sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Lectio Divina - 03/08/12






SEXTA-FEIRA -03/08/2012

PRIMEIRA LEITURA: Jeremias 26,1-9

•    O povo, no tempo de Jeremias, pensava que o templo era a coisa mais importante de sua vida religiosa e social, mais importante ainda que o cumprimento da lei. De maneira que era gente muito religiosa que servia o templo conforme as prescrições, oferecia os sacrifícios e fazia tudo o que Deus havia ordenado enquanto no templo, porém, haviam esquecido completamente a vida moral. O templo havia-se convertido em um verdadeiro ídolo, que a sua maneira, já havia suplantado Deus. É por isso que o profeta convida o povo à conversão. No entanto, a resposta é a mesma que dão hoje os católicos frios, os que vão à missa “por cumprir”, ou quando existe um casamento ou algum evento especial: “Não nos interessa o que está dizendo, cale-se”. E isto é entendido, já que o servir o templo, tanto antes como agora, não compromete nossa vida em nada. As pessoas hoje vêm à missa, porém, sua vida moral, a forma como leva sua casa, seus negócios, suas diversões, nada tem a ver com o que Jesus nos pediu no Evangelho. Abramos bem nossos ouvidos à voz do profeta, pois, o que foi verdade para o povo de Judá, também será para todo aquele que vive uma religiosidade sem moral: será destruído e, jogado no fogo, como claramente nos anunciou Jesus.



ORAÇÃO INICIAL

• Oh Deus, protetor dos que em ti esperam, sem ti na é forte nada é santo. Multiplica sobre nós os sinais de tua misericórdia, para que, sob tua guia providente, de tal modo nos sirvamos dos bens passageiros que possamos aderir aos eternos. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Mateus 13,54-58

• O evangelho de hoje narra como foi a visita de Jesus a Nazaré, sua comunidade de origem. A passagem por Nazaré foi dolorosa para Jesus. O que antes era sua comunidade, agora deixou de ser. Algo mudou. Onde não existe fé, Jesus não pode fazer milagres.
• Mateus 13,53-57ª: REAÇÃO DAS PESSOAS DE NAZARÉ DIANTE DE JESUS. Sempre é bom voltar para a própria terra. Depois de uma longa ausência, Jesus também volta e, como de costume, no dia de sábado, foi a reunião da comunidade. Jesus não era coordenador, porém, tomou a palavra. Sinal de que as pessoas podiam participar e expressar sua opinião. As pessoas ficaram admiradas, não entenderam a atitude de Jesus: “De onde vem à este essa sabedoria e esses milagres?”. Jesus, filho do lugar, que eles conheciam desde pequeno, como é que agora é tão diferente? As pessoas de Nazaré ficam escandalizadas e não o aceitam? “Este não é o filho do carpinteiro?”. As pessoas não aceitam o mistério de Deus presente em um homem comum como conheciam Jesus. Para poder falar de Deus, tinha que ser diferente. Como se vê nem tudo foi bem. As pessoas que deveriam ser as primeiras a aceitar a Boa Noticia, são as que se obstinam em não aceitá-la. O conflito não é como os de fora de casa, mas também com os parentes e com as pessoas de Nazaré. Eles não aceitam, porque não conseguem entender o mistério que envolve a pessoa de Jesus: “Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E seus irmãos não estão aqui conosco? Então, de onde vem tudo isto”. Não conseguiam entender.
• Mateus 13,57b-58: REAÇÃO DE JESUS DIANTE DA ATITUDE DAS PESSOAS DE NAZARÉ. Jesus sabe muito bem que “ninguém é profeta em sua pátria”. E diz: “Não há profeta sem honra, exceto em sua pátria e em sua casa”. De fato, ali onde não existe aceitação, onde não existe fé, não se pode fazer nada. Os prejuízos o impedem. O próprio Jesus, ainda querendo, não pode fazer nada. Fica assombrado diante da falta de fé.
• OS IRMÃOS E AS IRMÃS DE JESUS. A expressão “irmãos de Jesus” causa muita polêmica entre os católicos e protestantes. Baseando-se neste e em outros textos, os protestantes dizem que Jesus tem irmãos e irmãs e que Maria tem mais filhos. Os católicos dizem que Maria não teve mais filhos. O que pensar disso tudo? Em primeiro lugar, as duas posições, tanto dos católicos côo dos protestantes, ambas têm argumentos tirados da Bíblia e da Tradição de suas respectivas igrejas. Por isso, não convém censurar ou discutir esta questão somente com argumentos da cabeça. Trata-se de convicções profundas, que têm a ver com a fé e com os sentimentos de ambos. O argumento só da cabeça não consegue desfazer uma convicção do coração. Irrita e afasta. Ainda quando não estou de acordo com a opinião do outro, tenho que respeitá-la. Em segundo lugar, em vez de discutir em torno dos textos, católicos e protestantes, deveríamos unir-nos muito mais para lutar em defesa da vida, criada por Deus, vida tão desfigurada pela pobreza, pela injustiça, pela falta de fé. Deveríamos lembrar algumas outras frases de Jesus: “Vim para que todos tenham vida, e em abundância” (Jo 10,10). “Que todos sejam um, para que o mundo acredite que Tu me enviaste” (Jo 17,21). “Não o impeçam! Quem não está contra nós está a nosso favor” (Mc 10,39.40).




PARA REFLEXÃO PESSOAL

• Em Jesus algo mudou em sua relação com a Comunidade de Nazaré. Desde que começou a participar na comunidade, algo tem mudado em tua relação com a família? Por quê?
• A participação na comunidade tem te ajudado a acolher e a confiar mais nas pessoas, sobretudo, nos mais simples e pobres?



ORAÇÃO FINAL

• (SALMO 69,30-31)
• Hoje revisarei o que é que tanto impacta em minha vida os atos religiosos que faço, se são na verdade motivo de mudança ou só os faço por costume ou por apaziguar minha consciência, se assim for, hoje farei o compromisso de viver conforme o que acredito e celebro nessas ações.





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