sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Lectio Divina - 17/10/14


SEXTA-FEIRA -17/10/2014



PRIMEIRA LEITURA: Efésios 1,11-14



A vida do cristão deve ser tal que em todas as partes, possa ser verdadeiramente um “louvor” à glória de Deus. Por isso nossas palavras, nossas atitudes, a maneira como levamos nossos negócios e nossa vida familiar não pode ser como a que leva o mundo. O cristão marcado e cheio do Espírito Santo vive sob a norma do amor e do perdão. Seus critérios dão mostras de uma justiça e de um interesse pelos irmãos, sobretudo, pelos mais necessitados, que em todas as partes, quem os vê o os conhece, dá sempre “glória a Deus”. Poderia dizer que tua vida tem esta qualidade de vida? 




ORAÇÃO INICIAL 

Pedimos-te, Senhor, que tua graça continuamente nos preceda e acompanhe, de maneira que estejamos dispostos a trabalhar sempre bem. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Lucas 12,1-7


O evangelho de hoje apresenta uma crítica de Jesus contra as autoridades religiosas de seu tempo.
Lucas 12,1a: Milhares de pessoas procuram Jesus. “Havendo-se reunido milhares de pessoas, até uns pisarem nos outros…”. Esta frase deixa aparecer a enorme popularidade de Jesus e o desejo das pessoas de se encontrarem com Ele (cf. Mc 6,31; Mt 13,2). Deixa, aparecer, mesmo assim, o abandono na qual se encontravam as pessoas. “São como ovelhas sem pastor”, dizia Jesus em outra ocasião quando viu a multidão para ouvir sua palavra (Mc 6,34).
Lucas 12,1b: Cuidado com a hipocrisia. “Começou a dizer primeiramente à seus discípulos: “Guarda-os da levedura dos fariseus, que é a hipocrisia”. Marcos já falava da levedura dos fariseus e dos herodianos e sugeria que se tratava da mentalidade ou da ideologia dominante da época que esperava por um messias glorioso e poderoso (Mc 8,15; 8,31-33). Aqui, neste texto, Lucas identifica a levedura dos fariseus com a hipocrisia. A hipocrisia é uma atitude que inverte os valores. Esconde a verdade. Mostra uma fachada bonita que encobre e disfarça a podridão que existe por dentro. Neste caso a hipocrisia era a máscara aparente da máxima fidelidade à Palavra de Deus que escondia a contradição de suas vidas. Jesus que o contrário. Quer coerência que não deixa nada escondido.
Lucas 12,2-3: O escondido será revelado. “Nada existe encoberto que não vá ser descoberto nem oculto que não vai ser revelado. Porque quando falar na escuridão será ouvido na luz, e o que falar ao ouvido nas habitações privadas será proclamado nos terraços”. É a segunda vez que Lucas fala deste assunto (Lc 8,17). Em vez da hipocrisia dos fariseus que escondem a verdade, os discípulos devem ter sinceridade. Não devem ter medo da verdade. Jesus os convida a compartilhar com os outros os ensinamentos que aprenderam com Ele. Os discípulos não podiam tê-los só para eles, mas, deveriam divulgá-los. Um dia, as máscaras cairão e tudo será revelado às claras, proclamado a partir dos terraços (cf. Mt 10,26-27).
Lucas 12,4-5: Não devemos ter medo. “Não temais aos que matam o corpo, e depois disto nada mais podem fazer. Mostrarei a quem devereis temer: Temam Aquele que, depois de matar, têm o poder para jogá-los na geena; sim, repito: Temam a esse”. Aqui Jesus se dirige aos seus amigos, aos discípulos e as discípulas. Eles não devem temer aqueles que matam o corpo, que torturam, que machucam e fazem sofrer. Os torturadores podem matar o corpo, porém, não conseguem matar a liberdade do espírito. Devem ter medo, isto é, de que o medo ao sofrimento os leve a esconder ou a negar a verdade, assim, eles se afastam de Deus. Pois quem se afasta de Deus se perde para sempre. 
Lucas 12,6-7: Valeis mais do que muitos passarinhos. “Não se vendem cinco pássaros por duas asas? Pois bem, nenhum deles será esquecido diante de Deus. Até os cabelos de sua cabeça estão contados. Não temais, valeis mais que muitos pássaros”. Os discípulos não devem temer nada, pois eles estão nas mãos de Deus. Jesus manda olhar os pássaros. Dois passarinhos se vendem por poucos centavos e nenhum deles morre sem o consentimento do Pai. Até os cabelos da cabeça estão contados. Lucas diz que nenhum cabelo cai sem que o Pai permita (Lc 21,18). E caem tantos cabelos! Por isto: “não temais, valeis mais que muitos passarinhos. É esta a lição que Jesus tira da contemplação da natureza”. (cf. Mt 10,29-31)
A contemplação da natureza. No Sermão da Montanha, a mensagem mais importante Jesus tira da contemplação da natureza. Ele diz: Ouçam o que é dito: Amarás o teu próximo e odiarás a teu inimigo. Pois Eu vos digo: Amai vossos inimigos e rogai pelos que os perseguem, para que sejais filhos de vosso Pai celestial, que faz sair o sol sobre os maus e os bons, e chover sobre os justos e os injustos. Vós, pois, sede perfeito como é perfeito vosso Pai celestial. (Mt 5,43-45.48). A observação do ritmo do sol e da chuva levara Jesus a esta afirmação revolucionária: “Porém, Eu lhes digo: amar a vossos inimigos!”. O mesmo vale para o convite a olhar os lírios do campo e as aves do céu (Mt 6,25-30). Esta atitude, surpreendente contemplativa diante da natureza, leva Jesus a uma crítica das verdades aparentemente eternas. Seis vezes seguidas teve a coragem de corrigir em público a Lei de Deus: “Se foi dito, porém, Eu vos digo…”. O descobrimento feito na contemplação renovada da natureza se volta para Ele em uma luz muito importante para reler a história com outros olhos e descobrir nela as luzes que antes não eram percebidas. Hoje estamos diante de uma nova visão do universo. Os descobrimentos da ciência a respeito da imensidão do macro-cosmos e do micro-cosmos estão sendo fonte de uma nova contemplação do universo. Está começando a crítica de muitas verdades aparentemente eternas.





PARA REFLEXÃO PESSOAL

O escondido será revelado. Existe em mim algo que eu tema ser revelado um dia?
A contemplação dos pássaros e das coisas da natureza leva Jesus a atitudes novas e surpreendentes que revelam a bondade de Deus. Tenho o costume de contemplar a natureza?




ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 33,4-5)
Hoje procurarei a maneira de que ao menos uma pessoa expresse gratidão a Deus por alguma obra que eu tenha feito.




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