segunda-feira, 17 de março de 2014

Lectio Divina - 17/03/14

SEGUNDA-FEIRA -17/03/2014

PRIMEIRA LEITURA: Daniel 9,4-10

Talvez, um dos grandes problemas com qual o qual a conversão enfrenta é o reconhecer, a partir do mais profundo de nosso coração, que somos pecadores. É que não é fácil reconhecer que somos fracos e, por isso, geralmente procuramos DESCULPAR nossas culpas e isto faz que seja difícil sair de nosso pecado ou superar nossas debilidades. Nesta passagem que nos apresenta a Sagrada Escritura, vemos com que humildade e simplicidade o profeta reconhece, não só o pecado pessoal, mas sim o coletivo. Ele sabe que o desterro que padecem é o fruto de seu pecado, porém, ao mesmo tempo sabe que seu Deus é um Deus de misericórdia. Não continuemos mascarando ou justificando nosso pecado e nossa debilidade, sejamos honestos conosco mesmo e declaremos diante de Deus e de seu ministro nossa debilidade. Deus é amor, e por esse amor esse amor nos perdoará, porém, mais ainda, esta ação é a que nos permitirá superar nosso pecado e viver continuamente na graça e no amor de Deus.


ORAÇÃO INICIAL 

Senhor Pai Santo, que para nosso bem espiritual nos mandaste dominar nosso corpo mediante a austeridade, ajuda-nos a libertar-nos da sedução do pecado e a entregar-nos ao cumprimento filial de tua santa lei. Por Nosso Senhor...


REFLEXÃO

Lucas 6,36-38

Os três breves versículos do evangelho de hoje constituem a parte final de um breve discurso de Jesus. Na primeira parte deste discurso, ele se dirige aos discípulos e aos ricos proclamando para os discípulos quatro bem-aventuranças e, para os ricos quatro maldições. Na segunda parte, dirige-se a todos os que não ouvem, a saber, aquela multidão imensa de pobres e enfermos, vinda de todos os lados. As palavras que diz a esta multidão e a todos nós são exigentes e difíceis: amar aos inimigos (Lc 6,27), não maldizer (Lc 6,28), oferecer a outra face aos que te golpeiam a rosto e não reclamar quando alguém toma o que é nosso (Lc 6,29). Como entender estes conselhos exigentes? As explicações são dadas por três versículos do evangelho de hoje, de onde tiramos o centro da Boa Nova que Jesus veio nos trazer.

Lucas 6,36: Ser misericordioso como vosso Pai é misericórdia. As bem-aventuranças para os discípulos e as maldições contra os ricos não podem ser interpretadas como uma ocasião para que os pobres se vinguem dos ricos. Jesus manda ter uma atitude contrária. E diz: “Amai vossos inimigos!” (Lc 6,27). A mudança ou a conversão que Jesus quer realizar em nós não consistem em algo superficial somente para inverter o sistema, pois, assim nada mudaria. Ele quer mudar o sistema. A Novidade que Jesus quer construir vem de nova experiência que tem de Deus como Pai/Mãe cheio de ternura que acolhe a todos, bons e maus, que faz brilhar o sol sobre maus e bons e faz chover sobre justos e injustos (Mt 5,45). O amor verdadeiro não depende do que eu recebo do outro. O amor dever querer o bem do outro independentemente do que ele ou ela fazem por mim. Pois, assim é o amor de Deus por nós. Ele é misericordioso não somente para com os bons, mas sim para com todos, até “com os ingratos e com os maus” (Lc 6,35). Os discípulos e as discípulas de Jesus devem irradiar este amor misericordioso.

Lucas 6,37-38: Não julgai e não sereis julgados. Estas palavras finais repetem de forma mais clara o que ele havia dito anteriormente: “Assim, pois, tratai aos demais como quereis que eles lhe tratem” (Lc 6,31, conf. Mt 7,12). Se não desejas ser julgado, não julgues! Se não desejas ser condenado, não condenes! Se queres ser perdoado, perdoe! Não fique esperando até que o outro tome a iniciativa, tome você a iniciativa e comece já! E verás que tudo isto ocorre.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

A Quaresma é tempo de conversão. Qual é a conversão que o evangelho de hoje me pede?
Tem procurado ser misericordioso como o Pai do céu é misericordioso?


ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 79,9)
Hoje farei um exame de consciência, colocando maior ênfase nas áreas de minha vida que mais me custa render à Deus; as apresentarei em oração deixando de racionalizar, declarando o que delas é pecado e pedindo perdão de coração.





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