sexta-feira, 10 de maio de 2013

Lectio Divina - 10/05/13


SEXTA-FEIRA -10/05/2013




PRIMEIRA LEITURA: Atos 18,9-18

• Jesus já havia advertido seus discípulos que iam ser perseguidos e que os levariam aos tribunais, mas também lhes assegurou que Ele próprio estaria com eles e que o Espírito Santo lhes daria palavras e sabedoria a qual não poderiam fazer frente seus inimigos. Paulo, nesta passagem, é novamente testemunho de que este aviso e esta promessa de Jesus se realizam na vida daquele que o testifica com sua palavra e com sua vida. Hoje Jesus diz também a nós, como fez com Paulo: “Não tenham medo de falar com valentia. Falem e não calem, eu estou com vocês”. É, pois, necessário que o anunciemos com coragem em nosso trabalho, em nossos bairros, nas escolas e universidades, etc. Se o mundo de hoje vive nesta escuridão e solidão, que o empurra para procurar o mal que o destrói, é porque nós cristãos ficamos por muito tempo calados. É necessário despertar de nossa letargia e colocar-nos a falar do amor de Jesus: é necessário anunciá-lo e deixar que seja transparente em nossa vida, ainda que, isto nos leve a ter problemas. Estamos seguros que da mesma maneira que Deus livrou Paulo e seus companheiros, assim também fará conosco.






ORAÇÃO INICIAL 


• Oh Deus, que pela ressurreição de teu Filho nos tem feito renascer na vida eterna; levanta nossos corações para o Salvador, que está sentado a tua direita, a fim de que quando vier de novo, os que renasceram no batismo sejam revestidos de uma imortalidade gloriosa. Por Nosso Senhor...




REFLEXÃO

João 16,20-23ª

• Nestes dias entre a Ascensão e Pentecostes, os evangelhos de cada dia são tirados dos capítulos 16 a 21 do evangelho de João, e formam parte do assim chamado “Livro da Consolação ou da Revelação”. Este livro está subdividido da seguinte maneira: despedida dos amigos, testamento de Jesus e oração ao Pai; a obra consumada. O ambiente é de tristeza e de expectativa. Tristeza, porque Jesus se despede e a saudade invade o coração. Expectativa, porque está chegando a hora de receber o dom prometido do consolador que fará desaparecer a tristeza e trará a alegria da presença amiga de Jesus no meio da comunidade.
• João 16,250: A tristeza se transformará em Alegria. Jesus disse: “Também vós estais tristes agora, porém, voltarei a vê-los e se alegrará vosso coração e a vossa alegria ninguém as poderá tirar”. A freqüente alusão a tristeza e ao sofrimento reflete o ambiente das comunidades dos finais do primeiro século na Ásia Menor (atual Turquia), para as quais João escreve seu evangelho. Elas viviam em uma situação difícil de perseguição e de opressão que era de tristeza. Os apóstolos haviam ensinado que Jesus voltaria logo, porém a parusia, o retorno glorioso de Jesus, estava demorando e a perseguição aumentava. Muitos eram impacientes: “Até quando?” (Conf. 2Tes 2,1-5; 2Pd 3,8-9). Porque uma pessoa só agüenta uma situação de sofrimento e de perseguição quando sabe que o sofrimento é caminho e condição para a perfeita alegria. E então, ainda tendo a morte diante dos olhos, a pessoa agüenta a dor. Por isto o evangelho apresenta a comparação tão bonita do parto. 
• João 16,21: A comparação com as dores do parto. Todos entendem esta comparação, sobretudo, as mães: “A mulher, quando vai dar a luz, está triste, porque chegou sua hora; porém, quando houver dado a luz ao menino, já não lembra do sufoco pela alegria de ter nascido um homem no mundo”. A dor e a tristeza causadas pela perseguição, ainda que, não ofereçam um horizonte de melhoria, não são agonias de morte, mas sim, dores de parto. As mães sabem disto por experiência. A dor é terrível, porém agüentam, porque sabem que a dor é fonte de nova vida. Assim é a dor da perseguição dos cristãos, e assim pode e deve ser vivida qualquer dor, sempre que seja à luz da experiência da morte e ressurreição de Jesus. 
• João 16,22-23ª: A alegria eterna. Jesus aplica uma comparação: Também vós estais tristes agora, porém, voltarei a vê-los e se alegrará vosso coração e a vossa alegria ninguém as poderá tirar. Nesse dia não fareis mais perguntas. Esta é a certeza que anima as comunidades cansadas e perseguidas da Ásia Menor e as faz cantar de alegria no meio das dores. Como disse São João da Cruz: “Em uma noite escura, com ânsias e amores inflamados, oh ditosa ventura, sai sem ser notada, estando a minha casa já sossegada!”. A expressão “nesse dia” indica a chegada definitiva do Reino que trás consigo sua própria claridade. À luz de Deus não haverá mais necessidade de perguntar coisa alguma. À luz de Deus é a resposta total e plena a todas as perguntas que podem nascer de dentro do coração humano.





PARA REFLEXÃO PESSOAL


Tristeza e alegria. Existem juntas na vida. Como acontecem em minha vida?
• Dores de parto. Esta experiência está na origem da vida de cada um de nós. Minha mão agüentou a dor com esperança, e por isto eu estou vivo. Paro um momento e penso neste mistério da vida.



ORAÇÃO FINAL 


(SALMO 47,2-3)
• Hoje farei um plano para ir apresentando Jesus a cada um de meus conhecidos, de um modo adequado para cada um.





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