sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Lectio Divina - 08/11/13


SEXTA-FEIRA -08/11/2013

PRIMEIRA LEITURA: Romanos 15,14-21

Esta passagem pode orientar-nos hoje para a consideração de quais são as nossas conversas. Não sei se percebes que poucas pessoas em nosso meio, em sua conversa normal, falam de temas religiosos e muito menos diretamente de Jesus e do Evangelho. Isto me parece que obedece, por um lado a falta de conhecimento que se tem Dele e de sua doutrina, porém, por outro lado, a uma mescla de temor a rejeição e a uma falta de interesse pela evangelização. Qualquer que seja o caso deveria nos levar a pensar naquilo que dizia Jesus: “A boca fala do que o coração está cheio”. Quando o homem, como Paulo, está pleno de Deus, de Jesus, de seu evangelho, não pode evitar em falar Dele; por mais que procure evitá-lo, cedo ou tarde escapará por seus lábios. Lembre que Deus se vale de nossas palavras, de nossas ações e em geral de toda nossa pessoa para levar a mensagem de salvação aos demais. Não se envergonhe, mostra-te como cristão, fale de Jesus a teus amigos, conheça-o mais, seja seu instrumento para que todos o conheçam e o amem.


ORAÇÃO INICIAL 

Senhor de poder e de misericórdia, que quer se fazer digno e agradável por favor teu a serviço de teus fiéis, concede-nos caminhar sem tropeços para os bens que nos prometes. Por Nosso Senhor...


REFLEXÃO

Lucas 16,1-8


O evangelho de hoje nos apresenta uma parábola que trata da administração dos bens e que encontramos apenas no evangelho de Lucas. É conhecida como a parábola do administrador desonesto. Parábola desconcertante. Lucas disse: “O Senhor elogiou o administrador injusto porque havia trabalhado com sagacidade”. O Senhor é Jesus mesmo, e não o administrador. Como é que Jesus pode elogiar um empregado corrupto? 

Lucas 16,1-2: O administrador ameaçado de ser despedido. “Havia um homem rico que tinha um administrador a quem acusaram diante dele de malbaratar sua fazenda. Chamou-lhe e disse-lhe: “O que é que ouço dizer de ti?”. “Preste conta de sua administração, porque você não continuará no cargo”. O exemplo, tirado do mundo do comércio e do trabalho, fala por si só. Insinua a corrupção que existia. O dono descobriu a corrupção e decidiu despedir o administrador desonesto. Este, de repente, se vê em uma situação de emergência e obrigado pelas circunstâncias imprevistas a encontrar uma saída para poder sobreviver. Quando Deus se faz presente na vida de uma pessoa, ali, de repente, tudo muda e a pessoa entra em uma situação de emergência. Terá que tomar uma decisão e encontrar uma saída.

Lucas 16,3-4: O que fazer? Que saída tomar? “O administrador disse para si mesmo: O que farei agora que meu senhor me tira a administração? Cavar, não posso; mendigar, me dá vergonha”. E começa a refletir para descobrir uma saída. Analisa, uma por uma, as possíveis alternativas. “Já sei o que vou fazer, para que quando seja destituído do cargo me recebam em suas casas”. Trata-se de garantir o seu futuro. O administrador desonesto é coerente com seu modo de pensar e de viver.

Lucas 16,5-7: Realização da solução encontrada. “E chamando um por um dos devedores de seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor? Respondeu: Cem medidas de azeite. Ele disse: Toma teu recibo, senta-te em seguida e escreve cinqüenta. Depois disse a outro: Você quanto deves? Respondeu: Cem cargas de trigo. Disse-lhe: Toma teu recibo e escreve oitenta”. Dentro de sua total falta de ética o administrador foi coerente. O critério de sua ação não é a honestidade e a justiça, nem o bem do dono de quem vai depender para viver e sobreviver, mas sim, seu próprio interesse. Ele quer a garantia de ter alguém que o receba em sua casa.

Lucas 16,8: O Senhor elogiou o administrador desonesto. E agora vem a conclusão desconcertante: “O Senhor elogiou o administrador injusto porque havia trabalhado com sagacidade, pois, os filhos deste mundo são mais sagazes com os de sua classe que os filhos da luz”. A palavra Senhor se refere a Jesus e não ao dono, ao homem rico. Este jamais elogiaria um empregado desonesto no serviço e que agora, rouba mais de 50 barris de azeite e 20 sacos de trigo. Quem elogia é Jesus. E Jesus não elogia o roubo, mas sim a presença de espírito do administrador. Sabe calcular bem as coisas e sabe encontrar uma saída, quando de repente se vê sem trabalho. Assim, como os filhos deste mundo sabem serem espertos em suas coisas, assim os filhos da luz devem aprender deles a serem espertos na solução de seus problemas, usando os critérios do Reino e os critérios deste mundo. “Sejam espertos como as serpentes e simples como as pombas” (Mt 10,16).



PARA REFLEXÃO PESSOAL

Sou coerente?
Qual é o critério que uso na solução de meus problemas?




ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 27,4)
Durante este dia darei testemunho da presença de Deus em minha vida, tanto com minhas palavras como com minhas ações.






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