sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Lectio Divina - 31/10/14


SEXTA-FEIRA -31/10/2014



PRIMEIRA LEITURA

Filipenses 1,1-11



O inicio desta carta de Paulo a uma das comunidades que mais amava, nos mostra a sensibilidade espiritual do apóstolo. Seria difícil esgotar o material que nos propõe esta passagem, por isso centremos nossa atenção na oração que Paulo faz por esta comunidade. Nela nos manifesta que o amor não é algo etéreo, mas sim, que precisa transformar-se em conhecimento e sensibilidade pela pessoa amada, de modo que não posso dizer que meu amor cresceu se não conheço a quem digo amar e se não sou cada vez mais sensível as suas necessidades. Isto fará que quem ama não se veja movido por seus interesses egoístas ou suas paixões, e assim escolherá o que em cada caso seja melhor, tanto para quem se ama como para si próprio. Isto é em definitivo o “amor santo” que Deus produz no coração do cristão, quando este, perseverante na oração e assíduo aos sacramentos, se deixa conduzir pelo Espírito. Poderia dizer que teu amor a Deus e aos que te rodeiam vai crescendo de acordo com o projeto de Deus?




ORAÇÃO INICIAL 

Deus todo poderoso e eterno, aumenta nossa fé, esperança e caridade, e, para alcançarmos tuas promessas, concede-nos amar teus preceitos. Por Nosso Senhor…



REFLEXÃO

Lucas 14,1-6


O evangelho de hoje relata um episódio da discussão entre Jesus e os fariseus, acontecido durante ao longo da viagem de Jesus da Galiléia até Jerusalém. É muito difícil situar este fato no contexto da vida de Jesus. Existem semelhanças com um fato narrado no evangelho de Marcos (Mc 3,1-6). Provavelmente, trata-se de uma das muitas histórias transmitidas oralmente e que, na transmissão oral, foram sendo adaptadas segundo a situação, as necessidades e as esperanças das pessoas das comunidades.
Lucas 14,1: O convite no dia de sábado. Aconteceu que num sábado foi cear na casa de um dos chefes dos fariseus. Eles estavam observando-o. Esta informação inicial sobre o convite para a casa de um fariseu é a que Lucas se serve para contar diversos episódios que falam de convites: cura do homem enfermo (Lc 14,2-6), escolha dos lugares para comer (Lc 14,7-11), escolha dos convidados (Lc 14,12-14), convidados que não aceitam o convite (Lc 14,15-24). Muitas vezes, Jesus é convidado pelos fariseus para participar em refeições. No convite houve certa curiosidade e um pouco de malícia. Querem observar Jesus de perto para ver Ele respeita, em tudo, as prescrições da lei. 
Lucas 14,2: A situação que provoca a ação de Jesus. Havia ali, diante dele, um homem hidrópico. Não se diz como um hidrópico pode entrar na casa do chefe dos fariseus. Porém, se ele está diante de Jesus é porque quer ser curado. Os fariseus observam Jesus, é em dia de sábado, e no dia de sábado, era proibido curar. O que fazer? Pode ou não pode curar? 
Lucas 14,3: A pergunta de Jesus aos escribas e aos fariseus. Então Jesus perguntou aos legistas e aos fariseus: “É licito curar no sábado, ou não?”. Com sua pergunta Jesus explicita o problema que estava no ar: “pode ou não curar em um dia de sábado?”. A lei permite isto, sim ou não? No evangelho de Marcos, a pergunta é mais provocadora: “É licito no sábado fazer o bem em vez do mal, salvar uma vida em vez de destruí-la?” (Mc 3,4).
Lucas 14,4-6: A cura. Os fariseus não responderam e ficaram em silêncio. Diante do silêncio daquele que nem aprova nem desaprova, Jesus cura o homem e lhe despede. Em seguida, para responder a uma possível crítica, explicita o motivo que o leva a curar: “E disse a eles: Quem de vós se cai um filho ou um boi em um poço em dia de sábado não o resgata rapidamente? Com esta pergunta, Jesus mostra a incoerência dos doutores e dos fariseus. Se um deles, em dia de sábado, acha que não existe nenhum problema em socorrer um filho ou até um animal, Jesus também tem o direito de ajudar e curar um hidrópico. A pergunta de Jesus evoca o salmo, no qual diz que o próprio Deus socorre homens e animais (Sl 36,8). Os fariseus “não puderam replicar isto”. Pois, diante da evidência não existe argumento que possa negá-la.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

A liberdade de Jesus diante da situação. E ainda que se sinta observado por quem não lhe aprova, Jesus não perde sua liberdade. Qual é a liberdade que existe em você?
Existem momentos difíceis na vida, em que nos vemos obrigados a escolher entre a necessidade imediata do próximo e o rigor da lei. Como agir?




ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 111,1-2)
Hoje terei muita atenção nas mostras de amor que Deus me dá constantemente, e meditarei no que eu faço para demonstrar-lhe meu amor e gratidão.





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