sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Lectio Divina - 30/11/12



SEXTA-FEIRA -30/11/2012



PRIMEIRA LEITURA: Romanos 10,9-18

• A celebração de um apóstolo na igreja é sempre um convite para que cada um de nós lembre que sem nós o evangelho não chegará aos corações de todos os homens já que, como diz Paulo: “a fé nasce da pregação”. É por isso fundamental que todos e cada um de nós, vamos perdendo o medo de nos mostrarmos como cristãos diante dos demais, já que nossa maneira de viver é forma mais expressa de fazer presente Cristo. Nosso testemunho de vida é a primeira e a mais importante pregação. Quando São Francisco de Assis queria pregar, simplesmente passeava pelo povo com seus discípulos e isto era o bastante para gritar ao mundo o evangelho. Hoje também é necessário que cada um de nós, no trabalho, na escola, no bairro, nos portemos como seguidores de Jesus Cristo. Isto, com o tempo, fará que também nossa língua se solte e comece a falar mais de Jesus. Lembremos que o próprio Jesus dizia, que nossos lábios falam do que o coração está cheio. Demos mais espaço a Jesus em nossa vida e naturalmente Ele próprio se manifestará através de nós aos demais. 




ORAÇÃO INICIAL 

• Oh Pai, que chamaste André das redes do mundo para a pesca maravilhosa no anuncio do Evangelho; faze com que também nós possamos gostar mais da doçura de tua paternidade, especialmente em nos sentirmos amados como filhos teus. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Mateus 4,18-22

CAMINHAVA AS MARGENS DO MAR DA GALILÉIA. Jesus havia saído do deserto, depois de quarenta dias de grande solidão e de lua contra o diabo (Cf. Mt 4,1-11). Ele havia saído vitorioso; seguro do amor de seu Pai e veio à Galiléia; uma terra distante e desprezada; uma terra fronteiriça e de pagãos, só, portanto, consigo mesmo sua grande luz e sua salvação (Cf. Mt 4,12-16). E aqui, Ele começou a proclamar sua mensagem de alegria e de libertação: “O Reino dos Céus agora está próximo! (Cf. Mt 4,17).Não existe mais solidão, nem a agonia do deserto, não existe ausência porque o Senhor Jesus Cristo desceu sobre nossa terra; a Galiléia dos gentios: com certeza, Ele está próximo; Ele é “Deus Conosco”. Ele não está longe. Não ficou parado e escondido, porque Ele próprio “caminha”, passeia às margens do mar, ao longo das costas de nossas vidas pobres e de fato ainda mais além de nossos horizontes. A Galiléia, que significa “anel”: e cuja interpretação nos diz que Ele, Jesus, o Amor, vem desposar-se; unir-se para sempre com Ele. Agora, só nos resta acolhe-lo, enquanto caminha sobre as margens do mar. Ainda na distância, Ele, já nos vê, e isto já sabemos...
• O VERBO “VER”, se repete duas vezes, primeiramente ao referir-se a André e a seu irmão, depois a Tiago e a João; este “VER” trás consigo mesmo toda a força e a intensidade de um olhar proveniente do coração, do mais íntimo. E é desta maneira, como o Senhor nos vê: nos lê a profundidade; com uma detalhada atenção amorosa foliada passo a passo nas páginas de nossas vidas; conhece cada coisa de nós e tudo ama. 
• Não é nada raro que Mateus utilize muitas vezes um vocabulário familiar para narrar este episódio sobre a vocação e o encontro com o Senhor Jesus. Já que também, encontramos quatro vezes a palavra “irmão”, e duas vezes a palavra “pai”. Somos levados à casa, a nosso principio de vida, ali onde de igual forma nos redescobrimos que somos filhos e irmãos. Jesus entra dentro desta nossa realidade e o faz de uma maneira mais humana; mais nossa, mais cotidiana, entra na carne, no coração, em toda a vida e vem resgatar-nos para fazer-nos nascer de novo.
• “SEGUE-ME” e “VEM”: são suas palavras simples e claras; Ele nos pede para ficarmos no caminho; andar da mesma forma que Ele. É agradável sentir-se despertar por sua voz! A qual é mais forte e atingível, mais doce que a voz das águas do mundo, que às vezes tendem a ser ruidosas e confusas. Diferente de quando Ele fala, o faz ao coração, tudo se converte em uma grande paz e tudo volta à calma. E depois, nos mostra também a rota, nos assinala o caminho para fazer e a seguir e não deixa perder-nos: “Atrás de mim, diz o Senhor. Só basta receber o convite, só basta aceitar que seja Ele, para que saber mais, só devo segui-lo, pois, Ele nos mostrará o caminho”.
• “DEIXARAM AS REDES E O SEGUIRAM”. Os dois irmãos, os dois primeiros chamados, o de Pedro e o de André, chegam a ser para nós um exemplo claríssimo, corajoso e convincente no inicio deste caminho. Eles nos ensinam as coisas que se deve fazer os movimentos e a escolha. “Deixar” e “seguir” chegam a ser os verbos chaves e as palavras escritas no coração. São porque, talvez, frequentemente possa ocorrer e ter que considerar tais iniciativas no interior de nossas vidas; no secreto da alma, ali onde só nós podemos ver. Ali onde só o Senhor é testemunho de que inclusive para nós, se cumprem estas maravilhosas palavras do Evangelho, que são tão vivas e fortes, e que mudam a nossa vida.
• “EM SEGUIDA”. Por duas ocasiões, Mateus nos faz ver a prontidão dos discípulos na acolhida do convite do Senhor, que passa, igualmente em seu olhar e em sua voz dirigida para eles. Eles não colocam obstáculos; não duvidam, não tem medo, só confiam cegamente Nele, respondendo em seguida e dizendo sim, àquele Amor. Alem disso, Mateus faz passar diante de nossos olhos todos os elementos que vivificam aquela cena na margem do mar: como por exemplo, as redes, a barca, o pai... tudo ocorre no fundo, tudo passa a segundo plano e tudo é deixado de lado. Só permanece o Senhor, que vai adiante e, atrás Dele, aqueles quatro homens novos, que levam nosso nome e a história, que Deus escreveu para nós.




PARA REFLEXÃO PESSOAL

Tenho medo das águas que meu coração leva, como se meu mar fosse ameaçador, escuro, inimigo? Posso deixar o Senhor caminhar ao longo das margens comigo?
• Guardo silêncio neste momento? Permito realmente que Jesus passe e se aproxime de mim?
• Deixo que Ele fale, que me diga, talvez pela primeira vez: “Siga-me?. Ou prefiro continuar ouvindo só o rumor do mar e de suas ondas invasoras e devastadoras?




ORAÇÃO FINAL 

• (SALMO 119)
• Acrescentarei minha vida sacramental para assemelhar-me cada dia mais a Cristo.





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