segunda-feira, 18 de março de 2013

Lectio Divina - 18/03/13


SEGUNDA-FEIRA -18/03/2013

PRIMEIRA LEITURA: Daniel 13,1-9.15-17.19-30.33-62

• Esta história de Suzana, nos deixa ver o que significa o haver tomado decisão de não pecar chegando, inclusive, a preferir a morte que ser infiel ao Senhor.
• Estamos nos aproximando do final de nossa quaresma, que bom seria que cada um de nós tenha progredido o suficiente em seu processo de conversão que o leve a tomar a decisão de não mais pecar. Se bem que é certo que isto não depende exclusivamente de nossas forças, pois, sempre o pecado será mais forte que nós, porém, com a graça de Deus: é possível. Uma das razões pelas quais não avançamos no caminho da graça é o fato de não haver tomado a resolução e dizer a Deus: “Com tua graça não voltarei a pecar NUNCA MAIS”. Esta decisão é a mais importante de nossa vida, pois, é a que nos separa da felicidade do Reino. Certamente que o dizer “não pecarei mais”, implica o deixar muitas ou algumas coisas que nos atraem e inclusive nos fascinam; porém, se de verdade queremos ser santos e viver a plenitude do amor de Deus, não resta outro caminho. Decidir-se! 




ORAÇÃO INICIAL 

• Senhor, Deus nosso, cujo amor sem medidas nos enriquece com toda benção, faz que, abandonando a corrupção do homem velho, nos preparemos, como homens novos, a tomar parte na glória de teu reino. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

João 8,1-11

No evangelho de hoje, vamos meditar sobre o encontro de Jesus com a mulher que ia ser apedrejada. Por sua pregação e por sua maneira de agir, Jesus incomodava às autoridades religiosas. Por isto, as autoridades procuravam todos os meios possíveis para acusá-lo e eliminá-lo. Trazem diante Dele uma mulher surpreendida em flagrante adultério. Sob a aparência de fidelidade a lei, usam a mulher para esgrimir argumentos contra Jesus. Hoje também, sob a aparência de fidelidade das leis da igreja, muitas pessoas são marginalizadas: divorciados, enfermos de “Aids”, prostitutas, mães solteiras, homossexuais, etc. Vejamos como reage Jesus: 
• João 8,1-2: Jesus e as pessoas. Depois da discussão sobre a origem do Messias, descrita no final do capítulo 7(Jo 7,37-52), “cada um foi para sua casa” (Jo 7,53). Jesus não tinha casa em Jerusalém. Por isto, foi para o Monte das Oliveiras. Ali havia um horto onde Ele ia passar a noite em oração (Jo 18,1). No dia seguinte, antes do amanhecer, Jesus estava de novo no Templo. As pessoas também compareciam para poder ouvi-lo. Sentavam-se ao redor de Jesus e Ele lhes ensinava. O que Jesus ensinava? Devia ser algo muito bonito, porque as pessoas compareciam antes do amanhecer para poder ouvir.
• João 8,3-6ª: Os escribas preparam uma armadilha. De repente, chegam os escribas e os fariseus, trazendo consigo uma mulher surpreendida em flagrante adultério. A colocam no meio. Segundo a lei, esta pessoa deveria se apedrejada (Lv 20,10; Dt 22,22.24). Eles perguntam, “O que é que Tu dizes?”. Era uma cilada. Se Jesus houvesse dito: “Aplica-lhe a lei!”, eles pensariam e diriam: “Não é tão bom como parece, porque manda matar a pobre mulher!”. Se houvesse dito: “Não a mateis”, diriam então: “Não é tão bom como parece, porque nem sequer observa a lei!”. Sob a aparência de fidelidade a Deus, eles manipulam a lei e usam a pessoa da mulher para poder acusar Jesus.
• João 8,6-b: Reação de Jesus: escreve na terra. Parecia um beco sem saída. Mas, Jesus não se espanta nem se deixa levar pelo nervosismo. Ao contrário. Calmamente, como quem é dono da situação, se inclina e começa a escrever na terra com o dedo. Os nervos se apoderam dos adversários. E insistem para que Jesus lhes diga o que pensa. Então, Jesus se levanta e diz: “Aquele de vós que estais sem pecado, que lhe atire a primeira pedra!”. E inclinando-se voltou a escrever na terra. Jesus não discute a lei. Porém, muda o ponto do juízo. Em vez de permitir que eles coloquem a luz da lei por cima da mulher para condená-la, lhe pede que se examinem à luz do que a lei exige deles. A ação simbólica de escrever n terra esclarece tudo. A palavra da Lei de Deus tem consistência. Uma palavra escrita na terra não tem. A chuva e o vento a eliminam. O perdão de Deus elimina o pecado identificado e denunciado pela lei.
• João 8,9-11: Jesus e a mulher. O gesto e a resposta de Jesus derrubam os adversários. Os fariseus e os escribas se retiram envergonhados, um após o outro, começando pelos mais velhos. Aconteceu o contrário do que eles esperavam. A pessoa condenada pela lei não era a mulher, mas sim, eles mesmos que pensavam ser fiéis à lei. No final, Jesus fica apenas com a mulher no meio do círculo. Jesus se levanta e a olha: “Mulher, onde estão? Ninguém te condenou!”. E ela responde: “Ninguém, Senhor!”. Jesus diz: “Tampouco eu te condeno. Vai, e daqui por diante não peque mais!”. 
• Jesus não permite que alguém use a lei de Deus para condenar o irmão ou a irmã, quando ele próprio, ela própria são pecadores. Este episódio, melhor que qualquer outro ensinamento, revela que Jesus é a luz que faz aparecer a verdade. Ele faz aparecer o que existe escondido nas pessoas, no mais íntimo de cada um de nós. A luz de sua palavra, os que pareciam os defensores da lei, se revelam cheios de pecado e eles mesmos o reconhecem, pois, vão começando pelos mais velhos. E a mulher, considerada culpada e merecedora da pena de morte, está de pé diante de Jesus, absolvida, redimida e dignificada (Cf. Jo 3,19-21).



PARA REFLEXÃO PESSOAL

Coloque-se na pele da mulher. Quais seriam seus sentimentos nesse momento?
• Que passos pode e deve dar nossa comunidade para acolher os excluídos?




ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 22)
• Hoje procurarei as promessas batismais e as renovarei pessoalmente, em oração, diante de Deus.





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