sexta-feira, 30 de maio de 2014

Lectio Divina - 30/05/14

SEXTA-FEIRA -30/05/2014


PRIMEIRA LEITURA: Atos 18,9-18

Jesus já havia advertido seus discípulos que iam ser perseguidos e que os levariam aos tribunais, porém, também lhes assegurou que Ele mesmo estaria com eles e que o Espírito Santo lhes daria palavras e sabedoria com a qual poderiam fazer frente a seus inimigos. Paulo, nesta passagem, é novamente testemunho de que este aviso e esta promessa de Jesus se realizam na vida daquele que o testifica com sua palavra e com sua vida. Jesus nos diz hoje a nós também como fez com Paulo: “Não tenham medo de falar com coragem. Falem e não se calem, Eu estou com vocês”. É, pois, necessário que o anunciemos com coragem em nosso trabalho, em nossos bairros, nas escolas e universidades, etc. Se o mundo de hoje vive nesta escuridão e solidão, que o empurra para buscar o mal que o destrói, é porque nós os cristãos ficamos por muito tempo calados. É necessário despertar de nossa letargia e colocar-nos a falar do amor de Jesus; é necessário anunciá-lo e deixar que Ele evidente em nossa vida, ainda que isto nos leve a ter problemas. Estamos seguros que da mesma maneira que Deus livrou Paulo e seus companheiros, assim também fará conosco.

ORAÇÃO INICIAL 

O Deus, que pela ressurreição de teu Filho nos tem feito renascer para vida eterna, levanta nossos corações para o Salvador, que está sentado a tua direita, a fim de que quando vir novamente, nós que renascemos no batismo sejamos revestidos de uma imortalidade gloriosa. Por Nosso Senhor...


REFLEXÃO

João 16,20-23ª

Nestes dias entre Ascensão e Pentecostes, os evangelhos de cada dia são tirados dos capítulos de 16 a 21 do evangelho de João, e formam parte do assim chamado “Livro da Consolação ou da Revelação” (Jo 13,1 a 21,31). Este livro está subdividido da seguinte maneira: despedida dos amigos (Jo 13,1 a 14,31); testamento de Jesus e oração ao Pai (Jo 15,1 a 17/28); a obra consumida (Jo 18,1 a 20,31). O ambiente é de tristeza e de expectativa. Tristeza, porque Jesus se despede e a saudade invade o coração. Expectativa, porque está chegando a hora de receber o dom prometido do consolador que fará desaparecer a tristeza e a trará a alegria da presença amiga de Jesus no meio da comunidade.

João 16,20: A TRISTEZA SE TRANSFORMARÁ EM ALEGRIA. Jesus disse: “Também vós estais tristes agora, porém, voltarei a vê-los e se alegrará vosso coração e vossa alegria ninguém as poderá tirar”. A freqüente alusão a tristeza e ao sofrimento reflete o ambiente das comunidades do final do primeiro século na Ásia Menor (atual Turquia), para as quais João escreve seu evangelho. Elas viviam em uma situação difícil de perseguição e de opressão que era a causa da tristeza. Os apóstolos haviam ensinado que Jesus voltaria logo, porém a parusía, o retorno glorioso de Jesus, estava demorando e a perseguição aumentava. Muitos eram impacientes: “Até quando?” (Cf. 2Ts 2,1-5;2Pd 3,8-9). Porque uma pessoa só agüenta uma situação de sofrimento e de perseguição quando sabe que o sofrimento é o caminho e a condição para a perfeita alegria. E, então, ainda tendo a morte diante dos olhos, a pessoa agüenta a dor. Por isto o evangelho apresenta a comparação tão bonita do parto.

João 16,21: A COMPARAÇÃO COM AS DORES DO PARTO. Todos entendem esta comparação, sobretudo, as mães: “A mulher, quando vai dar a luz, está triste, porque chegou a hora, porém, quando tiver dado a luz a criança, já não se lembra do aperto pela alegria de ter trazido uma criança ao mundo”. A dor e a tristeza causadas pela perseguição, ainda que não ofereçam um horizonte de melhoria, não são agonias da morte, mas sim, dores de parto. As mães sabem disto por experiência. A dor é terrível, porém, agüentam, porque sabem que a dor é fonte de vida nova. Assim, é a dor da perseguição dos cristãos, e assim pode e deve ser vivida qualquer dor, sempre que seja à luz da experiência da morte e ressurreição de Jesus. 

João 16,22-23ª: A ALEGRIA ETERNA. Jesus aplica uma comparação: Também vós estais tristes agora, porém, voltarei a vê-los e se alegrará vosso coração e vossa alegria ninguém as poderá tirar. Nesse dia não fareis mais perguntas. Esta é a certeza que anima as comunidades cansadas e perseguidas da Ásia Menor e as faz cantar de alegria no meio das dores. Como diz São João da Cruz: “Em uma noite escura, com ânsias e amores inflamados, oh ditosa ventura, saiu sem ser notada, já estando minha casa sossegada!”. A expressão nesse dia indica a chegada definitiva do Reino que traz consigo sua própria claridade. A luz de Deus não haverá mais necessidade perguntar coisa alguma. A luz de Deus é a resposta total e plena a todas as perguntas que podem nascer de dentro do coração humano.




PARA REFLEXÃO PESSOAL

Tristeza e alegria. Existem juntas na vida. Como acontecem em minha vida?
Dores do parto. Esta experiência está na origem da vida de cada um de nós. Minha mãe agüentou a dor com esperança, e por isto eu estou vivo. Pare e pense um momento nesse mistério da vida.



ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 47,2-3)
Hoje farei um plano para ir apresentando Jesus a cada um de meus conhecidos, de um modo adequado para cada um.






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