quarta-feira, 29 de maio de 2013

Lectio Divina - 29/05/13

QUARTA-FEIRA -29/05/2013



PRIMEIRA LEITURA: Eclesiástico 36,1-2.5-6.13-19


• Estamos lendo uma bela passagem que nos mostra a idéia que tinha o povo de Israel sobre seu Deus. Era um Deus terno, compassivo, um Deus que cumpre suas promessas, que dá à cada mais do que merecem suas obras, um Deus atento às suplicas dos humildes. Jesus nos revelou em seu Evangelho que todas estas idéias não só são corretas, mas, que têm que ser superadas, pois, ele próprio nos revelou que este Deus é um PAI. Quando o cristão consegue entender em seu coração que Deus é SEU pai, toda sua existência se transforma como produto da confiança infinita que nasce do saber que Deus é seu Paizinho (como lhe chamava Jesus: Abba). É a partir desse momento quando se estabelece uma relação de confiança total que faz com que nos possamos colocar como diz o Pe. Carlos de Focalud, “em suas mãos com uma confiança INFINITA”. Peça ao Espírito Santo em tua oração diária, que te faça conhecer interiormente que Deus é teu PAI, e que te faça experimentar seu amor.






ORAÇÃO INICIAL 

• Concede-nos tua ajuda, Senhor, para que o mundo progrida, segundo teus desígnios; gozem as nações de uma paz estável e tua igreja se alegre de poder servir-te com uma entrega confiada e pacífica. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Marcos 10,32-35

• O evangelho de hoje apresenta o terceiro anuncio da paixão e, novamente, como nas vezes anteriores, mostra a incoerência dos discípulos (Cf. Mc 9,30-37). Enquanto Jesus insistia no serviço e na entrega de sua vida, eles continuavam discutindo sobre os primeiros postos no Reino, um a direita e outro a esquerda do trono. E tudo isto indica que os discípulos continuavam cegos! Sinal de que a ideologia dominante da época havia penetrado profundamente em sua mentalidade. Apesar da convivência de vários anos com Jesus, todavia não havia renovado sua maneira de ver a s coisas. Olhavam para Jesus com o antigo olhar. Queriam uma retribuição pelo fato de seguir Jesus.
• Marcos 10,32-34: O terceiro anuncio da paixão. Eles vão a caminho de Jerusalém. Jesus os precede. Tem pressa. Sabe que vão matá-lo. O profeta Isaias já havia anunciado (Is 50,4-6;53,1-10). Sua morte não é fruto de um destino cego ou de um plano já preestabelecido, mas, é a conseqüência do compromisso assumido com a missão que recebeu do Pai ao lado dos excluídos de seu tempo. Por isto, Jesus alerta aos discípulos sobre a tortura e a morte à que vai enfrentar, ali em Jerusalém. Pois, o discípulo tem que seguir seu mestre, ainda que for para sofrer com ele. Os discípulos estavam espantados, e os que o seguiam estavam com medo. Não entendiam o que estava acontecendo. O sofrimento não combinava com a idéia que eles tinham do messias.
• Marcos 10,35-37: Pedem o primeiro posto. Os discípulos não só não entendiam, mas, continuavam com suas ambições pessoais. Tiago e João pedem um lugar preferencial na glória do Reino, um a direita e outro a esquerda de Jesus. Querem adiantar-se a Pedro! Não entendem a proposta de Jesus. Estavam preocupados só com seus próprios interesses. Isto reflete o enfrentamento e as tensões que existiam nas comunidades, no tempo de Marcos, e que existem até hoje em nossas comunidades. No evangelho de Mateus é a mãe de Tiago e de João que pede para os filhos (Mt 20,20). Provavelmente, diante da difícil situação de pobreza e da falta de emprego crescente naquela época, a mãe intercede pelos filhos e tenta garantir que tenham um emprego na vinda do Reino que Jesus tanto falava.
• Marcos 10,38-40: A resposta de Jesus. Jesus reage com firmeza: “Não sabeis o que pedis”. E pergunta se são capazes de beber o cálice que Ele, Jesus, beberá, e se estão dispostos a receber o batismo que Ele vai receber. É o cálice do sofrimento, o batismo de sangue! Jesus quer saber se eles, em vez de lugar de destaque, aceitam entregar a vida até morte. Os dois respondem: “Podemos!”. Parece uma resposta da boca para fora, pois, poucos dias depois, abandonaram Jesus e o deixaram só na hora do sofrimento (Mc 14,50). Eles não têm muita consciência crítica, nem percebem sua realidade pessoal. Quanto ao lugar de destaque, de honra, no Reino ao lado de Jesus, quem o dá é o Pai. O que Ele Jesus tem para oferecer é o cálice e o batismo, o sofrimento e a cruz.
• Marcos 10,41-44: Entre vós não seja assim. No final da instrução sobre a Cruz, Jesus fala, de novo, sobre o exercício de poder (Mc 9,33-35). Naquele tempo, os que detinham o poder no Império Romano não tinham em conta as pessoas. Agiam segundo entendiam (Mc 6,17-29). O Império Romano controlava o mundo e o mantinha submetido pela força das armas e assim através de tributos, impostos e taxas, conseguia concentrar a riqueza das pessoas nas mãos de poucos lá em Roma. A sociedade estava caracterizada pelo exercício repressivo e abusivo do poder. Jesus tinha outra proposta. Disse: “Entre vós não deverá ser assim! E quem quer ser grande entre vós, será vosso servidor”. Ele ensina contra os privilégios e contra a rivalidade. Inverte o sistema e insiste no serviço como remédio contra a ambição pessoal. A comunidade tem que apresentar uma alternativa para a convivência humana.
• Marcos 10,45: O resumo da vida de Jesus define sua missão e sua vida: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas sim, para servir e dar a vida como resgate por muitos”. Jesus é o Messias Servo, anunciado pelo profeta Isaias (cf. Is 42,1-9; 49,1-6; 50,4-9; 52,13-53,12). Aprendeu de sua mãe que disse ao anjo: “Eis aqui a escrava do Senhor!” (Lc 1,38). Proposta totalmente nova para a sociedade daquele tempo. Nesta frase na qual Ele define sua vida, aparecem os três títulos mais antigos, usados pelos primeiros cristãos para expressar e comunicar aos demais, o que Jesus queria indicar ao usá-los: Filho do Homem, Servo de Yahweh, Resgate dos excluídos (libertador, salvador). Humanizar a vida, Servir aos irmãos e as irmãs, Acolher os excluídos. 





PARA REFLEXÃO PESSOAL

Tiago e João pediram o primeiro posto no Reino. Hoje muita gente reza a Deus pedindo dinheiro, promoção, cura, êxito. Eu, o que é que procuro em minha relação com Deus e o que peço em minha oração?
• Humanizar a vida, Servir aos irmãos e as irmãs, Acolher os excluídos. É o programa de Jesus, e nosso programa. Como estou fazendo isso?



ORAÇÃO FINAL 

• (SALMO 98,2-3)
• Hoje viverei em constante ação de graças por todos os dons e bens que Deus me tem dado, por pura generosidade sua.






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