segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Lectio Divina - 11/11/13


SEGUNDA-FEIRA -11/11/2013

PRIMEIRA LEITURA: Sabedoria 1,1-7


Este livro que veremos não se refere a sabedoria humana, a qual está relacionada com a inteligência, mas sim ao conhecimento que é produto da ação de Deus no coração. Por isso o termo “Sabedoria”, a partir da visão do Novo Testamento pode referir-se a Jesus como Palavra de Deus, o melhor, ao Espírito Santo que instrui nossos corações com amor. Nestes primeiros versículos, ainda que dirigidos aos que governam, pode aplicar-se a todos: “Busquem ao Senhor”, isto é, busquem a Sabedoria. Um dos grandes problemas pelo qual passa atualmente nosso mundo, é que este é dirigido não com a Sabedoria de Deus, mas sim pela torpe inteligência humana que na maioria das vezes busca só o egoísmo. No entanto, o autor nos diz que a “Sabedoria não entra em uma alma malvada, nem habita em um corpo submetido ao pecado”. É necessário, que purifiquemos nosso ser, que renunciemos a maldade, que nos arrependamos sincera e profundamente de nossas más ações e que nos abramos de coração à Deus. Deixa, pois, que a sabedoria de Deus ilumine e governe teu coração para que possas experimentar sua paz e sua doçura, e para que toda tua vida se converta em fonte de luz para os demais.


ORAÇÃO INICIAL 

Deus onipotente e misericordioso afaste de nós todos os males, para que, bem disposto nosso corpo e nosso espírito, possamos livremente cumprir tua vontade. Por Nosso Senhor...


REFLEXÃO

Lucas 17,1-6

O evangelho de hoje nos apresenta três distintas palavras de Jesus: uma sobre como evitar o escândalo dos pequenos, outra sobre a importância do perdão e uma terceira sobre o tamanho da fé em Deus que devemos ter.

Lucas 17,1-2: PRIMEIRA PALAVRA: EVITAR O ESCÂNDALO. Disse a seus discípulos: “É impossível que não haja escândalos, porém, ai daquele por quem vem”! “Mais lhe vale que lhe coloquem uma pedra de moinho no pescoço e o atirem ao mar, que escandalizar a um destes pequenos”. O escândalo é aquilo o que faz que uma pessoa tropece e caia. À nível de fé, significa aquilo que desvia a pessoa do bom caminho. Escandalizar aos pequenos quer dizer ser o motivo pelos quais os pequenos se desviam do caminho e perdem a fé em Deus. Quem faz isto recebe a seguinte sentença: “Mais vale que lhe coloquem uma pedra de moinho e lhe atirem ao mar”. Por que tanta severidade? Porque Jesus se identifica com os pequenos, com os pobres (Mt 25,40.45). São seus preferidos, os primeiros destinatários da Boa Nova (cf. Lc 4.18). Quem lhes fizer mal, faz mal a Jesus. Ao longo dos séculos, muitas vezes, nós os cristãos, por nossa maneira de viver a fé temos sido o motivo pelo quais os pequenos têm-se afastado da Igreja e têm ido para outras religiões. Não conseguem acreditar, como dizia o apóstolo na carta aos Romanos, citando o “Por vossa causa, o nome de Deus é blasfemado entre os pagãos” (Rm 2,24;Is 52,5:Ez 36,22). Até onde nós somos culpados? Merecemos uma pedra de moinho no pescoço?

Lucas 17,3-4: SEGUNDA PALAVRA: PERDOAR O IRMÃO. “Ande, pois, com cuidado. Se teu irmão peca, repreenda-lhe; e se ele arrepender-se, perdoa-lhe. E se peca contra ti sete vezes ao dia, e sete vezes se voltar a ti, dizendo: Arrependo-me, perdoa-o”. Sete vezes em um dia. Não é pouco! Jesus pede muito! No evangelho de Mateus, diz que devemos perdoar até setenta vezes sete! (Mt 18,22). O perdão e a reconciliação são um dos assuntos em que Jesus mais insiste. A graça de poder perdoar as pessoas e reconciliá-las entre elas e com Deus foi dada a Pedro (Mt 16,19), aos apóstolos (Jo 20,23) e a comunidade (Mt 18,18). A parábola sobre a necessidade de perdoar o próximo não deixa lugar para dúvidas: se não perdoarmos os irmãos, não podemos receber o perdão de Deus (18,22-35; 6,12.15; Mc 11,26). Pois, não existe proporção entre o perdão que recebemos de Deus e o perdão que devemos oferecer ao próximo. O perdão com que Deus nos perdoa gratuitamente é como dez mil talentos comparados com cem denários (Mt 18,23-25). Dez mil talentos são 174 toneladas de ouro, cem denários não passam de 30 gramas de ouro. 

Lucas 17,5-6: TERCEIRA PALAVRA: AUMENTAR NOSSA FÉ. “Os apóstolos disseram ao Senhor: Aumenta-nos a fé”. O Senhor disse: “Se tiveres uma fé como um grão de mostarda, direis a este sicômoro: Arranca-te e planta-te no mar, ele os obedecerá”. Neste contexto de Lucas, a pergunta dos apóstolos aparece como motivada pela ordem de Jesus de perdoar até sete vezes ao dia, o irmão e a irmã que peca contra nós. Perdoar não é fácil. O coração fica magoado e a razão apresenta mil motivos para não perdoar. Só com muita fé em Deus é possível chegar até o ponto de ter um amor tão grande que nos faça capazes de perdoar até sete vezes ao dia o irmão que peca contra nós. Humanamente falando, aos olhos do mundo, perdoar assim é uma loucura e um escândalo, porém, para nós esta atitude é expressão da sabedoria divina que nos perdoa infinitamente mais. Dizia Paulo: “Enquanto nós anunciamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos” (1Cor 1,23). 


PARA REFLEXÃO PESSOAL

Em minha vida, fui alguma vez motivo de escândalo para meu próximo? Ou alguma vez os demais, foram motivos de escândalo para mim? 
Sou capaz de perdoar sete vezes ao dia o irmão ou a irmã que me ofende sete vezes ao dia?







ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 105,2-3) 
Hoje dedicarei 15 minutos para meditar uma passagem do evangelho de Marcos. 





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