.C., isto mesmo Jesus repetiu faz 2000 anos e tristemente, continua sendo tão atual em nossos dias, que é necessário reagir e não deixar-nos levar pela globalização, pelo consumismo e, sobretudo, pela falta de humanidade.



ORAÇÃO INICIAL

• Pai de bondade, que pela graça da adoção nos fez filhos da luz; concede-nos viver fora das trevas do erro e permanecer sempre no esplendor da verdade. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Mateus 9,9-13

• Mateus 9,9: O CHAMADO PARA SEGUIR JESUS: As primeiras pessoas chamadas para seguir Jesus foram quatro pescadores, todos judeus (Mt 4,18-22). Agora Jesus chama um publicano, considerado pecador e tratado como impuro pelas comunidades mais observantes dos fariseus. Nos demais evangelhos, este publicano chama-se Levi. Aqui seu nome é Mateus, que significa “dom de Deus” ou dado “por Deus”. As comunidades, em vez de excluir o publicano como impuro, devem considerá-lo como um “Dom de Deus” para a comunidade, pois, sua presença, faz com que a comunidade mude sinal de salvação para todos! Como os primeiros quatro chamados, assim também o publicano Mateus deixa tudo o que tem e segue Jesus. O seguimento de Jesus exige ruptura. Mateus deixa seu escritório de impostos, sua fonte de renda, e segue Jesus.
• Mateus 9,10: JESUS SENTA-SE NA MESA COM OS PECADORES E OS PUBLICANOS. Naquele tempo, os judeus viviam separados dos pagãos e dos pecadores e não comiam com eles na mesma mesa. Os judeus cristãos tinham que romper este isolamento e criar comunhão com os pagãos e impuros. Foi isto que Jesus ensinou no Sermão da Montanha, como expressão do amor universal de Deus Pai (Mt 5,44-48). A missão das comunidades era oferecer um lugar aos que não tinham lugar. Em algumas comunidades, as pessoas vindas do paganismo, ainda sendo cristãs, não era aceita na mesma mesa (cf. At 10,28;11,3; Gl 2,12). O texto do evangelho de hoje indica como Jesus comia com publicanos e pecadores na mesma casa e na mesma mesa.
• Mateus 9,11: A PERGUNTA DOS FARISEUS. Aos judeus era proibido sentar-se na mesa com publicanos e pagãos, porém, Jesus não presta atenção a isto, pelo contrário, confraterniza-se com eles. Os fariseus, vendo a atitude de Jesus, perguntam aos discípulos: “Por que é que vosso mestre come com os arrecadadores de impostos e com os pecadores?”. Esta pergunta pode ser interpretada como expressão do desejo destes, que querem saber por que Jesus age assim. Outros interpretam a pergunta como uma crítica dos comportamentos de Jesus, pois, durante mais de quinhentos anos, desde o tempo do cativeiro na Babilônia até a época de Jesus, os judeus haviam observado as leis de pureza. Esta observância secular se tornou para eles um forte sinal de identidade. Ao mesmo tempo, era fator de sua separação no meio dos outros povos. Assim, por causa das leis de pureza, não podiam nem conseguiam sentar-se na mesa para comer com os pagãos. Comer com os pagãos significava tornar-se impuro. Os preceitos de pureza eram rigorosamente observados, tanto na Palestina com nas comunidades judaicas da Diáspora. Na época de Jesus, havia mais de quinhentos preceitos para guardar a pureza. Nos anos setenta, época em que Mateus escreve, este conflito era muito atual.
• Mateus 9,12-13: EU QUERO MISERICÓRDIA E NÃO SACRIFÍCIOS. Jesus ouve a pergunta dos fariseus aos discípulos e responde com dos esclarecimentos. O primeiro é tirado do senso comum: “Não necessitam de médico os que estão fortes, mas sim, os que estão mal”. O outro é tirado da Bíblia: “Aprendam, pois, o que significa: Quero Misericórdia, e não sacrifício”. Por meio destes esclarecimentos Jesus explicita e esclarece sua missão junto às pessoas: “Não vim chamar aos justos, mas sim, aos pecadores”. Jesus nega a critica dos fariseus, e não aceita seus argumentos, pois, nasciam de uma falsa idéia da Lei de Deus. O mesmo invoca a Bíblia: “Quero misericórdia e não sacrifício!”. Para Jesus a misericórdia é mais importante que a pureza legal. Apela à tradição profética para dizer que para Deus a misericórdia vale mais que todos os sacrifícios (Os 6,6;Is 1,10-17). Deus tem índole de misericórdia, que se comovem diante das faltas de seu povo (Os 11,8-9).




PARA REFLEXÃO PESSOAL

• Hoje, em nossa sociedade, quem é que é marginalizado e quem é excluído? Por que? Em nossa comunidade temos idéias preconcebidas? Quais? Qual é o desafio que as palavras de Jesus apresentam a nossa comunidade, hoje?
• Jesus ordena ao povo que leia e que entenda o Antigo Testamento que diz: “Quero misericórdia e não sacrifícios”. O que é que Jesus quer dizer com isto, hoje?




ORAÇÃO FINAL

• (SALMO 119,2-3)
• Hoje procurarei no meu ambiente de trabalho uma pessoa que na verdade tenha muitas necessidades e compartilharei uma boa parte do com ela.





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