sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Lectio Divina - 31/10/14


SEXTA-FEIRA -31/10/2014



PRIMEIRA LEITURA

Filipenses 1,1-11



O inicio desta carta de Paulo a uma das comunidades que mais amava, nos mostra a sensibilidade espiritual do apóstolo. Seria difícil esgotar o material que nos propõe esta passagem, por isso centremos nossa atenção na oração que Paulo faz por esta comunidade. Nela nos manifesta que o amor não é algo etéreo, mas sim, que precisa transformar-se em conhecimento e sensibilidade pela pessoa amada, de modo que não posso dizer que meu amor cresceu se não conheço a quem digo amar e se não sou cada vez mais sensível as suas necessidades. Isto fará que quem ama não se veja movido por seus interesses egoístas ou suas paixões, e assim escolherá o que em cada caso seja melhor, tanto para quem se ama como para si próprio. Isto é em definitivo o “amor santo” que Deus produz no coração do cristão, quando este, perseverante na oração e assíduo aos sacramentos, se deixa conduzir pelo Espírito. Poderia dizer que teu amor a Deus e aos que te rodeiam vai crescendo de acordo com o projeto de Deus?




ORAÇÃO INICIAL 

Deus todo poderoso e eterno, aumenta nossa fé, esperança e caridade, e, para alcançarmos tuas promessas, concede-nos amar teus preceitos. Por Nosso Senhor…



REFLEXÃO

Lucas 14,1-6


O evangelho de hoje relata um episódio da discussão entre Jesus e os fariseus, acontecido durante ao longo da viagem de Jesus da Galiléia até Jerusalém. É muito difícil situar este fato no contexto da vida de Jesus. Existem semelhanças com um fato narrado no evangelho de Marcos (Mc 3,1-6). Provavelmente, trata-se de uma das muitas histórias transmitidas oralmente e que, na transmissão oral, foram sendo adaptadas segundo a situação, as necessidades e as esperanças das pessoas das comunidades.
Lucas 14,1: O convite no dia de sábado. Aconteceu que num sábado foi cear na casa de um dos chefes dos fariseus. Eles estavam observando-o. Esta informação inicial sobre o convite para a casa de um fariseu é a que Lucas se serve para contar diversos episódios que falam de convites: cura do homem enfermo (Lc 14,2-6), escolha dos lugares para comer (Lc 14,7-11), escolha dos convidados (Lc 14,12-14), convidados que não aceitam o convite (Lc 14,15-24). Muitas vezes, Jesus é convidado pelos fariseus para participar em refeições. No convite houve certa curiosidade e um pouco de malícia. Querem observar Jesus de perto para ver Ele respeita, em tudo, as prescrições da lei. 
Lucas 14,2: A situação que provoca a ação de Jesus. Havia ali, diante dele, um homem hidrópico. Não se diz como um hidrópico pode entrar na casa do chefe dos fariseus. Porém, se ele está diante de Jesus é porque quer ser curado. Os fariseus observam Jesus, é em dia de sábado, e no dia de sábado, era proibido curar. O que fazer? Pode ou não pode curar? 
Lucas 14,3: A pergunta de Jesus aos escribas e aos fariseus. Então Jesus perguntou aos legistas e aos fariseus: “É licito curar no sábado, ou não?”. Com sua pergunta Jesus explicita o problema que estava no ar: “pode ou não curar em um dia de sábado?”. A lei permite isto, sim ou não? No evangelho de Marcos, a pergunta é mais provocadora: “É licito no sábado fazer o bem em vez do mal, salvar uma vida em vez de destruí-la?” (Mc 3,4).
Lucas 14,4-6: A cura. Os fariseus não responderam e ficaram em silêncio. Diante do silêncio daquele que nem aprova nem desaprova, Jesus cura o homem e lhe despede. Em seguida, para responder a uma possível crítica, explicita o motivo que o leva a curar: “E disse a eles: Quem de vós se cai um filho ou um boi em um poço em dia de sábado não o resgata rapidamente? Com esta pergunta, Jesus mostra a incoerência dos doutores e dos fariseus. Se um deles, em dia de sábado, acha que não existe nenhum problema em socorrer um filho ou até um animal, Jesus também tem o direito de ajudar e curar um hidrópico. A pergunta de Jesus evoca o salmo, no qual diz que o próprio Deus socorre homens e animais (Sl 36,8). Os fariseus “não puderam replicar isto”. Pois, diante da evidência não existe argumento que possa negá-la.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

A liberdade de Jesus diante da situação. E ainda que se sinta observado por quem não lhe aprova, Jesus não perde sua liberdade. Qual é a liberdade que existe em você?
Existem momentos difíceis na vida, em que nos vemos obrigados a escolher entre a necessidade imediata do próximo e o rigor da lei. Como agir?




ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 111,1-2)
Hoje terei muita atenção nas mostras de amor que Deus me dá constantemente, e meditarei no que eu faço para demonstrar-lhe meu amor e gratidão.





quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Lectio Divina - 30/10/14



QUINTA-FEIRA -30/10/2014



PRIMEIRA LEITURA: Efésios 6,10-20



Um dos graves erros de nosso mundo é considerar que este é unicamente material. Esquecemos que Deus criou o homem a sua imagem e que o fez um ser que ao mesmo tempo é material e espiritual, e que deve viver num mundo que está afetado pelo poder do demônio - ao qual o mundo considera uma invenção da religião -. O resultado é patente em todos os periódicos: guerras, destruição, homicídios, roubos, violência, depressões profundas, falta de sentido para a vida, medos, temores, insegurança. Para combater todos estes males a única arma é Deus, que tem colocado a nossa disposição uma série de “armas” para poder combater contra tudo aquilo que procura destruir nossa vida e roubar-nos a felicidade e a paz. Devemos aprender a confiar, como nos diz Paulo: “no INVENCÍVEL poder de Deus”. Aprendamos a usar as “armas” espirituais que Deus colocou a nosso serviço, disso depende nossa felicidade e a dos que nos rodeiam.



ORAÇÃO INICIAL 

Deus todo poderoso e eterno, aumenta nossa fé, esperança e caridade, e, para alcançarmos tuas promessas, concede-nos amar teus preceitos. Por Nosso Senhor…




REFLEXÃO

Lucas 13,31-35


O evangelho de hoje nos faz sentir no contexto ameaçador e perigoso no qual Jesus vivia e trabalhava. Herodes, o mesmo que havia matado João Batista, queria matar Jesus.
Lucas 13,31: O aviso dos fariseus à Jesus. “Naquele mesmo momento se aproximaram alguns fariseus e lhe disseram: Sai vá-te daqui, porque Herodes quer matar-te”. É importante notar que Jesus recebeu o aviso de parte dos fariseus. Algumas vezes, os fariseus estão juntos com o grupo de Herodes querendo matar Jesus (Mc 3,6;12,13). Mas aqui, solidarizam-se com Jesus e querem evitar que Ele morra. Naquele tempo, o poder do rei era absoluto. Não prestava contas à ninguém de sua maneira de governar. Herodes havia matado João Batista e agora está querendo acabar com Jesus.
Lucas 13,32-33: A resposta de Jesus. “Jesus disse: Ide dizer a essa raposa: Eu expulso demônios e levo a cabo curas hoje e amanhã, e ao terceiro dia sou consumado”. A resposta de Jesus é muito clara e corajosa. Chama Herodes de “raposa”. Para anunciar o Reino Jesus não depende de permissão das autoridades políticas. Manda um recado informando que vai continuar seu trabalho hoje e amanhã e continuará até depois de amanhã, isto é, o terceiro dia. Nesta resposta percebe-se a liberdade de Jesus diante do poder que queria impedi-lo de realizar a missão recebida do Pai. Pois, quem determina os prazos e a hora é Deus e não Herodes! Ao mesmo tempo, na resposta deixa notar certo simbolismo relacionado com a morte e a ressurreição no terceiro dia em Jerusalém. É para dizer que não morrerá na Galiléia, mas sim em Jerusalém, capital de seu povo, e que ressuscitará no terceiro dia.
Lucas 13,34-35: Lamento de Jesus sobre Jerusalém. “Jerusalém, Jerusalém, a que mata seus profetas e apedreja aos que lhe são enviados! Quantas vezes Eu quis reunir teus filhos, como uma galinha sua ninhada sob as asas, e não quisestes!”. Este lamento de Jesus sobre a capital de sua gente evoca a longa e triste história da resistência das autoridades aos lamentos de Deus que lhes chegavam através dos profetas e dos sábios. Em outro local Jesus fala dos profetas perseguidos e mortos desde Abel até Zacarias (Lc 11,51). Chegando a Jerusalém antes de sua morte, olhando para a cidade do alto do Monte das Oliveiras, Jesus chora sobre ela, porque não reconheceu o tempo que Deus veio visitá-la”. (Lc 19,44)




PARA REFLEXÃO PESSOAL

Jesus qualifica o poder político como “raposa”. O poder político de teu país, merece esta qualificação?
Jesus muitas vezes procurou converter as pessoas de Jerusalém, mas as autoridades religiosas resistiram. Você, quantas vezes tem resistido?



ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 105,4-5)
Hoje revisarei quão revestido permaneço em minha vida com esta armadura de Deus.





quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Lectio Divina - 29/10/14


QUARTA-FEIRA -29/10/2014



PRIMEIRA LEITURA: Efésios 6,1-9



Vida cristã em sua cotidianidade é algo que surpreendia aos que conviviam com os primeiros cristãos, pois, as relações entre eles eram marcadas pelo amor. Este amor se expressava nas relações entre pais e filhos e, sobretudo, com os escravos e seu trato com estes e seus patrões. Era um trato em que cada um entendia com clareza seu papel diante do Senhor. Os filhos manifestavam seu amor obedecendo a seus pais e, estes mostravam seu amor educando e corrigindo seus filhos. Esta relação entre pais e filhos é uma das coisas que devemos rever em nossa vida cotidiana, onde vemos uma grande rebeldia por parte dos filhos, a qual, esta baseada em uma falta de educação apropriada, onde se tem procurado dar tudo e algo mais aos filhos. São poucas as famílias, ainda que cristãs que educam na disciplina e na austeridade, que educam aos filhos no “temor de Deus”, para que o respeitem e o amem. Este principio é básico, se queremos que nos obedeçam, pois, se não existe respeito para com Deus, será difícil que exista para conosco. Mostremos nosso amor aos filhos educando-os em uma relação séria e amorosa para com Deus nosso Senhor.





ORAÇÃO INICIAL 

Deus todo poderoso e eterno, aumenta nossa fé, esperança e caridade, e, para alcançarmos tuas promessas, concede-nos amar teus preceitos. Por Nosso Senhor…



REFLEXÃO

Lucas 13,22-30


Hoje o evangelho nos relata um episódio acontecido durante o longo caminho de Jesus desde a Galiléia até Jerusalém, cuja descrição ocupa mais de uma terça parte do evangelho de Lucas.
Lucas 13,22: O CAMINHO DE JERUSALÉM. “Atravessava cidades e povoados ensinando, enquanto caminhava para Jerusalém”. Mais de uma vez Lucas diz que Jesus está à caminho de Jerusalém. Nos dez capítulos que descrevem a viagem até Jerusalém, Lucas, constantemente, lembra que Jesus está a caminho de Jerusalém (Lc 9,51.53.57; 10,1.38; 11,1; 13,22.33; 14,25; 17,11; 18,31; 18,37; 19,1.11.28). E o que é mais claro e é definido desde o começo é o destino da viagem: Jerusalém, a capital, onde Jesus será condenado à morte (Lc 9,31.51). Raramente, informa sobre o ocorrido e os lugares por onde Jesus passava. Só no começo da viagem (Lc 9,51), no meio (Lc 17,11) e no final (Lc 18,31;19,1), sabemos algo a respeito do lugar por onde Jesus estava passando. Deste modo, Lucas sugere o seguinte ensinamento: temos que ter claro o objetivo de nossa vida, e assumi-lo decididamente como fez Jesus. Devemos caminhar. Não podemos parar. Mas, nem sempre é claro e definido por onde passamos. O que é certo é o objetivo: Jerusalém, onde nos espera o “êxodo” (Lc 9,31), a paixão, a morte e a ressurreição. 
Lucas 13,23: A PERGUNTA SOBRE OS POUCOS QUE SE SALVAM. Ao longo do caminho para Jerusalém acontece de tudo: informações sobre os massacres e os desastres (Lc 13,1-5), parábolas (Lc 13,6-9.18-21), discussões (Lc 13,10-13) e, no evangelho de hoje, perguntas das pessoas: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?”. Sempre a mesma pergunta ao redor da salvação!
Lucas 13,24-25: A PORTA ESTREITA. Jesus diz que a porta é estreita: “Lutem para entrar pela porta estreita, porque, vos digo, muitos querem entrar e não poderão”. Jesus diz isto para encher-nos de medo e obrigar-nos a observar a lei como ensinavam os fariseus? O que significa esta porta estreita? Do que se trata? No Sermão da Montanha, Jesus sugere que a entrada no Reino tem oito portas. São as oito categorias de pessoas das bem-aventuranças: (a) pobres de espírito, (b) mansos, (c) aflitos. (d) famintos e sedentos de justiça, (e) misericordiosos, (f) puros de coração, (g) construtores da paz e (h) perseguidos por causa da justiça (Mt 5,3-10). Lucas as reduz a quatro: (a) pobres, (b) famintos, (c) aflitos e (d) perseguidos (Lc 6,20-22). Somente entram no Reino os que pertencem a uma destas categorias enumeradas nas bem-aventuranças. Esta é a porta estreita. É a nova olhada sobre a salvação que Jesus nos comunica. Não existe outra porta! Trata-se da conversão que Jesus nos pede. Insiste no seguinte: “Lute para entrar pela porta estreita, porque, vos digo, muitos pretenderão entrar e não poderão. Quando o dono da casa se levantar e fechar a porta, os que ficaram para fora dirão: Senhor, abre-nos a porta! E responderei: Não vos conheço”. O tempo até a hora do juízo, é tempo favorável para a conversão, para mudar nossa visão sobre a salvação e entrar em uma destas oito categorias.
Lucas 13,26-28: O TRÁGICO MAL ENTENDIDO. Deus responde aos que chamam à porta: “Não vos conheço”. Mas, eles insistem e argumentam: Comemos e bebemos contigo e tens nos ensinado! Não basta haver convivido com Jesus, não basta haver participado na multiplicação dos pães e haver escutado seus ensinamentos nas praças das cidades e nos povoados. Não basta haver ido a Igreja e haver participado das instruções do catecismo. Deus responderá: “Não vos conheço! Afastai de mim, todos os malfeitores!”. Trágico mal entendido e falta total de conversão, de compreensão. Jesus declara injustiça aquilo que os demais consideram coisa justa e agradável a Deus. É uma totalmente nova sobre a salvação. A porta é realmente estreita. 
Lucas 13,29-30: A CHAVE QUE EXPLICA O MAL ENTENDIDO. “E virão do oriente e ocidente, do norte e do sul, e se colocarão a mesa no Reino de Deus. Pois os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos”. Trata-se de uma grande mudança que se operou com a vinda de Deus até nós em Jesus. A salvação é universal e não só do povo judeu. Todos os povos terão acesso e poderão passar pela porta estreita.






PARA REFLEXÃO PESSOAL

Ter o objetivo claro e caminhar para Jerusalém: meus objetivos são claros ou me deixo levar pelo vento do momento?
A porta é estreita. Que idéia tenho de Deus, da vida, da salvação?





ORAÇÃO FINAL 

(Salmo 145,10-11)
Hoje confrontarei minha maneira de ser filho e pai com a maneira de Deus ser e, farei os ajustes necessários para ir imitando cada vez mais sua maneira de ser.






terça-feira, 28 de outubro de 2014

Lectio Divina - 28/10/14


TERÇA-FEIRA -28/10/2014



PRIMEIRA LEITURA: Efésios 2,19-22


Agora, aqueles que foram reunidos como uma família em Cristo estão sendo edificados como um edifício espiritual para Deus. O edifício está fundado no ensinamento dos "apóstolos e profetas", que seguem o modelo de Cristo, "a pedra angular" (2:20). Qualquer ensinamento que não se alinha com o ensinamento de Cristo e de seus apóstolos e profetas não faz parte dos planos para o edifício de Deus! Este edifício está sendo construído para ser um "santuário dedicado ao Senhor... para habitação de Deus no Espírito" (2:21-22). Este é o novo templo de Deus. Neste templo, todos que estão em Cristo têm acesso a Deus, no Espírito. 



ORAÇÃO INICIAL 

Deus todo poderoso e eterno, aumenta nossa fé, esperança e caridade, e, para alcançarmos tuas promessas, concede-nos amar teus preceitos. Por Nosso Senhor…



REFLEXÃO

Lucas 6,12-19


O Evangelho de hoje trás dois assuntos: a eleição dos doze apóstolos (Lc6,12-16) e a multidão enorme de pessoas querendo encontrar-se com Jesus (Lc 6,17-19). O Evangelho de hoje nos convida a refletir sobre os Doze que foram escolhidos para conviver com Jesus, como apóstolos. Os primeiros cristãos recordaram e registraram os nomes destes Doze e de alguns outros homens e mulheres que seguiram Jesus e que depois da ressurreição foram criando comunidades pelo mundo. Hoje também, todo mundo lembra o nome de algum catequista ou professora que foi significativo para sua formação cristã.

Lucas 6,12-13: A ELEIÇÃO DOS DOZE APÓSTOLOS. Antes de proceder a eleição dos doze apóstolos, Jesus passou a noite inteira em oração. Rezou para saber quem escolher e escolheu os Doze, cujos nomes estão nos evangelhos e que receberam o nome de apóstolo. Apóstolo significa enviado, missionário. Foram chamados para realizar uma missão, a mesma que Jesus recebeu do Pai (Jo 20,21). Marcos diz que Deus os chamou para estar com Ele e enviá-los em missão (Mc 3,14).

Lucas 6,14-16: OS NOMES DOS DOZE APÓSTOLOS. Com pequenas diferenças os nomes dos Doze são iguais nos evangelhos de Mateus (Mt 10,2-4), Marcos (Mc 3,16-19) e Lucas (6,14-16). Grande parte destes nomes, vêm do AT. Por exemplo, Simão é o nome de um dos filhos do patriarca Jacó (Gn 29,33). Tiago é o mesmo que Jacó (Gn 25,26). Judas é nome de outro filho de Jacó (Gn 35,23). Mateus também tinha o nome de Levi (Mc 2,14), que foi outro filho de Jacó (Gn 35,23). Dos doze apóstolos, sete tinham o nome que vem do tempo dos patriarcas: duas vezes Simão, duas vezes Tiago, duas vezes Judas, e uma vez Levi. Isto revela a sabedoria e a pedagogia do povo. Através dos nomes de patriarcas e matriarcas, dados a seus filhos e filhas, mantiveram viva a tradição dos antigos e ajudaram seus filhos a não perder a identidade. Que nomes damos hoje a nossos filhos e filhas?

Lucas 6,14-19: JESUS DESCE DA MONTANHA E A MULTIDÃO O PROCURA. Ao descer do monte com os Doze, Jesus encontra uma multidão imensa de pessoas que procuravam ouvir sua palavra e tocar-lhe, porque dele saia uma força de vida. Nesta multidão havia judeus e estrangeiros, gente da Judéia e também de Tiro e Sidon. E as pessoas estavam desorientadas, abandonadas. Jesus acolhe a todos os que o buscam, judeus e pagãos. Este é um dos temas preferidos por Lucas!

Estas Doze pessoas, chamadas por Jesus para formar a primeira comunidade, não eram santas. Eram pessoas comuns, como todos nós. Tinham suas virtudes e seus defeitos. Os evangelhos informam muito pouco sobre a forma de ser ou o caráter de cada um deles. Porém, o pouco que informa é motivo de consolação para nós.

- Pedro era uma pessoa generosa e entusiasta (Mc 14,29-31: Mt 14,28-29), mas na ora do perigo e da decisão, seu coração se encolhe e volta atrás (Mc 14,30; Mc 14,66-72). Chega a ser satanás para Jesus (Mc 8,33). Jesus lhe deu o apelido de Pedra (Pedro). Pedro, por si mesmo, não era Pedra. Tornou-se pedra (rocha), porque Jesus rezou por ele (Lc 22,31-32).

-Tiago e João estavam dispostos a sofrer com Jesus e por Jesus (Mc 10,39), porém, eram muito violentos (Lc 9,54). Jesus os chama de “filhos do trovão” (Mc 3,17). João parecia ter certos esmeros. Queria Jesus só para seu grupo (Mc 9,38).

-Felipe tinha uma forma de ser acolhedora. Sabia colocar os demais em contato com Jesus (Jo 1,45-46), mas, não era muito prático em resolver os problemas (Jo 12,20-22;6-7). Às vezes era meio ingênuo. Houve momentos em que Jesus perdeu a paciência com ele: “Mas Felipe, tanto tempo que estou contigo, e ainda não me conheces?” (Jo 14,8-9).

-André irmão de Pedro e, amigo de Felipe, era o mais prático. Felipe recorre a ele para resolver os problemas (Jo 12,21-22). Foi André quem chamou Pedro (Jo 1,40-41), e foi André quem encontrou o menino com os cinco pães e os dois peixes (Jo 6,8-9).

-Bartolomeu parece ser o mesmo que Natanael. Este era bairrista, e não podia admitir que nada de bom pudesse vir de Nazaré (Jo 1,46).

-Tomé foi capaz de sustentar sua opinião, uma semana inteira, contra o testemunho de todos os demais (Jo 20,24-25). Porém, quando viu que estava equivocado, não teve medo em reconhecer seu erro (Jo 20,26-28). Era generoso, disposto a morrer com Jesus (Jo 11,16).

-Mateus ou Levi, era publicano, cobrador de impostos, como Zaqueu (Mt 9,9; Lc 19,2). Eram pessoas comprometidas com o sistema opressor da época.

-Simão, ao contrário, parece haver sido do movimento que se opunha radicalmente ao sistema que o império romano impunha ao povo judeu. Por isso, tinha o apelido de Zelota (Lc 6,15). O grupo dos Zelotas chegou a provocar uma rebelião armada contra os romanos.

-Judas era o se ocupava do dinheiro do grupo (Jo 13,29). Chegou a trair Jesus.

-Tiago de Alfeu e Judas Tadeu, destes dois os evangelhos só informam o nome.




PARA REFLEXÃO PESSOAL

Jesus passou a noite inteira em oração para saber quem escolher, e escolheu estes doze. Qual é a lição que você tira daqui?
Os primeiros cristãos lembram os nomes dos doze apóstolos que estavam no princípio das comunidades. E você lembra os nomes das pessoas que iniciaram a comunidade a qual pertence? Lembra o nome da algum catequista ou professor que foi significativo para sua formação cristã? O que você mais lembra delas: o conteúdo do que te ensinaram, ou, o testemunho que deram?



ORAÇÃO FINAL 

(Salmo 100,5)







segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Lectio Divina - 27/10/14

SEGUNDA-FEIRA -27/10/2014



PRIMEIRA LEITURA: Efésios 4,32-5,8



Paulo não podia ser mais claro nesta passagem: existem coisas que não são próprias dos cristãos e das quais NEM POR ERRO NEM POR DESCUIDO se podem permitir. Entre ela está a vida sexual do cristão, a qual deve estar centrada no amor, na entrega e não no egoísmo que sabemos que termina sempre por destruir nossa vida e daqueles que vivem próximos de nós. Não nos deixemos enganar com falsos razoamentos filosóficos ou psicológicos promovidos por quem não conhece Cristo: “a relação sexual fora do matrimônio destrói e envenena a vida do amor”. O sexo é um presente de Deus para o homem, e como todas as coisas que Ele nos tem dado, deve ser usado de acordo com seu plano perfeito. Por isso a relação íntima do casal, e tudo o que é parte desta intimidade dos esposos, está reservada para àqueles que têm feito um compromisso diante de Deus de amar-se e respeitar-se por toda a vida. De maneira que a postura do cristão diante dos temas sexuais, no meio do relaxamento moral que no circunda, é totalmente distinta a dos outros não cristãos. As piadas e as conversas obscenas, assim como os filmes e revistas pornográficas pertencem a vida dos que ainda não conhecem a Cristo. Talvez você em outro tempo, também foste trevas, porém, agora vive em Cristo que tem chamou para que viva na luz e em seu amor. Viva, pois, como filho da luz.



ORAÇÃO INICIAL 

Deus todo poderoso e eterno, aumenta nossa fé, esperança e caridade, e, para alcançarmos tuas promessas, concede-nos amar teus preceitos. Por Nosso Senhor…




REFLEXÃO

Lucas 13,10-17


O evangelho de hoje descreve a cura da mulher encurvada. Trata-se de um dos muitos episódios que Lucas nos narra, sem muita ordem, ao descrever o longo caminho percorrido por Jesus para Jerusalém (Lc 9,51 a 19,28).
Lucas 13,10-11: SITUAÇÃO PROVOCA A AÇÃO DE JESUS. Jesus está na sinagoga em um dia de repouso. Cumpre com a lei, guardando o sábado e participando na celebração com sua gente. Lucas informa que Jesus estava ensinando. Havia na sinagoga uma mulher curvada. Lucas diz que um espírito de fraqueza lhe impedia de assumir uma posição reta. Naquele tempo as pessoas explicavam assim as doenças. Fazia dezoito anos que a mulher se encontrava nesta situação. Não fala, não tem nome, não pede cura, não toma nenhuma iniciativa. Sua passividade chama a atenção.
Lucas 13,12-13: JESUS CURA A MULHER. Vendo a mulher, Jesus a chama e lhe diz: “Mulher, fique livre de tua enfermidade!”. A ação de libertar se realiza por meio da palavra, dirigida diretamente à mulher, e pelo toque da imposição das mãos. Imediatamente, se coloca de pé e começa a louvar o Senhor. Existe uma relação entre colocar-se de pé e dar glória a Deus. Jesus faz com que a mulher se coloque de pé para que possa louvar a Deus no meio do povo reunido em assembléia. A sogra de Pedro, depois de curada, se levanta e põe a servir (Mc 1,31). Louvar a Deus e a servir aos irmãos!
Lucas 13,14: A REAÇÃO DO CHEFE DA SINAGOGA. O chefe da sinagoga se voltou furioso vendo a ação de Jesus, porque havia curado a mulher em um dia de sábado: “Existe seis dias para trabalhar, venha, pois, nesses dias para curá-los, e não em dia de sábado”. Na critica do chefe da sinagoga resume-se a palavra da Lei de Deus que dizia: “Guarde o dia de sábado para santificá-lo. Trabalhe seis dias e, neles, faça todas as suas tarefas. Porém, o sétimo dia é dia de descanso, consagra-o a Yahweh, teu Deus. Que ninguém trabalhe”. (Ex 20,8-10). Nesta reação autoritária do chefe temos uma chave para entender por que motivo as pessoas estavam tão oprimidas e por que a mulher não podia participar naquele tempo. O domínio sobre as consciências através da manipulação da lei de Deus era muito forte. Era esta a maneira em que mantinham as pessoas submetidas e curvadas. 
Lucas 16,15-16: A RESPOSTA DE JESUS AO CHEFE DA SINAGOGA. O chefe condenou as pessoas porque queria que observassem a Lei de Deus. Aquilo que para ele chefe de sinagoga é observância da Lei de Deus, para Jesus é hipocrisia: “Hipócritas! No sábado todos vós não desatam vossos asnos para levá-los à beber? E a esta, que é filha de Abraão, a qual Satanás amarrou já fazem dezoito anos, não foi bom desatá-la destas amarras em dia de sábado? Com esse exemplo tira da vida diária, Jesus mostra a incoerência deste tipo de observância da Lei de Deus. Se é permitido desatar um boi no dia de sábado, só para dar-lhe de beber, é muito mais permitido desatar uma filha de Abraão para libertá-la do poder do mal. O verdadeiro sentido da observância da Lei que agrada a Deus é este: libertar as pessoas do poder do mal e colocá-las de pé, para que possam glorificar a Deus e render-lhe homenagem. Jesus imita Deus que endireita os curvados (Sl 145,14;146,8).
Lucas 13,17: A REAÇÃO DAS PESSOAS DIANTE DA AÇÃO DE JESUS. O ensinamento de Jesus deixa confusos seus adversários, porém, a multidão se enche de alegria pelas maravilhas que Jesus está realizando: toda pessoa se alegrava com as maravilhas que fazia. Na Palestina do tempo de Jesus, a mulher viva curvada, submetida ao marido, aos pais e aos chefes religiosos de seu povo. Esta situação de submissão estava justificada pela religião. Porém, Jesus não quer que ela continue curvada. Desatar e libertar as pessoas não tem dia marcado. É todos os dias, e até no dia de sábado!






PARA REFLEXÃO PESSOAL

A situação da mulher mudou muito, ou, é a mesma do tempo de Jesus? Qual é a situação da mulher hoje na sociedade e na igreja? Existe alguma relação entre religião e opressão à mulher?
A multidão se alegra com a ação de Jesus. Qual é a libertação que está acontecendo hoje e que está levando a multidão a alegrar-se e a dar graças a Deus?





ORAÇÃO FINAL 

(Salmo 1,1-2)
A partir de hoje serei sumamente cuidadoso na maneira em que falo, nas brincadeiras e piadas em que participo, assim como as imagens que deixo que entrem em minha cabeça. Afastar-me-ei dessa conduta e farei o acordo de deixar definitivamente isto.






sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Lectio Divina - 24/10/14

SEXTA-FEIRA -24/10/2014



PRIMEIRA LEITURA: Efésios 4,1-6


Certamente, como bem diz um refrão mexicano: “Não somos moedas de ouro para fazer bem a todos”. Não importa que sejamos bons cristãos, muitas vezes nosso caráter, nossa maneira de ser ou a maneira de ser dos demais irmãos não combina com a nossa ou a nossa com a deles. Ainda na mesma família nós percebemos que cada um é diferente e que nem sempre coincidem nossos critérios e a maneira de reagir diante de determinados elementos. Por isso, Paulo nos convida, primeiro a ser COMPREENSIVOS, isto é, a colocar-nos nos sapatos dos demais, a entender que o irmão (esposo, esposa, pai, mãe, etc.) está em um mau dia, que as coisas não têm saído como esperavam, simplesmente está cansado, que as histórias que estão atrás de nós nos marcam e que, portanto, suas reações não são as nós esperamos. 



ORAÇÃO INICIAL 

Deus todo poderoso e eterno, te pedimos entregar-nos a ti com fidelidade e servir-te com coração sincero. Por Nosso Senhor...




REFLEXÃO

Lucas 12,54-59


Hoje o evangelho nos apresenta um chamado de Jesus para aprender a ler os Sinais dos Tempos. Foi este texto que inspirou o papa João XXIII a convocar a Igreja para prestar atenção aos Sinais dos Tempos e perceber melhor os chamados de Deus nos acontecimentos da história da humanidade.
Lucas 12,54-55: TODOS SABEM INTERPRETAR OS ASPECTOS DA TERRA E DO CÉU... “Dizia também as pessoas: quando vêem que uma nuvem se levanta pelo ocidente, no momento dizeis: Vai chover, e assim acontece”. E quando sopra do sul, dizeis: Vai fazer calor, e assim acontece. Jesus fala de uma experiência humana universal. Todos, cada qual em seu país e em sua região, sabe ler os aspectos do céu e da terra. O próprio corpo percebe quando ameaça chuva ou mudança de tempo: “Vamos ter chuva!”. Jesus se refere à contemplação da natureza como sendo uma das fontes mais importantes do conhecimento e da experiência que Ele mesmo tinha de Deus. Foi a contemplação da natureza que o ajudou a descobrir aspectos novos na fé e na história de seu povo. Por exemplo, a chuva que cai sobre bons e maus, e o sol que nasce sobre justos ou injustos, lhe ajudaram a formular uma das imagens mais revolucionárias: “Amai os vossos inimigos!” (Mt 5,43-45).
Lucas 12,56-57:..., MAS NÃO SABEM LER OS SINAIS DOS TEMPOS. E Jesus tira a conclusão para seus contemporâneos e para todos nós: “Hipócritas! Sabeis explorar o aspecto da terra e do céu, como não explorais, pois, este tempo?”. Santo Agostinho dizia que a natureza, a criação, é o primeiro livro que Deus escreveu. Por meio dela Deus nos fala. O pecado embaralhou as letras do livro da natureza e, por isso, já não conseguimos ler a mensagem de Deus estampado nas coisas da natureza e nos fatos da vida. A Bíblia, o segundo livro de Deus, foi escrito não para ocupar ou substituir a Vida, mas sim, para ajudar a interpretar a natureza e a vida para aprender de novo a descobrir os chamados de Deus nos acontecimentos. “Por que não julgais por vós mesmos o que é justo?”. Compartilhando entre nós o que vemos na natureza, iremos descobrindo o chamado de Deus na vida.
Lucas 12,58-59: SABER TIRAR A LIÇÃO PARA A VIDA. “Quando fores com teu adversário ao magistrado, procure no caminho combinar com ele, não lhe arraste diante do juiz, pois, o juiz te entregará ao carcereiro, e este o trancará no cárcere. Te digo que não sairás dali até que não tenhas pago o último centavo”. Um dos pontos em que Jesus mais insistia é a reconciliação. Naquele época havia muitas tensões e conflitos entre grupos radicais com tendências diferentes, sem diálogo: zelotes, essênios, fariseus, saduceus, herodianos. Ninguém queria ceder diante do outro. As palavras de Jesus sobre reconciliação pedindo acolhida e compreensão, iluminam esta situação. Pois, o único pecado que Deus não consegue perdoar é o que não perdoemos aos demais (Mt 6,14). Por isto, aconselha procurar a reconciliação antes que seja demasiado tarde. Quando chegar a hora do juízo, será demasiado tarde. Quando tivermos tempo, procuremos mudar de vida, de comportamento e do modo de pensar e procuremos acertar o passo. (cf. Mt 5,25-26; Col 3,13; Ef 4,32; Mc 11,25). 






PARA REFLEXÃO PESSOAL

Ler os Sinais dos Tempos. Quando vejo, ouço ou leio as noticias na televisão ou nos jornais, tenho a preocupação de perceber os chamados de Deus nestes fatos?
Reconciliar é o pedido no qual Jesus mais insiste. Como colaboro na reconciliação entre as pessoas, as raças, os povos, as tendências? 





ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 24,1-2) 
Hoje, minimizarei os defeitos de caráter e questões que me molestam de pessoas a meu redor e me fixarei nas coisas boas que encontrar.






quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Lectio Divina - 23/10/14


QUINTA-FEIRA -23/10/2014



PRIMEIRA LEITURA:Efésios 3,2-12




Uma das orações mais belas que podemos encontrar na Sagrada Escritura é esta que Paulo dirige ao Pai, para que cada um de nós possa TER A EXPERIÊNCIA DO AMOR DE DEUS. Nesta oração, primeiro pede que possamos conhecer este amor, mas logo diz “que possam experimentar”. É que é muito distinto saber que uma pessoa me ama e sentir-me realmente amado. Isto é o que faz a diferença em um matrimônio, em uma família ou em uma amizade. Pode ser que todos saibamos que, nosso pai, nosso esposo, filhos, etc. nos amam, porém, a pergunta seria realmente me sinto amado por eles? Seu amor é de tal modo manifesto que percebo e me sinto amado? Muitos problemas de desintegração familiar têm como origem – não a falta de amor entre pais e filhos -, mas sim a falta de EXPERIÊNCIA amorosa entre eles. O mesmo acontece com Deus. Eu creio que todos os cristãos saibam que Deus nos ama, porém, realmente nos sentimos amados por Ele? Se você não se sente amado por Deus, não é porque Deus não manifeste seu amor par você, mas sim porque muitas vezes nós temos fechado a porta a este amor: não oramos, não participamos dos sacramentos com devoção, mas sim com pressa, não lemos a Escritura. Deus quer que você experimente este amor. Abra-te ao Espírito Santo que é amor de Deus e peça-lhe para ter esta experiência.



ORAÇÃO INICIAL 

Deus todo poderoso e eterno, te pedimos entregar-nos a ti com fidelidade e servir-te com coração sincero. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Lucas 12,49-53


Hoje o evangelho nos apresenta algumas frases soltas de Jesus. A primeira sobre o fogo sobre a terra só existe em Lucas. As outras tem frases mais ou menos paralelas em Mateus. Isto nos remete ao problema da origem da composição destes dois evangelhos que fez correr muita tinta ao longo dos últimos séculos e se resolverá plenamente só quando possamos conversar com Mateus e Lucas, depois de nossa ressurreição.
Lucas 12,49-50: JESUS VEIO TRAZER FOGO SOBRE A TERRA. “Vim arrojar um fogo sobre a terra e quanto desejaria que já estivesse preso! Com um batismo tenho que ser batizado e angustiado estou até que se cumpra!”. A imagem do fogo volta muitas vezes na Bíblia e não tem um sentido único. Pode ser imagem da devastação e do castigo e pode também ser a imagem da purificação e da iluminação (Is 1,25; Zc 13,9). Pode evocar até proteção como vemos em Isaias: Se passas no meio das chamas, não te queimarás (Is 43,2). João Batista batizava com água, porém, depois dele, Jesus batizaria por meio do fogo (Lc 3,16). Aqui, a imagem do fogo é associada a ação do Espírito Santo que desceu no dia de Pentecostes sob a imagem de línguas de fogo (At 2,2-4). As imagens e os símbolos não tem nunca um sentido obrigatório, totalmente definido, que não permita divergência. Neste caso não seria uma imagem, nem um símbolo. É típico da natureza do símbolo provocar a imaginação dos ouvintes e dos espectadores. Deixando a liberdade aos ouvintes, a imagem do fogo combinado com a imagem do batismo indica a direção na qual Jesus quer que a pessoa dirija sua imaginação. O batismo é associado com a água e é sempre expressão de um compromisso de Jesus com sua paixão: Podereis ser batizados com o batismo com o qual eu vou ser batizado? (Mc 10,38-39).
Lucas 12,51-53: JESUS VEIO TRAZER A DIVISÃO. Jesus fala sempre de paz (Mt 5,9; Mc 9,50; Lc 1,79; 10,5; 19,38; 24,36; Jo 14,27; 16,33; 20,21.26). Então, como entender a frase do evangelho de hoje que parece dizer o contrário: “Acreditais que eu estou aqui para colocar paz na terra? Não, os asseguro, mas sim a divisão”. Esta afirmação não significa que Jesus estivesse a favor da divisão. Não! Jesus não quer a divisão. O anuncio da verdade que Ele, Jesus de Nazaré, era o Messias se tornou motivo de muita divisão entre os judeus. Dentro da mesma família ou da comunidade, uns estavam a favor e outros radicalmente contra. Neste sentido a Boa Notícia de Jesus era realmente uma fonte de divisão, um “sinal de contradição” (Lc 2,34) ou como dizia Jesus: “Estarão divididos o pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe contra a filha e a filha contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora contra a sogra”. Era o que estava ocorrendo, de fato nas famílias e nas comunidades: muitas divisões, muitas discussões, como conseqüência do anuncio da Boa Noticia entre os judeus daquela época, uns aceitando, outros negando. O mesmo vale para o anuncio da fraternidade com valor supremo da convivência humana. Nem todos concordavam com este anuncio, pois, preferiam manter seus privilégios. Por isto, não tinham medo de perseguir os que anunciavam a fraternidade e a partilha. Esta é a divisão que surgia e que está na origem da paixão e da morte de Jesus. Era o que estava acontecendo. O que pensava a pessoa. Jesus quer a união de todos na verdade (cf. Jo 17,17-23). Até hoje é assim. Muitas vezes, ali onde a Igreja se renova, o chamado da Boa Noticia se torna um “sinal de contradição” e de divisão. Pessoas que durante anos viveram acomodadas na rotina de sua vida cristã, e que já não querem ser incomodadas pelas “inovações” do Vaticano II. Incomodadas pelas mudanças, usam toda sua inteligência para encontrar argumentos em defesa de suas opiniões e para condenar as mudanças como contrárias ao que elas pensam ser a verdadeira fé.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

Procurando a união, Jesus era causa de divisão. Ocorreu a você o mesmo alguma vez?
Diante das mudanças na Igreja, como você se sente?




ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 33,1-2)
Hoje serei muito explícito ao dizer à meus seres queridos que os amo e que são sumamente importantes para mim.






quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Lectio Divina - 22/10/14


QUARTA-FEIRA -22/10/2014



Primeira Leitura


Enquanto os judeus pensavam que a salvação pertencia só a eles, que Deus fazia diferença entre um povo e outro, Paulo declara que isto não é verdade e que o projeto de salvação de Deus para o homem deve ser considerado um ministério. Deus chamou a todos e a cada um dos homens deste mundo à participar de seu amor e de sua verdade. Os únicos que não participaram disso são os que, como próprio Jesus disse: “são os que não crêem” (Mc 16,16). Este projeto de salvação universal que estava oculto se revela agora por meio da Igreja. Paulo é claro: a riqueza da graça é INCALCULÁVEL e abarca a todos os homens, ainda que, eles não o saibam. É nossa função, portanto, como membros desta Igreja, trazer ao conhecimento de todos o grande amor que Deus tem por cada um de nós, pois, entregou seu Filho para que todo que Nele acredite tenha vida, e a tenha em abundância. Não podemos ficar tranqüilos até que todos os homens desta terra saibam que Deus lhes ama e que os chama à viver em comunhão com Ele por meio da fé em Jesus Cristo. Parece estranho, porém, em nossos dias existem pessoas que convivem diariamente conosco e não sabem que Deus lhes ama e que Cristo morreu por eles. Você pode ser o canal para que o projeto salvífico de Deus, chegue a estas pessoas.


Oração INICIAL 

Pedimos-te, Senhor, Que tua Graça continuamente Nos preceda e Acompanhe, de Maneira Que estejamos dispostos a trabalhar de sempre MEB. Por Nosso Senhor ...


Reflexão

Lucas 12,39-48


O evangelho de hoje nos lança de novo a uma exortação à vigilância com outras duas parábolas. Ontem a parábola era sobre o patrão e o empregado (Lc 12,36-38). Hoje, a primeira parábola é sobre o dono da casa e o ladrão (Lc 12,39-40) e a outra fala do proprietário e do administrador (Lc 12,41-47).
Lucas 12,39-40: A PARÁBOLA DO DONO DA CASA E DO LADRÃO. “Entenda bem: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, não deixaria que ele entrasse em sua casa. Estejam vocês também preparados, porque quando menos se pensa, virá o Filho do Homem”. Assim como o dono da casa não sabe a que hora chegará o ladrão, assim também ninguém sabe a hora da chegada do Filho do Homem. Jesus deixa bem claro: “Daquele dia e hora, ninguém sabe nada, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai” (Mc 13,32). Hoje, muitas pessoas vivem preocupadas com o fim do mundo. Pelas ruas das cidades, às vezes, se vê escrito nos muros: Jesus voltará! Houve gente que, angustiada pela proximidade do fim do mundo, chegou a cometer suicídio. Mas, o tempo passa e o fim do mundo não chega! Muitas vezes a afirmação “Jesus voltará!” é usada para colocar medo nas pessoas e obrigá-las a atender uma determinada igreja. De tanto esperar e especular ao redor da vinda de Jesus, muita gente deixa de perceber sua presença no meio de nós, nas coisas mais comuns da vida, nos fatos da vida diária. Pois, o que importa não é saber a hora do fim do mundo, mas sim, ter os olhos capazes de perceber a vinda de Jesus já presente no meio de nós na pessoa do pobre (cf Mt 25,40) e em tantos outros modos e acontecimentos da vida de cada dia.
Lucas 12,41: A PERGUNTA DE PEDRO. “Senhor, dizes esta parábola para nós ou para todos?”. Não se entende muito bem o porquê desta pergunta de Pedro. E evoca outro episódio, na qual Jesus responde a uma pergunta similar, dizendo: “A vós é dado a conhecer o mistério do Reino de Deus, porém, aos outros lhes é dado a conhecer em parábolas” (Mc 13,10-11; Lc 8,9-10).
Lucas 12,42-48ª: A PARÁBOLA DO PATRÃO E DO ADMINISTRADOR. Na resposta de Pedro Jesus formula outra pergunta em forma de parábola: “Quem é, pois, o administrador fiel e prudente a quem o senhor colocará a frente de sua servidão para dar-lhe a seu tempo seu conveniente salário?”. Imediatamente, o próprio Jesus dá a resposta: o bom administrador é aquele que cumpre sua missão de servo, que nunca usa os bens recebidos para seu próprio proveito, e que está sempre vigilante e atento. É possível que seja uma resposta indireta à pergunta de Pedro, como se dissesse: “Pedro, a parábola é realmente para ti! Você tem a incumbência de saber administrar bem a missão que Deus te dá como coordenador das comunidades. Neste sentido, a resposta vale também para cada um de nós. E ali tem muito sentido a advertência final: à quem muito se dá, muito se reclamará; e à quem muito é confiado, muito se pedirá”.
A CHEGADA DO FILHO DO HOMEM E O FIM DO MUNDO. A mesma problemática havia nas comunidades cristãs dos primeiros séculos. Muita gente das comunidades, diziam que o fim do mundo estava próximo e que Jesus voltaria depois. Algumas comunidades de Tessalônica na Grécia, apoiando a pregação de Paulo, diziam: “Jesus, voltará!” (1Ts 4,13-18; 2Tes 2,2). Por isto, havia pessoas que haviam deixado de trabalhar, porque pensavam que a vinda fosse coisa de poucos dias ou semanas. Trabalhar para que, se Jesus iria voltar? (cf . 2Ts 3,11). Paulo responde que não era tão simples como se imaginava. E aos que não trabalhavam dizia: “quem não trabalha, não tem o direito de comer!”. Outros ficavam olhado para o céu, aguardando o retorno de Jesus sobre as nuvens ( Cf. At 1,11). Outros se reclamavam da demora (2Pd 3,4-9). Em geral, os cristãos viviam na expectativa da vinda iminente de Jesus. Jesus viria realizar o Juízo Final para terminar com a história injusta deste mundo aqui em baixo e inaugurar a nova fase da história, a fase definitiva do Novo Céu e da Nova Terra. Pensavam que isto aconteceria dentro de uma ou duas gerações. Muita gente seguiria com a vida quando Jesus aparecesse glorioso no céu (1Ts 4,16-17; Mc 9,1). Outros, cansados de esperar, diziam: “Não voltará nunca!” (2Pd 3,4). Até hoje, a vinda final de Jesus não ocorreu. Como entender este atraso? Supõe que já não percebemos que Jesus voltou, que está no meio de nós: “E eis que estarei convosco todos os dias até o fim do mundo” (Mt 28,20). Ele já está conosco, ao nosso lado, na luta por justiça, pela paz e pela vida. A plenitude não chegou, todavia, porém, uma mostra ou garantia do Reino já está no meio de nós. Por isto, aguardamos com firme esperança a plena libertação da humanidade e da natureza (Rm 8,22-25). E enquanto esperamos e lutamos, dizemos com certeza: “Ele está no meio de nós!” (Mt 25,40).



PARA REFLEXÃO PESSOAL

A resposta de Jesus a Pedro também serve para nós? Sou um bom administrador da missão que recebi?
Como faço para estar sempre vigilante?



ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 113, 3-4)
Hoje direi as pessoas que encontrar que Deus lhes ama plenamente.





terça-feira, 21 de outubro de 2014

Lectio Divina - 21/10/14


TERÇA-FEIRA -21/10/2014



PRIMEIRA LEITURA: Efésios 2,12-22


O povo judaico consideravam como “pagão” a todos os que não pertenciam a eles, os quais, eram excluídos da salvação de Deus. Esta idéia se estendeu ao cristianismo, por isso esta carta de Paulo pode ser considerada como “a carta magna do Ecumenismo”. É um convite, primeiramente, a sair de nosso “grupinho”. É triste que isto se dê entre cristãos, mas é a realidade. Não faltam em nossa Igreja aqueles que consideram que só os membros de um grupo apostólico ou de uma espiritualidade particular, são os que estão vivendo autenticamente o cristianismo, inclusive que os demais estão em perigo de perder a salvação eterna, pelo que os criticam acidamente ou se dedicam a fazer “proselitismo” entre os demais grupos. Isto não é outra coisa que fazer infrutífera a ação do Espírito Santo, que age em todos de um modo particular e misterioso empurrando a Igreja para a santidade plena. Cada espiritualidade responde a uma necessidade da Igreja e complementa desta maneira os recursos espirituais com os quais Deus a enriquece, de maneira que todos possam encontrar um ambiente e um espaço que lhes ajude a alcançar a santidade. O mesmo poderíamos dizer de nossos irmãos separados. Por isso o concílio Vaticano II expressa: “Na única Igreja de Deus, já desde os primeiros tempos, se efetuaram algumas exceções que o Apóstolo condena com severidade, porém, em tempos sucessivos surgiram discrepâncias maiores, separando-se da plena comunhão da Igreja não poucas comunidades, às vezes não sem responsabilidade de ambas as partes. Porém, os que agora nascem e se nutrem da fé de Jesus Cristo dentro dessas comunidades não podem ser responsáveis do pecado da separação, e a Igreja Católica os abraça com fraterno respeito e amor, posto quem crê em Cristo e recebe o batismo devidamente, ficam constituídos em alguma comunhão, ainda que não seja perfeita, com na Igreja Católica” (UR3). Abramos nosso coração à comunhão, somos uma só família.



ORAÇÃO INICIAL 

Pedimos-te, Senhor, que tua graça continuamente nos preceda e acompanhe, de maneira que estejamos dispostos a trabalhar sempre bem. Por Nosso Senhor...




REFLEXÃO

Lucas 12,35-38


Por meio da parábola, o evangelho de hoje nos exorta a vigilância.
Lucas 12,35: EXORTAÇÃO A VIGILÂNCIA. “Tenha a cintura cingida e as lâmpadas acesas”. Cingir-se significava amarrar um tecido ou uma corda ao redor da vestimenta, para que não atrapalhasse os movimentos do corpo. Estar cingido significava estar preparado, pronto para a ação imediata. Na véspera de sua saída do Egito, na hora de celebrar a páscoa, os israelitas deviam cingir-se, isto é, estar preparados para poder partir imediatamente. (Ex 12,11). Quando alguém ia trabalhar, ou, executar alguma tarefa cingia-se (Ct 3,8). Na carta aos Efesios, Paulo descreve a armadura de Deus e diz que os rins devem estar cingidos com o cinturão da verdade (Ef 6,14). As lâmpadas deviam estar acesas, pois, a vigilância é tarefa tanto do dia como da noite. Sem luz não se caminha na escuridão da noite.
Lucas 12,36: A PARÁBOLA. Para explicar o que significa estar cingido, Jesus conta uma pequena parábola. “Sejam como homens que esperam que seu senhor volte da boda, para que, quando chegar, abram-lhe imediatamente a porta”. A tarefa de aguardar a chegada do dono exige uma vigilância constante e permanente, sobretudo, quando é noite, pois, o dono não tem uma hora determinada para voltar. Pode fazê-lo a qualquer momento. O empregado deve estar atento, sempre vigilante!. 
Lucas 12,37: PROMESSA DE FELICIDADE. “Felizes os servos a quem o Senhor, ao vir, encontre despertos: Eu lhes asseguro que se cingirá, os fará colocar-se à mesa e, vendo um e outro, lhes servirá”. Aqui, nesta promessa de felicidade, os papéis se invertem. O patrão se torna empregado e começa a servir o empregado que se torna patrão. Evoca Jesus na ultima cena que, ainda sendo Senhor e mestre, se faz servo e empregado de todos (Jo 13,4-17). A felicidade prometida tem a ver com o futuro, com a felicidade no fim dos tempos, e é o oposto daquilo que Jesus prometeu em outra parábola que dizia: “Quem de vós que tem um servo orando ou pastoreando e, quando retorna do campo, lhe diz:“Já é tarde coloque a mesa?”. Ou, dirá: “Prepara-me algo para cear, e cinja-te para servir-me e logo que eu tenha comido e bebido tu comerás e beberás?. Acaso tem que dar graças ao servo porque fez o que mandaram? Do mesmo modo vós, quando tenhais feito tudo o que mandaram, diga: não somos mais que alguns pobres servos; só temos feito o que tínhamos que fazer (Lc 17-7-10).
Lucas 12,38: REPETE A PROMESSA DE FELICIDADE. “Que venha na segunda vigília ou na terceira, se os encontre assim, felizes!”. Repete a promessa de felicidade que exige vigilância total. O patrão pode voltar no meio da noite, as três da madrugada, ou a qualquer outro momento. O empregado tem que estar preparado, cingido para poder entrar em ação.





PARA REFLEXÃO PESSOAL

Somos empregados de Deus. Devemos estar cingidos, preparados, atentos e vigilantes, vinte e quatro horas do dia. Você consegue? Como?
A promessa de felicidade futura é o oposto do presente. O que é que nos revela isto de na bondade de Deus para conosco, para comigo?




ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 85, 9-10)
Hoje procurarei conviver com alguma pessoa que tenho dificuldade de convivência e procurarei ser paciente e respeitoso.





segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Lectio Divina - 20/10/14


SEGUNDA-FEIRA -20/10/2014



PRIMEIRA LEITURA: Efésios 2,1-10


É certo que desde o momento do batismo somos adotados por Deus como verdadeiros filhos em Cristo, é necessário que nossa vida possa se dividir em antes e depois. Na primeira comunidade no momento de ser batizado se fazia uma opção pessoal pelo Evangelho, uma aceitação total e definitiva por Cristo e seu Evangelho, de maneira que isto dividia a vida. Esta é a razão pela qual Paulo diz: “... antes vocês viviam de uma maneira desordenada sujeitos a suas paixões...”. Se verdadeiramente queremos participar do convívio de Deus, é necessário que façamos do Evangelho nossa norma de vida. Isto nos levará a ter um estilo de vida distinto. Pela ação do Espírito Santo, o qual deixará em liberdade não estaremos mais sujeitos as paixões desordenadas e teremos a liberdade para viver no amor e na paz de Deus. Se ainda não tomou esta decisão, que é a mais importante de tua vida, te convido a preparar-te para ela e decidir de uma vez por todas por Cristo, por seu Evangelho, por seu estilo de vida, por seus projetos, por sua Cruz.



ORAÇÃO INICIAL 

Pedimos-te, Senhor, que tua graça continuamente nos preceda e acompanhe, de maneira que estejamos dispostos a trabalhar sempre bem. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Lucas 12,13-21


O relato do evangelho de hoje encontra-se só no Evangelho de Lucas e não tem paralelo nos outros evangelhos. É parte da descrição do caminho de Jesus, desde a Galiléia até Jerusalém, no qual Lucas coloca a maior parte das informações que consegue recolher a respeito de Jesus e, que não se encontram nos outros três evangelhos. O evangelho de hoje nos traz a resposta de Jesus a pessoa que lhe pediu que mediasse a divisão de uma herança.
Lucas 12,13: UM PEDIDO PARA REPARTIR A HERANÇA. “Uma das pessoas disse: Mestre, diga a meu irmão que reparta a herança comigo”. Até hoje, a distribuição da herança entre familiares é sempre uma questão delicada e, muitas vezes, ocasiona infinitas discussões e tensões. Naquele tempo, a herança tinha que ver também com a identidade das pessoas (1Re 21,1-3) e com sua sobrevivência (Nm 27,1-11;36.1-2). O maior problema era a distribuição das terras entre os filhos do falecido pai. Sendo uma família grande, corria-se o perigo de que a herança se esmiuçasse em pequenos pedaços de terra que não poderiam garantir a sobrevivência de todos. Por isto, para evitar a desintegração ou a pulverização da herança e manter vivo o nome da família, o mais velho dos filhos recebia o dobro da herança (Dt 21,17, cf, 2Re 2,11).
Lucas 12,14-15: RESPOSTA DE JESUS: CUIDADO COM A GANÂNCIA. “Jesus respondeu: Homem, quem me constituiu juiz ou repartidor entre vós?”. Na resposta de Jesus se vê a consciência que tinha de sua missão. Jesus, não se sente enviado por Deus para atender ao pedido de arbitrar entre os parentes que discutem entre si a repartição da herança. Mas, o pedido desperta Nele a missão de orientar as pessoas, pois: “Lhes digo: Olhai e guardai-vos de toda a cobiça, porque, ainda que alguém possua abundantes riquezas, estas não lhe garantem a vida”. Era parte de sua missão esclarecer as pessoas a respeito do sentido da vida. O valor de uma vida não consiste em ter muitas coisas, mas, em ser rico para Deus (Lc 12,21). Pois, quando a ganância ocupa o coração, não se consegue repartir a herança com equidade e com paz.
Lucas 12,16-19: A PARÁBOLA QUE FAZ PENSAR NO SENTIDO DA VIDA. Imediatamente depois, Jesus conta uma parábola para ajudar as pessoas a refletir sobre o sentido da vida: “Os campos de certo homem rico deram muito fruto, e pensava consigo mesmo, dizendo: que farei, pois não tenho onde armazenar minha colheita”. O homem rico está totalmente fechado na preocupação de seus bens que aumentaram de repente por causa de uma colheita abundante. Pensa só no acumular para garantir uma vida despreocupada. Diz: “Vou fazer isto: vou demolir meus celeiros, edificarei outros maiores, reunirei ali todo o meu trigo e meus bens e direi a minha alma: Alma, tens muitos bens em reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveitei”.
Lucas 12,20: PRIMEIRA CONCLUSÃO DA PARÁBOLA. “Porém Deus lhe disse: Néscio! Esta noite, reclamar-te-ão a alma; as coisas que preparaste, para quem serão?”. A morte é uma chave importante para redescobrir o sentido verdadeiro da vida. Relaciona tudo, pois mostra o que perece e o que permanece. Quem só procurar ter e esquece o ser perde tudo na hora da morte. Aqui se evidencia um pensamento muito freqüente nos livros sapienciais: para que acumular bens nesta vida, se não sabes onde colocar os bens que acumulas, nem sabes o que o herdeiro vai fazer com aquilo que tu deixares (Ecl 2,12.18-19.21).
Lucas 12,21: SEGUNDA CONCLUSÃO DA PARÁBOLA. “Assim é que entesourar riquezas para si não se enriquece na ordem a Deus”. Como se tornar rico para Deus? Jesus deu diversas sugestões e conselhos: quem quer ser o primeiro, que seja o último (Mt 20,27); é melhor dar do que receber (At 20,31); o maior é o menor (Mt 18,4) guarda sua vida aquele que a perde (Mt 10,39).




PARA REFLEXÃO PESSOAL

O homem pede a Jesus que lhe ajude na repartição da herança. E você o que é que pede a Deus em tuas orações?
O consumismo cria necessidades e desperta em nós o desejo de acumular. O que é que faz você para não ser vítima da sociedade de consumo?




ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 100,1-2)
Hoje repetirei constantemente: “fui salvo pela graça e pelo amor de meu Deus”. E verei em que coisas de minha vida não estou trabalhando como um liberto por Deus.






sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Lectio Divina - 17/10/14


SEXTA-FEIRA -17/10/2014



PRIMEIRA LEITURA: Efésios 1,11-14



A vida do cristão deve ser tal que em todas as partes, possa ser verdadeiramente um “louvor” à glória de Deus. Por isso nossas palavras, nossas atitudes, a maneira como levamos nossos negócios e nossa vida familiar não pode ser como a que leva o mundo. O cristão marcado e cheio do Espírito Santo vive sob a norma do amor e do perdão. Seus critérios dão mostras de uma justiça e de um interesse pelos irmãos, sobretudo, pelos mais necessitados, que em todas as partes, quem os vê o os conhece, dá sempre “glória a Deus”. Poderia dizer que tua vida tem esta qualidade de vida? 




ORAÇÃO INICIAL 

Pedimos-te, Senhor, que tua graça continuamente nos preceda e acompanhe, de maneira que estejamos dispostos a trabalhar sempre bem. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Lucas 12,1-7


O evangelho de hoje apresenta uma crítica de Jesus contra as autoridades religiosas de seu tempo.
Lucas 12,1a: Milhares de pessoas procuram Jesus. “Havendo-se reunido milhares de pessoas, até uns pisarem nos outros…”. Esta frase deixa aparecer a enorme popularidade de Jesus e o desejo das pessoas de se encontrarem com Ele (cf. Mc 6,31; Mt 13,2). Deixa, aparecer, mesmo assim, o abandono na qual se encontravam as pessoas. “São como ovelhas sem pastor”, dizia Jesus em outra ocasião quando viu a multidão para ouvir sua palavra (Mc 6,34).
Lucas 12,1b: Cuidado com a hipocrisia. “Começou a dizer primeiramente à seus discípulos: “Guarda-os da levedura dos fariseus, que é a hipocrisia”. Marcos já falava da levedura dos fariseus e dos herodianos e sugeria que se tratava da mentalidade ou da ideologia dominante da época que esperava por um messias glorioso e poderoso (Mc 8,15; 8,31-33). Aqui, neste texto, Lucas identifica a levedura dos fariseus com a hipocrisia. A hipocrisia é uma atitude que inverte os valores. Esconde a verdade. Mostra uma fachada bonita que encobre e disfarça a podridão que existe por dentro. Neste caso a hipocrisia era a máscara aparente da máxima fidelidade à Palavra de Deus que escondia a contradição de suas vidas. Jesus que o contrário. Quer coerência que não deixa nada escondido.
Lucas 12,2-3: O escondido será revelado. “Nada existe encoberto que não vá ser descoberto nem oculto que não vai ser revelado. Porque quando falar na escuridão será ouvido na luz, e o que falar ao ouvido nas habitações privadas será proclamado nos terraços”. É a segunda vez que Lucas fala deste assunto (Lc 8,17). Em vez da hipocrisia dos fariseus que escondem a verdade, os discípulos devem ter sinceridade. Não devem ter medo da verdade. Jesus os convida a compartilhar com os outros os ensinamentos que aprenderam com Ele. Os discípulos não podiam tê-los só para eles, mas, deveriam divulgá-los. Um dia, as máscaras cairão e tudo será revelado às claras, proclamado a partir dos terraços (cf. Mt 10,26-27).
Lucas 12,4-5: Não devemos ter medo. “Não temais aos que matam o corpo, e depois disto nada mais podem fazer. Mostrarei a quem devereis temer: Temam Aquele que, depois de matar, têm o poder para jogá-los na geena; sim, repito: Temam a esse”. Aqui Jesus se dirige aos seus amigos, aos discípulos e as discípulas. Eles não devem temer aqueles que matam o corpo, que torturam, que machucam e fazem sofrer. Os torturadores podem matar o corpo, porém, não conseguem matar a liberdade do espírito. Devem ter medo, isto é, de que o medo ao sofrimento os leve a esconder ou a negar a verdade, assim, eles se afastam de Deus. Pois quem se afasta de Deus se perde para sempre. 
Lucas 12,6-7: Valeis mais do que muitos passarinhos. “Não se vendem cinco pássaros por duas asas? Pois bem, nenhum deles será esquecido diante de Deus. Até os cabelos de sua cabeça estão contados. Não temais, valeis mais que muitos pássaros”. Os discípulos não devem temer nada, pois eles estão nas mãos de Deus. Jesus manda olhar os pássaros. Dois passarinhos se vendem por poucos centavos e nenhum deles morre sem o consentimento do Pai. Até os cabelos da cabeça estão contados. Lucas diz que nenhum cabelo cai sem que o Pai permita (Lc 21,18). E caem tantos cabelos! Por isto: “não temais, valeis mais que muitos passarinhos. É esta a lição que Jesus tira da contemplação da natureza”. (cf. Mt 10,29-31)
A contemplação da natureza. No Sermão da Montanha, a mensagem mais importante Jesus tira da contemplação da natureza. Ele diz: Ouçam o que é dito: Amarás o teu próximo e odiarás a teu inimigo. Pois Eu vos digo: Amai vossos inimigos e rogai pelos que os perseguem, para que sejais filhos de vosso Pai celestial, que faz sair o sol sobre os maus e os bons, e chover sobre os justos e os injustos. Vós, pois, sede perfeito como é perfeito vosso Pai celestial. (Mt 5,43-45.48). A observação do ritmo do sol e da chuva levara Jesus a esta afirmação revolucionária: “Porém, Eu lhes digo: amar a vossos inimigos!”. O mesmo vale para o convite a olhar os lírios do campo e as aves do céu (Mt 6,25-30). Esta atitude, surpreendente contemplativa diante da natureza, leva Jesus a uma crítica das verdades aparentemente eternas. Seis vezes seguidas teve a coragem de corrigir em público a Lei de Deus: “Se foi dito, porém, Eu vos digo…”. O descobrimento feito na contemplação renovada da natureza se volta para Ele em uma luz muito importante para reler a história com outros olhos e descobrir nela as luzes que antes não eram percebidas. Hoje estamos diante de uma nova visão do universo. Os descobrimentos da ciência a respeito da imensidão do macro-cosmos e do micro-cosmos estão sendo fonte de uma nova contemplação do universo. Está começando a crítica de muitas verdades aparentemente eternas.





PARA REFLEXÃO PESSOAL

O escondido será revelado. Existe em mim algo que eu tema ser revelado um dia?
A contemplação dos pássaros e das coisas da natureza leva Jesus a atitudes novas e surpreendentes que revelam a bondade de Deus. Tenho o costume de contemplar a natureza?




ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 33,4-5)
Hoje procurarei a maneira de que ao menos uma pessoa expresse gratidão a Deus por alguma obra que eu tenha feito.




quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Lectio Divina - 16/10/14


QUINTA-FEIRA -16/10/2014



PRIMEIRA LEITURA: Efésios 1,1-10




Hoje iniciamos UMA das Cartas Mais Belas do apóstolo. Nesta Introdução Paulo nsa apresenta TODO UM Resumo de SUA Pregação. Seria Praticamente Impossível desenvolver Hoje TODO o Conteúdo Desta longa e profunda Saudação. Por ISSO, nos centramos Só na vocação do Cristão: santos SER. This E UMA ESCOLHA de Deus para Todos e CADA UM de NOS. E Possível ESTA Santidade, JA Que o proprio Deus tem "Derramado los NÓS SUA Graça, parágrafo Que o conheçamos EO amemos". Isto É O Que Nos FAZ Ser "inatacáveis" Diante DELE. ASSIM o Cristão, favorecido com ESTA Graça e Este Conhecimento de Deus, vive los continuo louvor Dando-LHE Glória Pelo amor amor ea paz Que PODE experimentar Pela Ação do Espírito Santo. Uma externas das Caracteristicas do Cristão é "Viver UMA Vida de louvor a Deus". Convido-te parágrafo Que Todos Os Dias, E TODO los Momento de Glória a Deus e ASSIM manifeste tua pertença a Cristo.




ORAÇÃO INICIAL 

Pedimos-te, Senhor, Que tua Graça continuamente Nos preceda e Acompanhe, de Maneira Que estejamos dispostos a trabalhar de sempre MEB. Por Nosso Senhor ...




REFLEXÃO

Lucas 11,47-54


Novamente o Evangelho de Hoje Fala fazer conflito Entre Jesus e como autoridades Religiosas da Época
Lucas 11,47-48: "Ai de Vos, o OS Sepulcros dos Profetas Que Vossos Pais Portanto o Porque edificais Mataram, sois Testemunhos e estais de um a Acordo com Como Obras de Vossos Pais, o o Porque Enguias OS Mataram e Vos erigis Monumentos" . Mateus Disse Que se Trata de escribas e fariseus de (Mt 23,19). Uma lógica de Jesus E clara. SE OS Pais Mataram OS Profetas e Os Filhos túmulos constroem OS, E o o Porque Os Filhos crimes cometidos aprovam OS Pelos Pais. de Além DISTO, Todo Mundo SABE Que o profeta Morto, Nao incómoda. dEste modo, Os Filhos se tornam Testemunhos e cúmplices do crime MESMO (cf. Mt 23,29-32).
Lucas 11, 49-51: Compatilhe Conta do Sangue Derramado de uma Criação do Mundo. "Por ISSO Disse a Sabedoria de Deus: Lhes enviarei Profetas e apóstolos, alguns OS MATARÃO e perseguirão, Paragrafo Que se PEÇA ESTA UMA Geração Contas do Sangue Derramado de Todos Profetas SO de um Criação do Mundo, de O Sangue de Abel Ate O Sangue de Zacarias, que pereceu Entre o altar EO Santuário. Sim, lhes asseguro, Que se pedirão Contas a ESTA Geração ". Comparado com o Evangelho de Mateus de Mateus, Lucas costuma oferecer versão UMA abreviado do Texto de Mateus. porem, Aqui AUMENTA um Observação: "Derramado de uma Criação do Mundo, de O Sangue de Abel". Fez o MESMO com a genealogia de Jesus. Mateus, que escrevia Paragrafo OS convertidos judeus, comeca com Abraão (Mt 1,1.2.17), enquanto Lucas Que Vai ATÉ Adão (Lc 3,38). Lucas universaliza e inclui pagãos OS, POIs, escreve Seu Evangelho Paragrafo pagãos convertidos OS. INFORMAÇÃO SOBRE A O Assassinato de Zacarias de: Não Templo No livro de Crônicas: "Entao o Espírito de Deus revestiu Zacarias, Filho do Sacerdote Joiada, que, apresentando-se Diante do povo, lhes Disse: um a Assim Diz Deus: Por Que traspassais OS mandamentos de Yahvé? Localidade: Não tereis Êxito, haveis porqué Abandonado hum Sistema Operacional Yahvé, de He abandonará a Vos. Enguias Mas conspiraram contra ELE e, POR Mandato do Rei o apedrejaram no Átrio da casa de Yahvé "(2Co 24,20-21). Jesus conhecia a minúcias História de Seu Povo ATÉ NAS. Sabe Que Vai se o seguinte na Lista de Abel , COMEU Zacarias. Ate Hoje um continua Lista Aberta. Muita gente morta E POR Causa da Justiça e da Verdade.
Lucas 11,52: "Ai de Vos, OS legistas, Que OS haveis levado a chave da Ciência Vos Localidade: Localidade: Não entrareis, se impedirem OS Que o Estação Entrando". ? Fecharam o Reino ? E Como fazem ISTO Pensam ter o monopolio da Ciência a Respeito de Deus e da lei de Deus e impõem SUA Maneira de ver OS Demais, Sem deixar Margem Paragrafo outra Idéia, Paragrafo UMA Idéia Diferente. Apresentam Deus Como hum juiz severo e em Nome de Deus impõem leis e Normas Que Não Tem Nada a ver com OS mandamentos de Deus, falsificam um e Imagem do Reino, Matam Nos Demais o Desejo de SERVIR a Deus e AO Reino. se organiza Uma Comunidade Que AO Redor dEste falso deus "Localidade: Não Entra no Reino", NEM tampouco E Expressão Fazer Reino, e Membros impedem que SEUs entrem no Reino. suma importancia E de Notar a Diferença Entre Mateus e Lucas. Mateus Fala da Entrada nenhum Reino dos Céus e escreve na forma verbal do Presente: "Ai de vos, escribas e fariseus hipócritas , Que fechais AOS Homens O Reino dos Céus! Vos certamente Localidade: Não entrareis; e AOS Que o Estação Entrando Localidade: Não OS deixai ENTRAR "(Mt 23,13). Uma Expressão ENTRAR nenhuma Reino dos Céus PODE ENTRAR Localidade: Não significar Céu DEPOIS da morte, porem, e Mais provável Que se TRAR da Entrada na Comunidade AO Redor de Jesus e comunidades NAS dos Primeiros cristãos. Lucas Fala da chave da Ciência ea frase ESTA Escrita com o verbo no Passado. Lucas Simplesmente constata Que a pretensão dos escribas de possuir UMA chave da Ciência a Respeito de Deus e da Lei de Deus OS impedem de reconhecer Jesus Como Messias e impedir o Povo Judeu o Fato de reconhecer Como Messias: Haveis levado a chave da Ciência! Vos Localidade: Não entrareis, se impedirem AOS Que Entrando o Estação.
Lucas 11, 53-54: Reação contra Jesus. Um autoridades DAS Reação Religiosas contra FOI Imediata Jesus. "E quando Saiu dali, Os escribas e fariseus começaram a perseguir-LHE OS implacavelmente e Fazer-LHE Falar de muitas Encontra los em Coisas, PROCURANDO, ciladas COM, encontrar alguma Palavra los SUA boca. Ao considerarem-se OS Únicos e verdadeiros interpretes da lei de Deus, procuram provocar Jesus Sobre a Interpretação da Biblia Paragrafo Poder encontrar com algumas ciladas Palavras los SUA boca. ASSIM continua e Cresce a Oposição contra Jesus e Cresce o Desejo de Elimina-lo ( Lc 6,11; 11,53-54; 19,48; 20,19-20; 22,2).



PARA REFLEXÃO PESSOAL

Muitas PESSOAS Que queriam ENTRAR foram impedidas OU deixaram de Acreditar POR Causa das atitudes anti-evangélicas dos Sacerdotes. VOCE TEM alguma Experiência dEste Tipo?
Escribas OS começaram a criticar Jesus Que pensava e agia de forma distinta. Localidade: Localidade: Não E Difícil encontrar Motivos Para criticar QUEM PENSA de forma distinta de Nós Tem alguma Experiência dEste Tipo de Coisa?



ORAÇÃO FINAL 

(Salmo 98, 2-3)
Hoje Serei Muito cuidadoso de Estar louvando a Deus TODO O Dia, COMEU pelas Encontra los em Coisas Pequenas, e dar-LHE-EI Glória los CADA Coisa Que aconteça.