sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Lectio Divina - 23/08/13

SEXTA-FEIRA -23/08/2013



PRIMEIRA LEITURA: Juízes 11,29-39


• Nesta leitura, usada pela liturgia na celebração do sacramento do matrimônio, ilumina com muita claridade o que significa o verdadeiro amor, o amor que sabe ser “fiel” na prosperidade e na desventura, na saúde e na enfermidade. As duas garotas poderiam ter regressado à casa paterna e voltar a se casar com gente do seu próprio povo. Uma delas assim o faz, porém, Rute, que sabe que sua sogra está só, decide acompanhá-la e permanecer com ela em toda circunstância. Em nossos dias, o importante é que voltemos a valorizar a verdadeira fidelidade e a amizade. Acostumados em nosso mundo consumista, a trocar frequentemente de tudo, em uma cultura “use e jogue”, não é fácil ter amizades estáveis, verdadeiros amigos que o acompanhem, sobretudo, nos momentos difíceis da vida. Certamente não é fácil estabelecer laços duradouros e raízes profundas com nossos vizinhos, companheiros, etc. No entanto, este é o ensinamento da Escritura, é o que nos mostrou Jesus ao fazer-se um como nós e percorrer nosso caminho, inclusive até a morte. Aprendamos com Rute que o verdadeiro amor se mostra diante de tudo na fidelidade e no saber acompanhar-nos uns aos outros, em comprometer toda nossa existência com alguém mais. Faça isso, verás que nunca te arrependerás.






ORAÇÃO INICIAL 

• Oh Deus que tens preparado bens inefáveis para os que te amam, infunde teu amor em nossos corações, para que, amando-te em tudo e sobre todas as coisas, consigamos alcançar tuas promessas, que superam todo desejo. Por Nosso Senhor...




REFLEXÃO

Mateus 22,34-40


• O TEXTO ILUMINA-SE. Jesus está em Jerusalém, precisamente no Templo, onde se inicia um debate entre Ele e seus adversários, sumos sacerdotes e escribas (20,28;21,15), entre os sumos sacerdotes e os anciãos do povo (21,23) e entre os sumos sacerdotes e os fariseus (21,45). O ponto de controvérsia do debate é: a identidade de Jesus ou do filho de Davi, a origem de sua identidade e, portanto, a questão sobre o reino de Deus. O evangelista apresenta esta trama de debates com uma seqüência de controvérsias de ritmo crescente: o tributo a pagar a César (22,15-22), a ressurreição dos mortos (22,23-33), o maior mandamento (22,34-40), o messias, filhos e Senhor de Davi (22,41-46). Os protagonistas das três primeiras discussões são expoentes do judaísmo oficial que pretendem colocar Jesus em dificuldade em questões cruciais. Estas disputas são apresentadas a Jesus na qualidade de “Mestre” (rabi), título que manifesta ao leitor a compreensão que os interlocutores têm de Jesus. Porém, Jesus aproveita a ocasião para levá-los a expor uma questão ainda mais crucial: tomar posição definitiva sobre sua identidade (22,41-46).
• O MAIOR MANDAMENTO. Seguindo os passos dos saduceus que os haviam precedido, os fariseus expuseram de novo a Jesus uma das questões mais ardorosas: o maior dos mandamentos. Visto que os rabinos sempre evidenciavam a multiplicidade das prescrições (248 mandamentos), apresentam a Jesus a questão de qual é o mandamento fundamental, ainda que os próprios rabinos haviam inventado uma verdadeira casuística para reduzir-los o mais possível: Davi conta onze (Sl 15,2-5), Isaias seis (Is 33,15), Miquéias três (Mi 6,8), Amós dois (Am 5,4) e Abacuc apenas um (Ab 2,4). Porém, na intenção dos fariseus, a questão vai mais além da pura casuística, pois, trata-se da mesma existência das prescrições. Jesus, ao contestar, soma juntos o amor de Deus e o amor do próximo, até fundi-los num só, porém, sem renunciar a prioridade ao primeiro, o qual subordina estreitamente o segundo. E mais, todas as prescrições da lei, chegavam a 613, estavam em relação com este único mandamento: toda lei encontra seu significado e fundamento no mandamento do amor. Jesus leva à cabo um processo de simplificação de todos os preceitos da lei: o que coloca em prática o único mandamento do amor não só esta em sintonia com a lei, mas também com os profetas (v40). Todavia, a novidade da resposta não está tanto no conteúdo material, mas, em sua realização: o amor à Deus e ao próximo acham seu próprio contexto e solidez definitiva em Jesus. É preciso dizer que o amor à Deus e ao próximo, mostrado e realizado de qualquer modo em sua pessoa, coloca o homem em uma situação de amor diante de Deus e diante dos demais. O duplo único mandamento, o amor à Deus e ao próximo, se converte em colunas de suporte, não só das Escrituras, mas também da vida do cristão.





PARA REFLEXÃO PESSOAL


O amor a Deus e ao próximo, é para você só um vago sentimento, uma emoção, um movimento passageiro, ou, é uma realidade que invade toda sua pessoa: coração, vontade, inteligência e trato humano?
• Você foi criado para amar. Está consciente de que tua realização consiste em amar a Deus com todo coração, com toda tua alma e com toda tua mente? Este amor tem que acontecer na caridade para os irmãos e em suas situações existenciais. Você vive isto na prática diária?




ORAÇÃO FINAL 

• (SALMO 17,8-9)
• Hoje chamarei meus amigos mais próximos e os agradecerei pela sua amizade.





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