quinta-feira, 9 de maio de 2013

Lectio Divina - 09/05/13


QUINTA-FEIRA -09/05/2013



PRIMEIRA LEITURA: Atos 18,1-8

• Em alguns períodos de sua vida Paulo teve que trabalhar com suas próprias mãos para ganhar seu sustento. Isto fazia que, como a maioria de nós, tivesse que administrar seu tempo entre o trabalho e as demais atividades. Dado que para ele sua atividade principal era a pregação, utilizava o tempo livre para falar de Jesus. Num mundo absorvente no qual vivemos nós também devemos administrar bem nosso tempo e atender as obrigações que nos vêem por sermos cristãos. Entre elas estão o dedicar um tempo a família (pais, filhos, irmãos e demais parentes). E quando dizemos dedicar tempo não quer dizer, simplesmente sentar-se e ver televisão com eles, implica compartilhar nossa vida, nossos problemas e necessidades, é buscar em comum, caminhos que nos levem a amar-nos mais. Esta é um das fontes mais importantes de evangelização que podemos ter na família, pois, ao dar-nos tempo de estar com eles, não faltará a oportunidade para orarmos juntos e para instruir-nos uns aos outros nas coisas do Senhor. Lembre que é preciso trabalhar para viver e não viver para trabalhar.






ORAÇÃO INICIAL 

• Ouça Senhor, nossa oração e concede-nos que assim como celebramos na fé a gloriosa ressurreição de Jesus Cristo, assim também, quando Ele voltar com seus santos, possamos alegrar-nos com sua vitória. Por Nosso Senhor...





REFLEXÃO

João 16,16-20

• João 16,16: Ausência e presença. Jesus disse um “pouco”, isto é, um tempo muito breve, como um “instante”. Por cima de muitos matizes, quer enfatizar a brevidade do tempo. Se o tempo que Jesus passou junto aos seus, como verbo encarnado, foi muito breve, igualmente será breve o tempo que separará sua partida e seu retorno. Não haverá mudança na situação interior de seus discípulos porque não muda sua relação com Jesus: existe uma proximidade permanente. Por isso, a visão de Jesus não sofrerá interrupção, mas, terá como característica a comunhão de vida com Ele (Jo 14,19). É interessante o uso repetido do verbo “ver” no v.16: “Dentro de pouco não me vereis e dentro de outro pouco tempo voltareis a me ver”. A expressão “um pouco e não me vereis” lembra o modo em que os discípulos vêem no Jesus histórico o Filho de Deus; a outra expressão “um pouco e me voltareis a ver” remete à experiência do Cristo ressuscitado. Parece que Jesus quer dizer a seus discípulos que por brevíssimo tempo permanecerão ainda na condição de vê-lo, de reconhecê-lo em sua carne visível, porém, depois o contemplarão com uma visão diferente porque se mostrará transformado, transfigurado.
• João 16,17-19: A incompreensão dos discípulos. Entretanto, alguns discípulos não conseguem compreender o que significa esta ausência de Jesus, isto é, sua ida ao Pai. Experimentam algum desconcerto diante das palavras de Jesus, e o expressam com quatro perguntas, unidos em uma mesma expressão: “O que é que significa isso que nos disse?”. O leitor ouviu outras vezes as perguntas de Pedro, de Felipe, de Tomé, de Judas – não o Iscariote – e agora dos discípulos que pedem explicações. Os discípulos não acabem de entender do que Ele fala. Não compreendem como Jesus, se vai ao Pai, pode ser visto de novo por eles (vv.16-19). Mas a pergunta parece concentrar-se naquele “pouco”, que para o leitor parece ser um tempo longínquo que não acaba nunca, sobretudo, quando se está na angustia e na tristeza. De fato, não passa o tempo da tristeza. Espera-se uma resposta por parte de Jesus, porém o evangelista retoma antes uma pergunta: “Andais perguntando sobre do que tenho dito: Dentro de pouco não me vereis e dentro de outro pouco tornareis a me ver?” (v.19).
• João 16,20: A resposta de Jesus. De fato, Jesus não responde a pergunta que o fazem: “o que é que quer dizer esse dentro de pouco?”, mas, os convida à confiança. É verdade que os discípulos serão provados, sofrerão muito, se acharão só diante de uma situação hostil, abandonados a um mundo que desfruta com a morte de Jesus, porém, Jesus assegura que sua tristeza se converterá em alegria. À tristeza se contrapõe um tempo no qual tudo se inverterá. O inciso adversativo “porém vossa tristeza se converterá em alegria” sublinha este caminho de perspectiva. Para o leitor é evidente que a expressão “um pouco”, “dentro de um breve tempo” corresponde àquele instante ou momento em que a situação será mudada, porém, até então, tudo sabe a tristeza e a prova. Em definitivo, os discípulos recebem de Jesus uma promessa de felicidade e de alegria, em virtude daquele instante que inverte a situação difícil a qual os “seus”, a comunidade eclesial, estão submetidos, eles entrarão na realidade de um mundo iluminado pela ressurreição.





PARA REFLEXÃO PESSOAL

Estou convencido de que passará o tempo da prova e Ele voltará a estar comigo?
• Vós estareis tristes, porém vossa tristeza se converterá em alegria. Qual é o efeito que tem nos acontecimentos de tua vida estas palavras de Jesus? Como vive tuas situações de tristeza e de angustia?



ORAÇÃO FINAL 

• (SALMO 98,3-4)
• Hoje farei uma recontagem de como estou manejando meu tempo e minha atenção as diferentes funções que me tocam, e ajustarei o que seja necessário para que tudo caminhe como deve.




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