segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Lectio Divina - 12/08/13


SEGUNDA-FEIRA -12/08/2013

PRIMEIRA LEITURA: Deuteronômio 10,12-22

• Nesta rica passagem da tradição Deuteronomista, de novo, encontramos o centro da vida do povo: a aliança de amor entre Deus e seu povo. Nesta aliança, que se aperfeiçoou pelo Sangue de Cristo constituindo-se em nova e eterna, e da qual participamos por nosso batismo, pede-nos o mesmo que aos israelitas: amar a Deus com todo coração e com toda a alma. Seria bom que hoje pensássemos se verdadeiramente nós estamos CUMPRINDO O QUE NOS É PEDIDO. Poderia dizer que amo a Deus com todo meu coração e com toda a minha alma? Antes de responder, lembre que, como diz o refrão mexicano: “amor são obras e não boas razões”. Poderia, então, dizer que tuas obras mostram à Deus que o ama com todo teu coração e com toda tua alma? Um amor que não se manifesta, não é verdadeiro amor, mas sim, conveniência. O amor, como diz Paulo, crê em tudo, tudo espera, tudo suporta e tudo dá. Mostre a Deus que o ama: dedica-lhe tempo (hora), visite-o (está em todos os Sacrários), serve-o (está em todos os pobres), atende-o (está em teus filhos, em teu cônjuge e em teus pais), separa-te do pecado que o ofende, desta maneira tuas palavras de amor serão congruentes com tuas obras.




ORAÇÃO INICIAL 

• Deus todo poderoso e eterno, a quem podemos chamar de Pai, aumenta em nossos corações o espírito filial, para que mereçamos alcançar a herança prometida. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Mateus 17,22-27

• Os cinco versículos do evangelho de hoje falam de dois assuntos bem diferentes um do outro: (a)-Trazem o segundo anuncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus (Mt 17,22-23); (b)- Informam sobre a conversa de Jesus com Pedro sobre o pagamento de impostos e das taxas ao templo (Mt 17,24-27).
• Mateus 17,22-23: O ANUNCIO DA MORTE E RESSURREIÇÃO DE JESUS. O primeiro anuncio (Mt 16,21) havia provocado uma forte reação por parte de Pedro que não quis saber nada do sofrimento da cruz. Jesus havia respondido com a mesma força: “Afasta-te de mim, satanás!” (Mt 16,23). Aqui, no segundo anuncio, a reação dos discípulos é mais branda, menos agressiva. O anuncio provoca tristeza. Para que começam a compreender que a cruz é parte do caminho. A proximidade da morte e do sofrimento pesa neles, gerando desânimo. Ainda que Jesus procurasse ajudá-los, a resistência de séculos contra a idéia de um messias crucificado era maior.
• Mateus 17,24-25ª: A PERGUNTA A PEDRO, DOS ARRECADORES DE IMPOSTOS. Quando chegam a Cafarnaum, os arrecadadores de impostos do Templo perguntam a Pedro: “Vosso Mestre não paga as dicracmas?”. Pedro responde: “Sim!”. Desde os tempos de Neemias (século V AC), os judeus que tinham voltado da escravidão da Babilônia, comprometeram-se solenemente em assembléia em pagar diversos impostos e taxas para o culto no Templo para que este pudesse continuar funcionando para cuidar da manutenção tanto do serviço sacerdotal como do edifício do Templo (Ne 10,33-40). Pelo que se vê na resposta de Pedro, Jesus pagava este imposto como faziam os demais judeus. 
• Mateus 17,25b-26: A PERGUNTA DE JESUS A PEDRO SOBRE O IMPOSTO. É curiosa a conversa entre Jesus e Pedro. Quando chegaram em casa, Jesus lhe pergunta: “O que é que te parece, Simão; os reis da terra, de quem cobram taxas ou impostos, de seus filhos ou dos estranhos?”. Pedro respondeu: “Dos estranhos!”. Então Jesus diz: “Portanto, os filhos estão livres!”. Provavelmente, aqui se refere a uma discussão entre os judeus cristãos antes da destruição do Templo no ano 70. Eles se perguntavam se deviam ou não continuar pagando o imposto ao Templo, como faziam antes. Pela resposta de Jesus, descobrem que não existe obrigação de pagar esse imposto: “Os filhos estão livres!”. Os filhos são os cristãos. Porém, ainda sem ter obrigação, a recomendação de Jesus é pagar para não provocar escândalo. 
• Mateus 17,27: A CONCLUSÃO DA CONVERSA SOBRE O PAGAMENTO DO IMPOSTO. Mais curiosa que a conversa é a solução que Jesus dá a questão. Diz a Pedro: “Entretanto, para que não sirvamos de escândalo, vai até o mar, jogue o anzol, e o primeiro peixe que pegar, abra-lhe a boca e encontrará um estáter. Tome-o e dê-o por mim e por ti”. Milagre curioso! Tão curioso como aquele dos 2000 porcos que se precipitaram no mar (Mc 5,13). Qualquer que seja a interpretação deste fato milagroso, esta maneira de solucionar o problema sugere que se trata de um assunto que não têm muita importância para Jesus.





PARA REFLEXÃO PESSOAL

O sofrimento e a cruz desanimam e entristecem aos discípulos. Isso também já ocorreu em tua vida?
• Como você entende o episódio da moeda encontrada na boca do peixe?



ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 148,1-2)
• Dedicarei alguns momentos de meu dia para dar graças a Deus por todas as coisas boas que tenho e que a Ele devo.





Nenhum comentário:

Postar um comentário