segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Lectio Divina - 09/09/13


SEGUNDA-FEIRA -09/09/2013

PRIMEIRA LEITURA: Colossenses 1,24-2,3

Em nosso mundo moderno aonde as “agendas” vão guiando o rumo e, a ordem de nosso dia, pode-se cair também na tentação de PROGRAMAR a caridade. Jesus nesta passagem é criticado por curar um homem no dia do repouso. Quantas vezes nós, em nossa própria família, em nosso trato com os filhos, com o esposo ou com a esposa, ou com os pais, também colocamos esta desculpa para não servir, para não fazer a caridade? É triste que isto aconteça e que muitas vezes a caridade tome o lugar de “quando houver tempo”, que o serviço a nossos irmãos tenha que também ter seu turno, principalmente quando se refere a uma situação de urgência como pode ser a saúde. É triste que a esposa ou os filhos tenham que “ter hora” para ser atendidos e ouvidos. Não deixe que tua agenda governe tua vida, seja você, como Jesus, dono do seu tempo, especialmente em tua relação com teus seres queridos.



ORAÇÃO INICIAL 

Senhor tu que tens se dignado a redimir-nos e nos feito filhos seus, olhe-nos sempre com amor de pai e faça com que aqueles que crêem em Cristo, teu Filho, alcancem a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por Nosso Senhor…


REFLEXÃO

Lucas 6,6-11

CONTEXTO. Nossa passagem apresenta Jesus curando um homem que tinha uma mão seca. A diferença do contexto dos cap. 3-4 nos quais Jesus aparece só, aqui Jesus aparece rodeado de seus discípulos e das mulheres que o acompanhavam. Nos três primeiros enredos deste caminho, o leitor encontrará diversos modos de ouvir a palavra de Jesus por parte daqueles que o seguem que em definitivo, podem sintetizar-se em duas experiências que reclamam a sua vez, dois tipos de aproximação à Jesus: a de Pedro (5,1-11) e a do centurião (7,1-10). O primeiro encontra Jesus que, depois, da pesca milagrosa, o convida para ser pescador de homens, e depois cai de joelhos diante de Jesus: “Afasta-te de mim, Senhor, que sou um homem pecador” (5,8). O segundo não tem nenhuma comunicação direta com Jesus: tem ouvido falar muito bem sobre Jesus e envia intermediários para pedir-lhe a cura de seu criado que está morrendo; pede algo não para si, mas sim para uma pessoa muito querida. A figura de Pedro representa a atitude, do qual, sentindo-se pecador, coloca se trabalho sob o influxo da Palavra de Jesus. O centurião, mostrando sua solicitude pelo criado, aprende ouvir a Deus. Pois bem, a cura do homem que tem uma mão seca se coloca ente estas vias ou atitudes que caracterizam a itinerância da vida de Jesus. O fato milagroso se produz em um contexto de debate ou controvérsia: as espigas arrancadas no sábado e uma cura também no sábado, precisamente o da mão seca. Entre as duas discussões, a palavra de Jesus joga um papel crucial: “O Filho do homem é senhor do sábado” (6,5). Vendo nossa passagem, perguntemo-nos o que é que significa esta mão seca? É símbolo da salvação do homem que é conduzido a sua situação original, a da criação. Além disso, a mão direita expressa o trabalhar humano. Jesus devolve a este dia da semana, o sábado, seu mais profundo sentido: é o dia da alegria, da restauração, e não da limitação. O sábado que Jesus apresenta é o sábado messiânico, não o sábado legalista; as curas realizadas por Ele são sinais do tempo messiânico, da restauração e libertação do homem. 
DINÂMICA DO MILAGRE. Lucas coloca diante de Jesus um homem com uma mão sem força, seca, paralisada. Ninguém se interesse para pedir sua cura e menos ainda o diretamente interessado. Mas, a enfermidade não era só um problema individual, mas, seus efeitos repercutem em toda a comunidade. Em nosso relato não emerge tanto o problema da enfermidade, mas, sua relação com o sábado. Jesus é criticado porque havia curado no sábado. A diferença com os fariseus consiste em que estes, no dia de sábado, não agiam com base ao mandamento do amor que é a essência da lei. Jesus, depois de ordenar ao homem para colocar-se no centro da assembléia, faz uma pergunta decisiva: “É lícito ou não curar no sábado?”. Os espaços para a resposta são reduzidos: curar ou não curar, ou seja, curar ou destruir (v.9). Imaginemos a dificuldade dos fariseus: tinham que negar que no sábado pudesse fazer o mal e conduzir o homem a perdição e menos ainda curar já que ajudar no sábado era permitido só em casos de extrema necessidade. Os fariseus sentem-se provocados, e isto excita sua agressividade. Aparece como evidente que a intenção de Jesus ao curar no sábado é procurar o bem do homem, em primeiro lugar o que está enfermo. Esta motivação de amor nos convida a refletir sobre nosso comportamento e a fundamentá-lo no de Jesus, que salva. Jesus não presta atenção somente na cura do enfermo, mas, também está interessado pela cura de seus adversários: curá-los de sua atitude distorcida ao observar a lei, observar o sábado sem reanimar o próximo de suas enfermidades não está em conformidade com o que Deus quer. Para o evangelista, a função do sábado é fazer o bem, salvar como Jesus faz em sua vida terrena.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

Você se sente toca pelas palavras de Jesus? Como se compromete em teu serviço com a vida? Sabe criar condições para que o outro tenha uma vida melhor?
Sabe colocar no centro de sua atenção todos os homens e as suas necessidades?



ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 5,12)
Permita que o amor de Deus encha hoje tua vida. Abra-lhe teu coração






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