segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Lectio Divina - 20/01/14

SEGUNDA-FEIRA -20/01/2014

PRIMEIRA LEITURA: 1Samuel 15,16-23

Esta passagem que introduz a destituição de Saul como rei de Israel nos apresenta o modelo daquele que busca agradar a Deus à sua maneira, deixando com isso de fazer a vontade de Deus e eximindo-se, inclusive, em sua relação com Deus. É o caso do pai de família que acredita que agrada Deus porque trabalha até às 11 horas da noite com o intuito de levar mais recursos para casa. A este, o Senhor lhe perguntaria como perguntou a Saul: Por que é que não tem obedecido a voz do Senhor que te entregou uma esposa e filhos que necessitam de teu amor, de teu conselho, de tua companhia? Em nenhuma parte do compromisso com Deus se estipulava que os filhos teriam que estudar em tal ou qual escola ou universidade. Este também é o caso da dona de casa que por estar envolvida em tantas atividades sociais, ainda quando estas são encaminhadas à assistência social, descuida da manutenção de sua casa e do cuidado com seus filhos. Saul havia caído das graças de Deus porque pensou que podia agradar a Deus à margem de fazer sua vontade. Poderia dizer que em tua vida cotidiana, ao menos no que diz respeito a tua vocação, está fazendo a vontade de Deus?



ORAÇÃO INICIAL 

Deus todo poderoso, que governa o céu e a terra, ouça paternalmente a oração de teu povo, e faz que os dias de nossa vida se fundamentem em tua paz. Por Nosso Senhor. Amém! 



REFLEXÃO

Marcos 2,18-22


OS CINCO CONFLITOS ENTRE JESUS E AS AUTORIDADES RELIGIOSAS. Em Mc 2,1-12 vimos o primeiro conflito. Era em torno do perdão dos pecados. Em Mc 2.13-17, o segundo conflito tratava da comunhão da mesa com os pecadores. O evangelho de hoje fala do terceiro conflito sobre o jejum. Amanhã teremos o quarto conflito ao redor da observância do sábado (Mc 2,13-28). Depois de amanhã o último dos cinco conflitos será sobre a cura em dia de sábado (Mc 3,1-8). O conflito sobre o jejum ocupa o lugar central. Por isto, as palavras meio soltas sobre o remendo novo em vestido velho e sobre o vinho novo em odre velho (Mc 2,21-22), devemos entendê-las como uma luz que projeta sua claridade também sobre os outros quatro conflitos, dois antes e dois depois.

JESUS NÃO INSISTE NA PRÁTICA DO JEJUM. O jejum é um costume muito antigo, praticado em quase todas as religiões. O próprio Jesus o praticou durante quarenta dias (Mt 4,2). Mas, Ele não insiste com os discípulos para que façam o mesmo. Os deixa livres. Por isso, os discípulos de João Batista e dos fariseus, que eram obrigados a jejuar, querem saber por que Jesus não insiste no jejum.

O NOIVO ESTÁ COM ELES, ASSIM NÃO PRECISAM JEJUAR. Jesus responde com uma comparação. Quando o noivo está com seus amigos, isto é, durante a festa de bodas, os amigos não precisam jejuar. Jesus se considera o noivo. Os discípulos são amigos do noivo. Durante o tempo em que Ele, Jesus, esteve com os discípulos, era festa. Chegará o dia em que o noivo deixará de estar, e nesse momento, se eles querem, poderão jejuar. Jesus lembra sua morte. Sabe e sente que, se continua por este caminho de liberdade, as autoridades religiosas vão querer matá-lo.

REMENDO NOVO SOBRE ROUPA VELHA, VINHO NOVO EM ODRE NOVO. Estas duas afirmações de Jesus, que Marcos coloca aqui, aclaram a atitude crítica de Jesus diante das autoridades religiosas. Não se coloca remendo novo sobre roupa velha, porque na hora de lavar a roupa, o remendo novo encolhe, estica da roupa velha a rasga mais ainda. Ninguém coloca vinho novo em odre velho, porque a fermentação do vinho novo faz estourar o odre velho. Vinho novo em odre novo! A religião defendida pelas autoridades religiosas era como uma roupa velha, como um odre velho. Não se deve querer combinar o novo que Jesus traz com costumes antigos. Não se pode reduzir a novidade de Jesus à medida do judaísmo. Ou é um, ou é outro! O vinho novo que Jesus traz faz estourar o odre velho. Precisamos saber separar as coisas. Jesus não está contra o que é “velho”. O que quer evitar é que o velho se imponha ao novo e, assim, o impeça de manifestar-se. Seria o mesmo que reduzir a mensagem do Concílio Vaticano II ao catecismo anterior ao Concílio, como alguns estão querendo fazer.





PARA REFLEXÃO PESSOAL

A partir da experiência profunda de Deus que o animava por dentro, Jesus teve muita liberdade em relação com as normas e práticas religiosas. E hoje, temos essa mesma liberdade, ou, nos falta liberdade dos místicos? 
Remendo novo sobre roupa velha, vinho novo em odre velho. Existe isso em minha vida?




ORAÇÃO FINAL 

(1JOÃO 4,16)
Hoje procurarei o que é que posso fazer para agradar a Deus, seja em meu trabalho, na escola ou em relação com aqueles que amo.





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