quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Lectio Divina - 29/01/14

QUARTA-FEIRA -29/01/2014


PRIMEIRA LEITURA: 2Samuel 7,4-17


Esta passagem refere-se sem sombras de dúvidas à Jesus, quem será o descendente esperado do povo e aquele que reinará para sempre. Para a realização desta profecia Deus escolheu José, descendente da cada davídica para que ele fosse quem desse a linhagem (hoje diríamos, o nome) da família de Davi. Sabemos que José não é pai de Jesus, pois, foi gerado do Espírito Santo, todavia, cumpriu em tudo como pai de Jesus: lhe seu nome, o educou, ensinou a lei e ensinou a viver de acordo com a Aliança e finalmente lhe ensinou seu próprio ofício de carpinteiro. Tudo isso nos fala de algo que, às vezes, vai se perdendo em nossos lares e é: “o ter tempo para os filhos”. É a tal atividade do homem moderno (cabeça da família), que muitas vezes deixa toda a carga da educação para a esposa, entretanto, a presença e educação paterna é FUNDAMENTAL para o desenvolvimento equilibrado dos meninos e meninas. Jesus, como homem, se desenvolveu graças a proximidade de José e sua preocupação por sua educação, oxalá, se todos os que têm sido chamados a ser pai o saibam imitar tirando um tempo para compartilhar com seus filhos. 



ORAÇÃO INICIAL 

Deus todo poderoso e eterno: ajuda-nos a levar uma vida segundo a tua vontade, para que possamos dar em abundância frutos de boas obras em nome de teu Filho predileto. Que vive e reina contigo. Amém!



REFLEXÃO

Marcos 4,1-20


Sentado em um barco, Jesus ensina à multidão. Nestes versos, Marcos descreve de que forma Jesus ensinava as pessoas: na praia, sentado em um barco, muita gente ao redor para ouvir. Jesus não era uma pessoa culta (Jo 7,15). Não havia cursado uma escola superior em Jerusalém. Vinha do interior, do campo, de Nazaré. Era um desconhecido, meio campesino, meio artesão. Sem pedir permissão às autoridades, começou a ensinar as pessoas. Falava de forma muito distinta. O povo gostava de ouvi-lo. 

Por meio de parábolas, Jesus ajudava o povo a perceber a presença misteriosa do Reino nas coisas da vida. Uma parábola é uma comparação. Usam-se coisas conhecidas e visíveis da vida para explicar as coisas invisíveis e desconhecidas do Reino de Deus. Por exemplo, o povo da Galiléia entendia de semeadura, terreno, chuva, sol, sal, flores, colheita, pesca, etc. E são exatamente estas coisas conhecidas as quais Jesus usa nas parábolas para explicar o mistério do Reino.

A parábola da semente retrata a vida dos camponeses. Naquele tempo, não era fácil viver da agricultura. O terreno era muito pedregoso. Havia muito mato. Pouca chuva, muito sol. Além disto, muitas vezes as pessoas cortavam o caminho passando pelos campos, pisavam as plantas (Mc 2,23). Mesmo assim, apesar de tudo isto, cada ano, o agricultor semeava e plantava, confiando na força da semente, na generosidade da natureza.

“O que tem ouvido para ouvir que ouça!” (Mc 4,3). O caminho para chegar a compreender a parábola é a busca: “Procurem entender!”. A parábola não diz tudo imediatamente, mas, leva a pensar e faz descobrir a partir da experiência que os ouvintes têm da semeadura. Suscita criatividade e participação. Não é uma doutrina que já chega pronta para ser ensinada e decorada. A parábola não dá água engarrafada, entrega a fonte. O agricultor que ouve diz: “A semente no terreno, seu sei o que é!. Mas, Jesus diz que isto tem a ver com o Reino de Deus. Que será?”. E alguém pode imaginar as longas conversas das pessoas! A parábola se mescla com as pessoas e leva a ouvir a natureza e a pensar na vida.

Jesus explica a parábola aos discípulos. Em casa, a sós com Jesus, os discípulos querem saber o significado da parábola. Não entendiam. Jesus percebeu sua ignorância (M 4,13) e respondeu por meio de uma frase difícil e misteriosa. Disse aos discípulos: “Vocês estão no segredo do Reino de Deus, porém, aos de fora são feita as parábolas, de modo que por muito que olhem, não verão, e por mais que ouçam, não entenderão, não se converterão nem serão perdoados”. Esta frase faz com que as pessoas se perguntem: “Afinal, para que serve a parábola?”. Para esclarecer, ou, para esconder? Será que Jesus usa parábolas para que as pessoas continuem em sua ignorância e não cheguem a converter-se? É claro que não! Pois, em outra passagem Marcos diz que Jesus usava parábolas “segundo a capacidade dos ouvintes” (Mc 4,33). 

A parábola revela e esconde ao mesmo tempo! Revela para “os de dentro”, que aceitam Jesus como Messias, Rei grandioso. Eles entendem as imagens da parábola, porém, não conseguem entender seu significado.

A explicação da parábola, parte por parte. Uma por uma, Jesus explica as partes da parábola, a partir da semeadura e do terreno, até a colheita. Alguns estudiosos pensam que esta explicação se ampliou depois. Seria uma explicação feita por alguma comunidade. É bem possível! Pois, naquele casulo da parábola está a flor da explicação. Casulo e flor, ambos, têm a mesma origem de Jesus. Por isto, podemos seguir a reflexão e descobrir outras coisas bonitas dentro da parábola. Uma vez, alguém perguntou em uma comunidade: “Jesus disse que devemos ser sal. Para que serve o sal”. Discutiram e ao final encontraram mais de dez finalidades para o sal. Aplicaram tudo isto na vida da comunidade e descobriram que ser sal é difícil e exigente. A parábola funcionou! O mesmo vale para a semeadura. Todos têm alguma experiência de semear. 



PARA REFLEXÃO PESSOAL

Qual experiência tem de semear? Como te ajuda à melhor entender a Boa Nova?
Que tipo de terreno é você?



ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 34,5-6)
Hoje dedicarei um tempo do dia à convivência, bem estar e educação familiar.




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