quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Lectio Divina - 05/02/14



QUARTA-FEIRA -05/02/2014



PRIMEIRA LEITURA: 2Samuel 18,9-10.14.24-25.30-19,3


O homem que faz de Deus seu princípio e fortaleza, não se alegra com a morte de seus inimigos, pois, o amor de Deus o possui e o leva a considerar as coisas a partir de um plano superior. Davi, ao saber da morte de seu filho, que procurava matá-lo e apoderar-se assim do trono, se entristece e, é tanto o amor que tem que preferia estar morto no lugar dele. Em uma sociedade que nos instrui sobre a vingança, em meio de uma grande desumanização, esta passagem nos convida a voltar nossos olhos ao amor e ao perdão. Em nossa vida, haverá sempre alguém que não esteja de acordo com nossas idéias e inclusive, com nossa própria vida, tampouco faltará ocasião para que isto o leve a procurar causar-nos mal. É precisamente aí, onde, se mostra com toda clareza nosso ser cristão. Não deixemos nunca o rancor ou a opressão dos demais encherem nosso coração com o sentimento de vingança. Soltemos as rédeas ao amor e peçamos com todo nosso coração que aflorem de nós os sentimentos de perdão e de reconciliação.



ORAÇÃO INICIAL 

Senhor: concede-nos amar-te com todo o coração e que nosso amor se estenda, também, à todos os homens. Por Nosso Senhor. Amém!



REFLEXÃO

Marcos 6,1-6


O evangelho de hoje fala de Jesus em visita a Nazaré e de como as pessoas de Nazaré se fecharam em si mesmas e não o aceitaram (Mc 6,1-6). O evangelho de amanhã descreve como Jesus se abriu ao povo da Galiléia enviando seus discípulos em missão (Mc 6,7-13).

Marcos 6,1-2: Jesus volta a Nazaré. “Jesus saiu dali e veio a sua cidade, e seus discípulos o seguiam. Quando chegou o sábado se colocou a ensinar na sinagoga”. É sempre bom voltar a própria cidade e encontrar amigos e amigas. Depois de uma longa ausência, Jesus volta e, como de costume, no dia de sábado foi a sinagoga para tomar parte na reunião da comunidade. Jesus não era o coordenador da comunidade, entretanto, toma a palavra e começa a ensinar. Sinal de que as pessoas podiam participar e expressar sua opinião.

Marcos 6,2b-3: Reação das pessoas de Nazaré diante de Jesus. As pessoas de Cafarnaum haviam aceitado o ensinamento de Jesus (Mc 1,22), porém, as pessoas de Nazaré não gostaram das palavras de Jesus e ficaram escandalizadas. Por quê? Jesus, o menino que conheciam desde a infância, como agora era tão diferente? Eles não aceitam o mistério de Deus presente em Jesus, um ser humano como todos os demais, conhecido por todos. Para poder falar de Deus não podia ser igual aos demais! Como se vê, nem tudo foi bom para Jesus. As pessoas que deveriam ser as primeiras em aceitar a Boa Nova, são de fato as que mais dificuldade têm em aceitá-la. O conflito não era só com os de fora, mas também com seus parentes e com as pessoas de Nazaré. Têm dificuldades em acreditar em Jesus, porque não conseguem entender o mistério de Deus que envolve a pessoa de Jesus: “De onde vem isto? Que sabedoria é esta que lhe tem sido dada? E esses milagres feitos por suas mãos? Não é este o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E não estão suas irmãs aqui entre nós?”. Não conseguem acreditar em Jesus! 

Os irmãos e as irmãs de Jesus. A expressão “irmãos de Jesus” é motivo de muita polêmica entre católicos e protestantes. Baseando-se neste e em outros textos, os protestantes dizem que Jesus teve mais irmãos e irmãs e que Maria teve mais filhos! Os católicos dizem que Maria não teve mais filhos. O que pensar disto? Em primeiro lugar, as duas posições tanto dos católicos como dos protestantes, têm ambas argumentos tirados da Bíblia e da Tradição de suas respectivas Igrejas. Por isto, não convém discutir sobre esta questão, nem discuti-la só com argumentos racionais, já que se trata de convicções profundas, que têm a ver com a fé e com os sentimentos de ambos os grupos. O argumento que se limita à cabeça, não consegue desfazer uma convicção do coração. Irrita e afasta! Ou mesmo, quando não concordo com a opinião do outro, devo sempre respeitá-la. Em segundo lugar, em vez de discutir ao redor dos textos, todos nós, católicos e protestantes, deveríamos unir-nos para lutar em defesa da vida, criada por Deus, vida tão desfigurada pela pobreza, pela injustiça e pela falta de fé. Deveríamos lembrar outras frases de Jesus: “Vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância (Jo 10,10)”. “Quem não está contra, está a nosso favor” (Mc 10,39-40).

Marcos 6,4-6: Reação de Jesus diante da atitude das pessoas de Nazaré. Jesus sabe muito bem que “ninguém é profeta em sua pátria”. E diz: “Um profeta só em sua pátria, entre seus parentes e em sua casa carece de prestígio”. De fato, onde não existe aceitação nem fé, a pessoa não pode fazer nada. As idéias preconcebidas o impedem. Ainda querendo, Jesus não pode fazer nada e se torna estranho diante da falta de fé das pessoas. Por isso, diante da porta fechada de sua própria comunidade, “começou a percorrer os arredores, ensinando nos povoados”. A experiência de rejeição leva Jesus a mudar de prática. Dirige-se a outros povoados e, como veremos no evangelho de amanhã, envia os discípulos em missão dando instruções de como devem dar continuidade à missão.




PARA REFLEXÃO PESSOAL

Jesus tem problemas com seus parentes e com sua comunidade. Desde que você começou viver melhor o evangelho, tem mudado algo na relação com tua família e com teus parentes?
Jesus não pode fazer muitos milagres em Nazaré porque faltava fé. E hoje, encontra fé em nós, em mim? 







ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 32,1-2)
Hoje dedicarei alguns minutos para pedir em oração por aqueles que me desejam ou me têm feito algum mal.





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