sexta-feira, 5 de julho de 2013

Lectio Divina - 05/07/13

SEXTA-FEIRA -05/07/2013


PRIMEIRA LEITURA: Gênesis 23,1-4.9;24,1-8.62-67

• O objetivo do Escritor Sagrado, nesta passagem, é o de mostrar-nos de que maneira Deus vai realizando a promessa da possessão da terra, a qual inicia com a aquisição de um sepulcro, é preciso centrar nossa atenção no fato de como Deus consola seu povo, sobretudo, àqueles que perderam um ser querido. O relato nos diz que com a chegada de Rebeca, Deus consolou Isaac da morte de sua mão Sara. É que Deus, como nos revelou Jesus, é, antes de tudo, um Pai bondoso que nunca deixa de atender as necessidades de seus filhos, e procura por todos os meios fazer-lhe felizes. A morte é o fato natural da existência humana pela qual o homem entra em posse total da terra prometida, mas, ao mesmo tempo um acontecimento que deixa profundo vazio naqueles que amaram a pessoa. Por isso, Deus nos consola quando algum de nossos familiares se une a Ele mediante a morte. Esta consolação, ainda que seja divina se realiza no mais profundo de nosso coração, requer, como no caso de Isaac, a participação humana. É aí onde nós, a comunidade cristã, jogamos um papel muito importante. Nossa presença, nossas atenções, nosso carinho são parte da consolação que Deus dá às pessoas que sentem a ausência do ser querido. Que nossa participação nos funerais não seja um vazio: “o sinto muito” ou “minhas condolências”; que antes de tudo seja uma mostra de carinho e solidariedade, orando por eles e acompanhando-os com as melhores mostras de nosso amor por eles.



ORAÇÃO INICIAL 


• Pai de bondade, que pela graça da adoção nos fez filhos da luz; concede-nos viver fora das trevas do erro e permanecer sempre no esplendor da verdade. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Mateus 9,9-13


• Mateus 9,9: O CHAMADO PARA SEGUIR JESUS: As primeiras pessoas chamadas para seguir Jesus foram quatro pescadores, todos judeus (Mt 4,18-22). Agora Jesus chama um publicano, considerado pecador e tratado como impuro pelas comunidades mais observantes dos fariseus. Nos demais evangelhos, este publicano chama-se Levi. Aqui seu nome é Mateus, que significa “dom de Deus” ou dado “por Deus”. As comunidades, em vez de excluir o publicano como impuro, devem considerá-lo como um “Dom de Deus” para a comunidade, pois, sua presença, faz com que a comunidade mude sinal de salvação para todos! Como os primeiros quatro chamados, assim também o publicano Mateus deixa tudo o que tem e segue Jesus. O seguimento de Jesus exige ruptura. Mateus deixa seu escritório de impostos, sua fonte de renda, e segue Jesus. 
• Mateus 9,10: JESUS SENTA-SE NA MESA COM OS PECADORES E OS PUBLICANOS. Naquele tempo, os judeus viviam separados dos pagãos e dos pecadores e não comiam com eles na mesma mesa. Os judeus cristãos tinham que romper este isolamento e criar comunhão com os pagãos e impuros. Foi isto que Jesus ensinou no Sermão da Montanha, como expressão do amor universal de Deus Pai (Mt 5,44-48). A missão das comunidades era oferecer um lugar aos que não tinham lugar. Em algumas comunidades, as pessoas vindas do paganismo, ainda sendo cristãs, não era aceita na mesma mesa (cf. At 10,28;11,3; Gl 2,12). O texto do evangelho de hoje indica como Jesus comia com publicanos e pecadores na mesma casa e na mesma mesa.
• Mateus 9,11: A PERGUNTA DOS FARISEUS. Aos judeus era proibido sentar-se na mesa com publicanos e pagãos, porém, Jesus não presta atenção a isto, pelo contrário, confraterniza-se com eles. Os fariseus, vendo a atitude de Jesus, perguntam aos discípulos: “Por que é que vosso mestre come com os arrecadadores de impostos e com os pecadores?”. Esta pergunta pode ser interpretada como expressão do desejo destes, que querem saber por que Jesus age assim. Outros interpretam a pergunta como uma crítica dos comportamentos de Jesus, pois, durante mais de quinhentos anos, desde o tempo do cativeiro na Babilônia até a época de Jesus, os judeus haviam observado as leis de pureza. Esta observância secular se tornou para eles um forte sinal de identidade. Ao mesmo tempo, era fator de sua separação no meio dos outros povos. Assim, por causa das leis de pureza, não podiam nem conseguiam sentar-se na mesa para comer com os pagãos. Comer com os pagãos significava tornar-se impuro. Os preceitos de pureza eram rigorosamente observados, tanto na Palestina com nas comunidades judaicas da Diáspora. Na época de Jesus, havia mais de quinhentos preceitos para guardar a pureza. Nos anos setenta, época em que Mateus escreve, este conflito era muito atual.
• Mateus 9,12-13: EU QUERO MISERICÓRDIA E NÃO SACRIFÍCIOS. Jesus ouve a pergunta dos fariseus aos discípulos e responde com dos esclarecimentos. O primeiro é tirado do senso comum: “Não necessitam de médico os que estão fortes, mas sim, os que estão mal”. O outro é tirado da Bíblia: “Aprendam, pois, o que significa: Quero Misericórdia, e não sacrifício”. Por meio destes esclarecimentos Jesus explicita e esclarece sua missão junto às pessoas: “Não vim chamar aos justos, mas sim, aos pecadores”. Jesus nega a critica dos fariseus, e não aceita seus argumentos, pois, nasciam de uma falsa idéia da Lei de Deus. O mesmo invoca a Bíblia: “Quero misericórdia e não sacrifício!”. Para Jesus a misericórdia é mais importante que a pureza legal. Apela à tradição profética para dizer que para Deus a misericórdia vale mais que todos os sacrifícios (Os 6,6;Is 1,10-17). Deus tem índole de misericórdia, que se comovem diante das faltas de seu povo (Os 11,8-9).





PARA REFLEXÃO PESSOAL

Hoje, em nossa sociedade, quem é que é marginalizado e quem é excluído? Por que? Em nossa comunidade temos idéias preconcebidas? Quais? Qual é o desafio que as palavras de Jesus apresentam a nossa comunidade, hoje?
• Jesus ordena ao povo que leia e que entenda o Antigo Testamento que diz: “Quero misericórdia e não sacrifícios”. O que é que Jesus quer dizer com isto, hoje?



ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 119,2-3)
• Hoje dedicarei alguns momentos para levar consolo a quem tenha algum problema ou dificuldade.



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