segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Lectio Divina - 10/12/12





SEGUNDA-FEIRA -10/12/2012


PRIMEIRA LEITURA: Isaias 35,1-10

• Este capítulo de Isaias nos fornece o equivalente positivo do capítulo 34, focalizando a libertação de Israel. A imagem relaciona-se estreitamente à do Segundo Isaias: haverá uma estrada no deserto (cf. Is 40,3), o deserto florescerá e nele brotarão muitas fontes. O versículo 10 está repetido diretamente em Is 51,11. A libertação envolve abrir os olhos dos cegos e os ouvidos dos surdos. O tema da procissão, também fundamental para o Segundo Isaias, deriva, provavelmente, do culto do Templo. A mensagem é de consolo e esperança. Sem dúvida, o autor destes capítulos considerava a destruição de inimigos como Edom condição prévia necessária para a transformação. Em ambos os casos, precisamos reconhecer o papel da fantasia, mas as imagens do capítulo 35 têm o poder duradouro de consolar e encorajar os que necessitam de libertação.




ORAÇÃO INICIAL

•    Senhor suba a tua presença nossas súplicas e encha teus servos dos desejos de chegar a conhecer em plenitude o mistério admirável da encarnação de teu Filho. Que vive e reina. Amém



REFLEXÃO

Lucas 5,17-26

• Sentado Jesus ensina. As pessoas gostam de ouvi-lo. Qual é o tema do ensinamento de Jesus? Falava sempre de Deus, de seu Pai, porém, falava Dele de forma nova, atrativa, não como faziam os escribas e os fariseus. Jesus representava Deus como a grande Boa Noticia para a vida humana, um Deus Pai/Mãe que ama e acolhe as pessoas, e um Deus que não ameaça, nem condena.
• Um paralítico é transportado por quatro homens. Jesus é para eles a única esperança. “Vendo sua fé, disse ao paralítico: teus pecados te são perdoados!”. Naquele tempo, as pessoas acreditavam que os defeitos físicos (paralisia, etc.) fosse um castigo de Deus pelos pecados cometidos. Por isso, os paralíticos e muitos outros incapacitados físicos sentiam-se rejeitados e excluídos por Deus. Jesus ensinava o contrário. A fé tão grande do paralítico era um sinal evidente de que aqueles que o ajudavam eram acolhidos por Deus. Por isso Jesus exclama: “Teus pecados te são perdoados!”. Isto é: “Deus não te rejeita!”.
• A afirmação de Jesus não sintoniza com a idéia que os doutores tinham de Deus. Por isso reagem: “Esse homem fala de forma muito escandalosa!”. Segundo seus ensinamentos, somente Deus podia perdoar os pecados. E somente o sacerdote podia declarar que uma pessoa é perdoada e purificada. Como é que Jesus sem estudos, um leigo, podia declarar ao paralítico que era perdoado e purificado de seus pecados? E então, se um simples leigo podia perdoar os pecados, os doutores e os sacerdotes iam perder seu poder em, além disso, a fonte de suas rendas! Por isto reagem e se defendem.
• Jesus justifica sua ação dizendo: “O que é mais fácil dizer: Teus pecados te são perdoados, ou, levanta-te e anda?”. Evidentemente, é muito mais fácil dizer: “Teus pecados te são perdoados”. Já que ninguém pode comprovar, de fato, se o pecado tinha sido perdoado ou não. Porém se eu digo: “Levanta-te e anda!”, nesse caso, todos podem ver se alguém tem o poder ou não de curar. Por isso, para demonstrar que, em nome de Deus, Ele tinha poder de perdoar os pecados, Jesus diz ao paralítico: “Levanta-te e anda!”. Cura o homem! E assim faz ver que a paralisia não é um castigo de Deus pelo pecado, e faz ver que a fé dos pobres é uma mostra de que Deus os acolhe em seu amor.




PARA REFLEXÃO PESSOAL

•    Se me coloco no lugar dos que ajudam o paralítico: seria capaz de ajudar um enfermo, subi-lo no teto, e fazer o que fizeram os quatro homens? Tenho tanta fé?
• Qual é a imagem de Deus que levo dentro e que se irradia para os demais? A dos doutores ou a de Jesus? Deus de compaixão ou de ameaça?




ORAÇÃO FINAL

•    (SALMO 106,4-5)




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