terça-feira, 15 de outubro de 2013

Lectio Divina - 15/10/13


TERÇA-FEIRA -15/10/2013


PRIMEIRA LEITURA 

Romanos 1,16-25



O tema é anunciado de maneira sucinta e incisiva. O próprio Evangelho contém o poder de Deus para salvar. A fé é fundamental: tudo começa e termina com ela. Como Habacuc (Hab 2,4) disse as seus compatriotas, o individuo justo vive seu destino pessoal pela fé. É precisamente essa fé humana que possibilita a Deus exercer seu poder em plenitude.



ORAÇÃO INICIAL 

Pedimos-te Senhor, que tua graça continuamente nos preceda e acompanhe, de maneira que estejamos dispostos a trabalhar sempre o bem. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Lucas 11,37-41


O evangelho de hoje continua a relação tensa entre Jesus e as autoridades religiosas daquele tempo. Apesar da relação tensa, havia algo familiar entre Jesus e os fariseus. Convidado a comer na casa deles, Jesus aceita o convite. Jesus não perde diante deles a liberdade, nem os fariseus diante de Jesus. 

Lucas 11,37-38: ADMIRAÇÃO DO FARISEU DIANTE DA LIBERDADE DE JESUS. “Quando terminou de falar, um fariseu lhe pediu que fosse comer com ele, entrou, pois, e se pos à mesa”. Jesus aceita o convite de comer na casa do fariseu, porém, não muda sua maneira de agir, pois, senta-se sem antes lavar as mãos. Nem o fariseu muda de atitude diante de Jesus, pois, expressa sua admiração pelo fato de que Jesus não lava as mãos. Naquele tempo, lavar as mãos antes das comidas era uma obrigação religiosa, imposta pelas pessoas em nome da pureza, exigida pela lei de Deus. O fariseu estranhou vendo que Jesus não observa esta norma religiosa. E, apesar de ser totalmente diferentes, o fariseu e Jesus tinham algo em comum: a seriedade de vida. A forma de viver dos fariseus era assim: todo dia dedicavam oito horas ao estudo e a meditação da lei de Deus, outras oito horas ao trabalho para poder dar de comer à família, e dedicavam outras oito horas ao descanso. Este testemunho sério de sua vida lhe dava um grande sentido de liderança popular. Talvez, era por isto que, apesar de ser totalmente diferentes, os dois, Jesus e os fariseus, se entendiam e se criticavam mutuamente, sem perder a possibilidade de diálogo.

Lucas 11,39-41: A RESPOSTA DE JESUS. “Bem, vós, os fariseus, purificais por fora o copo e o prato, enquanto por dentro estais cheios de rapina e maldade! Insensatos! E o que fez o exterior, não fez também o interior? Dê mais em esmola o que tens e então tudo será puro para vós”. Os fariseus observavam a lei ao é da letra. Olhavam só o escrito e, por isto, eram incapazes de perceber o espírito da lei, o objetivo que a observância da lei queria alcançar na vida das pessoas. Por exemplo, na lei está escrito: “Ama teu próximo como a ti mesmo” (Lv 19,18). E eles comentavam: “devemos amar o próximo, porém, só o próximo, a nós, não!”. E dali nascia a discussão sobre a questão: “Quem é meu próximo?” (Lc 10,29). O apóstolo Paulo escreve na segunda carta aos Corintios: “A lei escrita dá a morte, enquanto que o Espírito dá a vida” (2Cor 3,6). No Sermão da Montanha, Jesus critica aos que observam o escrito da lei, porém, não aceita o espírito da lei (Mt 5,20). Para ser fiel ao que Deus pede de nós não basta observar só o escrito da lei. Isto seria o mesmo que limpar o vaso ou o prato por fora e deixar o interior cheio de sujeira: roubo ou maldade. Não basta não matar, não roubar, não cometer adultério, não jurar. Só observa plenamente a lei de Deus aquele que, mais além do escrito, vai até a raiz e arranca de dentro de si os desejos de “roubo e de maldade” que podem levar ao assassinato, ao roubo, ao adultério. A plenitude da lei se realiza na prática do amor (cf. Mt 5,21-48).



PARA REFLEXÃO PESSOAL

Nossa Igreja merece hoje esta acusação de Jesus contra os escribas e os fariseus? E eu, as mereço?
Respeitar a seriedade de vida dos demais que pensam de forma diferente de nós pode facilitar o diálogo tão necessário e tão difícil hoje em dia. Como pratico o diálogo em família, no trabalho e na comunidade? 



ORAÇÃO FINAL 
(SALMO 119,41-42)





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