segunda-feira, 16 de julho de 2012

Lectio Divina - 16/07/12






SEGUNDA-FEIRA -16/07/2012




PRIMEIRA LEITURA: Zc 2,14-17

• O Senhor vem morar com a comunidade do Templo. O hebraico do versículo denota a linguagem de manifestação e presença duradoura. A permanência do Senhor é mencionada no versículo seguinte com proclamações inesperadas. “Numerosas nações se ligarão ao Senhor naquele dia”, referindo-se ao dia do Senhor. Tornar-se-ão seu “próprio povo”. Não é mencionado como as nações se ligarão nem como Israel e as nações se tornarão um “povo”. O conceito do senhor morando no meio das nações e de Israel é notável, em especial quando comparado com o contemporâneo de Zacarias, Ageu. A linguagem da aliança “elegerá” é usada para mostrar o relacionamento do Senhor com Judá e Jerusalém. A designação de Judá como “Terra Santa” só aparece aqui. Tudo será santo, porque o Senhor mor no meio do povo. As respostas terminam com um fragmento de diretriz litúrgica: “Silêncio... perante o Senhor!”.



ORAÇÃO INICIAL

• Vem Espírito Santo, encha com tua luz nossas mentes para entender o verdadeiro significado de tua Palavra. Por Nosso Senhor...


REFLEXÃO

João 19,25-27


• JUNTO A CRUZ. Nesta passagem encontramos também uma palavra muito importante que se repete duas vezes quando o evangelista fala da mãe de Jesus e do discípulo amado. O evangelista conta que a mãe de Jesus estava “junto a cruz” e o discípulo amado estava “junto a ela”. Este importante detalhe tem um significado bíblico muito profundo. Só o quarto evangelista conta que a mãe de Jesus estava junto à cruz. Os outros três não especificam. Portanto, só João sublinha que a mãe de Jesus estava presente, não o seguindo de longe, mas, junto à cruz em companhia das outras mulheres. Reta de pé, como uma forte mulher que continua acreditando, esperando e tendo confiança em Deus, inclusive naquele momento tão difícil. A mãe de Jesus está no momento importante no qual “Tudo se consumou” na missão de Jesus. Além disso, o evangelista sublinha a presença da mãe de Jesus no começo de sua missão, nas bodas de Cana, onde João usa quase a mesma expressão: “Estava ali a mãe de Jesus”.
• A MULHER E O DISCÍPULO. Nas bodas de Cana e na cruz, Jesus mostra sua glória e sua mãe está presente de modo ativo. Nas bodas de Cana se faz evidente, de modo simbólico, o que aconteceu na cruz. Durante a festa das bodas de Cana, Jesus transformou a água contida em seis potes. O número seis simboliza a imperfeição. O número perfeito é o sete. Por este motivo Jesus responde a sua mãe: “Ainda não chegou minha hora”. A hora, na qual Jesus renovou tudo, foi na hora da cruz. Os discípulos lhe perguntaram: “Senhor, é este o tempo em que reconstruirá o reino de Israel!” (At 1,6). Na cruz, com água e sangue, Jesus faz nascer a Igreja e ao mesmo tempo ela se converte em sua esposa. É o começo do novo tempo. Tanto nas bodas de Cana como na cruz, Jesus não chama sua mãe pelo próprio nome, mas sim, lhe dá o belíssimo título de “Mulher” (Jo 2,19-26). Na cruz Jesus não está falando com sua mãe, movido somente por um sentimento natural de filho com a sua mãe. O título de “Mulher” coloca claro que naquele momento Jesus estava abrindo o coração de sua mãe à maternidade espiritual de seus discípulos, representados na pessoa do discípulo amado que se encontra sempre próximo de Jesus, o discípulo que na última ceia reclinou sua cabeça sobre o peito de Jesus (Jo 13,23-26). O discípulo que entendeu o mistério de Jesus e permaneceu fiel à seu mestre até a crucificação, e mais tarde deveria ser o primeiro discípulo em acreditar que Cristo havia ressuscitado ao ver a tumba vazia e os panos de linho por terra (Jo 20.4-8), enquanto Maria Madalena assegura que haviam levado o corpo de Jesus embora. Portanto, o discípulo é quem acredita e permanece fiel à seu Senhor em todas as provas da vida. O discípulo amado de Jesus, não tem nome, porque ele representa você eu e, à quantos são verdadeiros discípulos. A mulher se converte em mãe do discípulo. A mulher, que nunca é chamada pelo evangelista pelo nome próprio, não é só a mãe de Jesus, mas, também é mãe da Igreja. Ao evangelista João agrada chamar a Igreja de “mulher” ou “senhora”. Este título se encontra na 2ª Carta de João e no livro do Apocalipse: “No céu apareceu um grandioso sinal: uma mulher vestida de sol, com a lua sob seus pés e em sua cabeça uma coroa de doze estrelas. Estava grávida e gritava pelas dores e trabalhos do parto” (Ap 12,1-2). A mulher, pois, é a imagem da Igreja mãe que está com dores do parto para gerar novos filhos a Deus. A mãe de Jesus é a imagem perfeita da Igreja esposa de Cristo que está em parto para gerar novos filhos à seu esposo.
• O DISCÍPULO RECEBE A MULHER EM SUA CASA. Se Jesus deixou nas mãos da mulher (sua Mãe e da Igreja) seus discípulos representados na pessoa do discípulo amado, igualmente deixou nas mãos dos discípulos a Mulher (sua Mãe e da Igreja). O evangelista conta que apenas Jesus viu o discípulo que amava junto a sua mãe e disse: “Eis ai tua mãe!”. O evangelista continua: “E desde aquele momento o discípulo a recebeu em sua casa”. Isto significa que o discípulo recebeu a mulher como uma pessoa valiosa e querida. Isto de novo nos lembra quanto João diz em suas cartas, quando chama a si mesmo de presbítero que ama à Senhora eleita, que ora por ela, para que cuide e a defenda contra o anticristo, isto é, dos que não reconhecem Cristo e procuram perturbar os filhos da Igreja, os discípulos de Jesus. As palavras do versículo 27 “e desde aquele momento o discípulo a recebeu em sua casa”, lembra-nos que encontramos também no começo do evangelho de Mateus. O evangelista abre sua narração com a visão do anjo no sonho de José, o esposo de Maria. Nesta visão o anjo disse a José: “José, filho de Davi, não temas receber contigo Maria, tua esposa, porque o que foi gerado nela vem do Espírito Santo” (Mt 1,20). Mateus abre seu evangelho com o Senhor confiando Maria e Jesus a José, enquanto João conclui seu relato com Jesus confiando sua Mãe e a Igreja nas mãos do discípulo amado.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

• O que lhe chamou mais a atenção nesta passagem e na reflexão?
• Na cruz, Jesus nos deu tudo: sua vida e sua Mãe. E você, está preparado para entregar algo pelo Senhor? É capaz de renunciar a tuas coisas, a teus gostos, etc., para servir a Deus e ajudar ao próximo?
• “Desde aquele momento o discípulo a recebeu em sua casa”. Acredita que as famílias de hoje seguem o exemplo do discípulo amado de Jesus? Que significado tem estas palavras para tua vida cristã?




ORAÇÃO FINAL

• (Lc 1,46-55)





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