quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Lectio Divina - 14/08/13

QUARTA-FEIRA -14/08/2013



PRIMEIRA LEITURA: Deuteronômio 34,1-12


• Contrariamente ao que o mundo nos propõe a grandeza de um homem não consiste em ter ou em chegar inclusive a ser chefe de um grande povo, mas sim, ser considerado, como Moisés, Amigo de Deus. É por isso triste que muitos dedicam tanto tempo e esforço para conseguir bens temporais, poder que passa e honra que só empobrecem o coração, já que, se todo esse esforço fosse dedicado para ser bons amigos de Deus, tudo pelo que lutaram lhes seria concedido, junto com a paz e a alegria interior. Jesus, antes de partir para a casa do Pai disse a seus discípulos: “Já não os chamo servos, mas sim, lhes chamo de amigos”. Com isto confirma a continua vontade de Deus de ter-nos como amigos; somos agora os que temos que corresponder a este iniciativa de Deus e fazê-la crescer. É por isso vital o ter tempo para nossa oração, já que é precisamente aí onde a amizade com Deus cresce e se fortalece. Dê tempo para a oração, verás que a amizade com Deus dá a tua vida a plenitude no amor e na paz.



ORAÇÃO INICIAL 

• Deus todo poderoso e eterno, a quem podemos chamar Pai; aumenta em nossos corações o espírito filial, para que mereçamos alcançar a herança prometida. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Mateus 18,15-20

• No evangelho de hoje e de amanhã vamos ler e meditar a segunda parte do Sermão da Comunidade. O evangelho de hoje fala da correção fraterna e da oração em comum. O de amanhã fala do perdão e fala da parábola do perdão sem limites. A palavra chave desta segunda parte é “perdoar”. O acento cai na reconciliação. Para que possa haver reconciliação que permita o retorno dos pequenos, é importante saber dialogar e perdoar, pois, o fundamento da fraternidade é o amor gratuito de Deus. Só assim a comunidade será sinal do Reino. Não é fácil perdoar. Certas dores continuam machucando o coração. Existem pessoas que dizem: “Perdôo, porém não esqueço!”. Rancor, tensões, broncas, opiniões diferentes, ofensas, provocações dificultam o perdão e a reconciliação.
• A organização das palavras de Jesus, nos cinco grandes Sermões do evangelho de Mateus mostra que no final do primeiro século, as comunidades tinham formas bem concretas de catequese. O Sermão da Comunidade (Mt 18,1-35), por exemplo, trás instruções atualizadas de como proceder no caso de algum conflito entre os membros da comunidade e de como encontrar critérios para solucionar os conflitos. Mateus reúne aquelas frases de Jesus que pode ajudar as comunidades de finais do século primeiro a superar os dois problemas agudos aos quais enfrentavam naquele momento, a saber, a saída dos pequenos por causa do escândalo de alguns e a necessidade de diálogo para superar o rigor de outros e acolher aos pequenos, os pobres, a comunidade. 
• Mateus 18,15-18: A correção fraterna e o poder de perdoar. Estes versículos trazem normas simples de como proceder no caso de conflito na comunidade. Se um irmão ou uma irmã pecam, isto é, se houver comportamento não de acordo com a vida da comunidade, não se deve imediatamente denunciá-lo. Primeiro, tratemos de saber os motivos do outro. Se não der resultado, levemos a duas ou três pessoas da comunidade para ver se consegue algum resultado. Só em caso extremo, deve-se levar o problema à toda comunidade. E se a pessoa não quiser ouvir a comunidade, que seja para ti “como um publicano ou um pagão”, isto é, como alguém que já não é parte da comunidade. Não é que você está excluindo, mas, é a própria pessoa, que se exclui. A comunidade reunida apenas constata e ratifica a exclusão. A graça de poder perdoar e reconciliar em nome de Deus foi dada à Pedro, aos apóstolos e, aqui no Sermão da Comunidade, à própria comunidade (Mt 18,18). Isto revela a importância das decisões que a comunidade toma com relação a seus membros.
• Mateus 18,19: A oração em comum. A exclusão não significa que a pessoa seja abandonada a sua própria sorte. Não! Pode estar separada da comunidade, porém, nunca estará separada de Deus. No caso de que a conversa na comunidade não chegue a bom termo, e a pessoa não quiser integrar-se na vida da comunidade, fica como último recurso o orar juntos ao Pai para conseguir a reconciliação. E Jesus garante que o Pai escutará: “Os asseguro também que se dois de vós se colocam de acordo na terra para pedir algo, seja o que for, o conseguirão de meu Pai que está nos céus”. 
• Mateus 18,20: A presença de Jesus na comunidade. O motivo da certeza de ser ouvidos pelo Pai é a promessa de Jesus: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles!”. Jesus é o centro, o chefe da comunidade e, como tal, junto com a Comunidade, estará rezando ao Pai, para que conceda o dom do retorno ao irmão ou a irmã que se excluiu.





PARA REFLEXÃO PESSOAL

Por que será que é tão difícil perdoar? Em nossa comunidade, existe espaço para a reconciliação? De que maneira? Jesus disse: “ali onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles”. O que é que isso significa para nós hoje?


ORAÇÃO FINAL 

• (SALMO 113,1-2)
• Hoje revisarei que classe de amigos eu tenho e, verei se eu sou um verdadeiro amigo, que age com misericórdia para com os demais.






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