quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Lectio Divina - 24/01/13





QUINTA-FEIRA -24/01/2013

PRIMEIRA LEITURA: Hebreus 7,23-8,6

• O autor da carta procura criar no povo cristão uma infinita confiança no amor de Deus que, por Jesus Cristo, nos tem dado a salvação e a vida eterna. Sobretudo, porque Ele mesmo prometeu, antes de subir ao céu, que não nos abandonaria, mas, que permaneceria entre nós, e no céu continua sua função de “intercessor”, de mediador entre o Pai e nós, e, além disso, é o realizador de uma aliança que não está baseada em oferendas materiais, mas sim no oferecimento de si mesmo, por isso, como diz o autor, esta aliança contém melhores promessas. Deus não só promete uma relação íntima e pessoal conosco, mas prometeu levar-nos ao céu, a viver com Ele, a ser parte de sua família e a compartilhar conosco a alegria celestial. É nisto que o cristão crê, esta é sua esperança, por isso, podemos dizer com Paulo: Graças sejam dadas a Deus porque em Cristo nos chamou para participar de sua herança. Você tinha consciência de tudo o que contém nossa vida e relação com Cristo?




ORAÇÃO INICIAL

• Deus todo poderoso, que governa o céu e a terra, ouça paternalmente a oração de teu povo, e faz que os dias de nossa vida se fundamentem em tua paz. Por Nosso Senhor. Amem.




REFLEXÃO

Marcos 3,7-12

•    A conclusão que se chega, ao final destes cinco conflitos (Mc 2,1 a 3,6), é que a Boa Nova de Deus tal como era anunciada por Jesus, dizia exatamente o contrário do ensinamento das autoridades religiosas da época. Por isto, no final do último conflito, se prevê que Jesus não vai ter uma vida fácil e será combatido. A morte aparece no horizonte. Decidiram matá-lo (Mc 3,6). Sem uma conversão sincera não é possível compreender a Boa Nova.
• Um resumo da ação evangelizadora de Jesus. Os versos do evangelho de hoje (Mc 3,7-12) são um resumo da atividade de Jesus e acentuam um enorme contraste. Um pouco antes, em Marcos 2,1 até 3,6, se fala só de conflitos, inclusive do conflito de vida e morte entre Jesus e as autoridades civis e religiosas da Galiléia (Mc 3,1-6). E aqui no resumo, parece o contrário: um movimento popular imenso, maior que o movimento de João Batista, porque chegava gente não só da Galiléia, mas também da Judéia, de Jerusalém, da Induméia, do outro lado do Jordão, de Tiro e de Sidon para encontrar-se com Jesus (Mc 3,7-12). Todos querem vê-lo e tocá-lo. É tanta gente que até Jesus fica preocupado. Corre o perigo de ser arrastado pelas pessoas. Por isso, pede aos discípulos que tenham a disposição uma barca para que a multidão não o arraste. E a da barca falava a multidão. Eram, sobretudo, excluídos e marginalizados que vinham a Ele para que os curasse de seus males: os enfermos e os possuídos. Estes que não eram acolhidos na convivência social da sociedade da época, são agora acolhidos por Jesus. E aqui o contraste: por um lado a liderança religiosa e civil que decide matar Jesus (Mc 3,6); por outro um movimento popular imenso, que procura em Jesus a salvação. Quem ganhará?
• Os espíritos impuros e Jesus. A insistência de Marcos na expulsão dos demônios é muito grande. O primeiro milagre de Jesus é a expulsão de um demônio (Mc 1,25). O primeiro impacto que Jesus causa nas pessoas é por causa da expulsão dos demônios (Mc 1,27). Uma das principais causas do enfrentamento de Jesus com os escribas é a expulsão de demônios (Mc 3,22). O primeiro poder que os apóstolos vão receber quando são enviados em missão, é o poder de expulsar os demônios (Mc 6,7). O primeiro sinal que acompanha o anuncio da ressurreição é a expulsão dos demônios (Mc 16,17). O que significa expulsar os demônios no evangelho de Marcos?
• No tempo de Marcos, o medo dos demônios era grande. Algumas religiões, ao invés de libertar as pessoas, alimentavam o medo e a angustia. Um dos objetivos da Boa Nova de Jesus era ajudar as pessoas a se libertarem deste medo. A chegada do Reino de Deus significou a chegada de um poder mais forte. Jesus é “o homem mais forte” que chegou para submeter Satanás, o poder do mal, e retirar de suas garras a humanidade presa ao medo (Mc 3,27). Por isto, Marcos insiste tanto, na vitória de Jesus sobre o poder do mal, do demônio, de Satanás, do pecado e da morte. Desde o princípio até o fim, com palavras quase iguais, repete a mesma mensagem: “Jesus expulsava os demônios!” (Mc 1,26.27.34.39; 3,11-12.15.22.30; 5,1-20; 6,7.13; 7,25-29; 9,25-27.38; 16,9.17). Parece um refrão! Hoje, ao invés de usa sempre as mesmas palavras preferimos usar palavras diferentes. Diríamos: “O poder do mal, Satanás, que infundiu medo entre as pessoas. Jesus o venceu, o dominou, o submeteu, o destruiu, o derrubou, o confinou, o eliminou, o exterminou, o aniquilou, o abateu, o destruiu e o matou!”. O que Marcos quer dizer-nos é o seguinte: “Aos cristãos é proibido ter medo de Satanás!”. Depois que Jesus ressuscitou, é uma mania e falta de fé fazer referência todas as horas a Satanás, como se ele tivesse algum poder sobre nós. Insistir no perigo dos demônios para chamar as pessoas para que vá a igreja, é desconhecer a Boa Nova do Reino. É falta de fé na ressurreição de Jesus!




PARA REFLEXÃO PESSOAL

•    Como você vive tua fé na ressurreição de Jesus? Ela te ajuda a vencer o medo?
• Expulsão dos demônios. Como você faz para neutralizar esse poder em tua vida?




ORAÇÃO FINAL

•    (SALMO 40,17)
• Hoje assegurarei de que cada ação que faça, traga um benefício aos que me rodeiam. Farei isso desinteressadamente e pedirei a Jesus que me ensine a fazê-lo melhor.





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