sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Lectio Divina - 27/12/13


SEXTA-FEIRA -27/12/2013


PRIMEIRA LEITURA: 1João 1,1-4


Se alguém te perguntar, o que foi para você a festa da Natividade, o que é que responderá? Desafortunadamente para alguns irmãos esta celebração não deixará de ser simplesmente uma festa com bolos, bebidas e uma ceia especial. Todavia, o objetivo desta celebração foi que cada um de nós nos encontrássemos com Jesus, que em sua humildade nos convida à construir a partir da simplicidade um mundo cheio de paz e de amor. Já que Deus nos reconciliou por meio de seu Filho e o enviou com uma mensagem de paz e perdão, deveria ser então para cada ser humano uma profunda experiência de perdão e reconciliação. Então, você poderia ser testemunho deste encontro, deste perdão, deste amor derramado em teu coração? Hoje poderia falar a todos teus amigos e conhecidos sobre o infinito amor de Deus que viveu nestes dias? Lembre sempre que acreditar significa viver, que tua fé se expresse em tua forma de viver. Seja testemunho do amor de Deus.


ORAÇÃO INICIAL 

Deus nosso, que por meio do apóstolo João, quis mostrar-nos a profundidade da vida e do amor de teu Filho, faz que sejamos capazes de conhecer e de amar cada dia mais a Jesus Cristo, nosso redentor, que vive e reina...



REFLEXÃO

João 20,2-8


O evangelho de hoje traz a passagem do Evangelho de João, que fala do Discípulo Amado. Provavelmente, escolheu-se este texto para que se leia e medite no dia de hoje, festa de São João Evangelista, pela identificação espontânea que todos fazemos do discípulo amado com o apóstolo João. O curioso é que em nenhuma parte do evangelho de João se diz que o discípulo amado seja João. Porém, desde o mais remoto inicio da Igreja, sempre se insistiu na identificação dos dois. Por isso, insistindo na semelhança e entre os dois, corremos o risco de perder um aspecto muito importante da mensagem do Evangelho a respeito do discípulo amado.

No evangelho de João o discípulo amado representa a nova comunidade que nasce ao redor de Jesus. O Discípulo Amado está aos pés da Cruz, junto de Maria, a mãe de Jesus (Jo 19,26). Maria representa o Povo da antiga aliança. No final do primeiro século, época em que se fez a redação final do Evangelho de João havia um conflito crescente entre a sinagoga e a igreja. Alguns cristãos queriam abandonar o Antigo Testamento e ficar só com o Novo Testamento. Aos pés da Cruz, Jesus disse: “Mulher, eis aí teu filho!”. E ao discípulo amado: “Filho, eis aí tua mãe!”. E, os dois devem permanecer unidos, como mãe e filho. Separar o Antigo Testamento do Novo Testamento, naquele tempo era o mesmo o que hoje chamamos de separação entre fé (NT) e vida (AT).

No evangelho de hoje, Pedro e o Discípulo Amado, alertados pelo testemunho de Maria Madalena, correm juntos para o Santo Sepulcro. O jovem é mais veloz que o velho e chega primeiro. Olha dentro do sepulcro, observa tudo, porém não entra. Deixa que Pedro entre. Pedro entra. É sugestiva a maneira em que o evangelho descreve a reação dos dois homens diante do que ambos vêem: “Entrou na sepultura e viu os lençóis pelo chão. O sudário que passava sobre a cabeça não estava no chão com os lençóis, mas sim, enrolado no mesmo lugar. Então o outro discípulo, que havia chegado primeiro, entrou, viu e acreditou”. Ambos viram a mesma coisa, porém, só de diz que o Discípulo Amado que acreditou: “Então o outro discípulo, que havia chegado primeiro, entrou, viu e acreditou”. Por quê? Será que Pedro não acreditou? 

O Discípulo Amado tem um olhar diferente que percebe mais que os demais. Tem um olhar amoroso que percebe a presença da novidade de Jesus. De madrugada, depois daquela noite de busca e depois da pesca milagrosa, é ele, o discípulo amado, que percebe a presença de Jesus e diz: “É o Senhor!” (Jo 21,7). Naquela ocasião, Pedro, alertado pela afirmação do discípulo amado também reconhece e começa a entender. Pedro aprende com o discípulo amado. Em seguida, Jesus pergunta três vezes: “Pedro, você me ama? (Jo 21,15.16.17). Por três vezes, Pedro respondeu: “Tu sabes que eu Te amo!”. Depois da terceira vez, Jesus confia as ovelhas aos cuidados de Pedro, pois, nesse momento Pedro também se torna “Discípulo Amado”. 





PARA REFLEXÃO PESSOAL

Todos os que hoje acreditam em Jesus são “Discípulo Amado”. Será que tenho o mesmo olhar amoroso para perceber a presença de Deus e crer em sua ressurreição? 
Separar o Antigo do Novo Testamento é o mesmo que separar a Vida e a Fé. Como faço e vivo isto?




ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 97,5-6)
Hoje reunirei minha família e compartilharemos todo o grande amor que Deus nos tem dado, com os nossos semelhantes.




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