quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Lectio Divina - 01/01/15


DIA 01/01/15
PRIMEIRA LEITURA à Números 6,22-27
  • O texto de hoje nos fala sobre a forma que o Senhor dispôs para abençoar os filhos de Israel: Deus chamou a Moisés e ensinou a ele como Araão e seus filhos deveriam abençoar aos Israelitas. Essa era a chamada Benção Sacerdotal. Eles deveriam abençoar as pessoas dizendo o seguinte; “O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz”. E Deus acrescentou a Moisés que desta forma eles colocariam o nome de Deus sobre os filhos de Israel, e Ele os abençoaria. A bíblia nos ensina que existe uma forma de por o nome do Senhor sobre a vida de uma pessoa para que ela seja abençoada. Infelizmente não temos nos utilizado desta grande pérola da palavra de Deus. Ainda me lembro de quando criança eu tinha o hábito de pedir a benção aos meus e pais. E normalmente ouvia: Deus te abençoe e te guarde. Recordo que não conseguia dormir, enquanto meus pais não me dessem sua benção. Depois de adulto, eu pensei... Se for pra pedir a benção e me dizerem Deus o abençoe, eu vou pedir diretamente a Ele. Sem intermediário, não é verdade? Não! Tremenda bobagem, era aquele pensamento. Deus poderia abençoar diretamente a Israel sem passar por Arão, você não acha? Mas Deus não fez assim. Penso que Deus nos deu esta possibilidade, porque deseja que nos abençoemos uns aos outros ao invés de nos amaldiçoarmos reciprocamente. É triste, mas hoje não existe mais esse saudável hábito. Hoje conhecendo melhor a Palavra de Deus, compreendo como, com astúcia, em nome da modernidade, o diabo retirou isso do relacionamento familiar. Agora imagine quantas vidas deixam de alcançar bênçãos por falta de algumas simples, mas poderosas palavras. Então, que tal resgatar esse hábito em seu ambiente familiar? Que tal ensinar isso a seus filhos? Sempre que possível, abençoe a vida de seus filhos, de sua esposa, de seu esposo e das pessoas que estão a sua volta, falando às palavras que Deus ensinou e coloque o Nome do Senhor sobre elas.
ORAÇÃO INICIAL
  • Senhor Jesus, envia teu Espírito, para que Ele nos ajude a ler a Bíblia no mesmo modo com o qual Tu a leste aos discípulos no caminho de Emaús.
REFLEXÃO à Lucas 2,16-21
  • O motivo que move José e Maria para chegar a Belém foi um censo imposto pelo imperador de Roma (Lc 2,17). Periodicamente, as autoridades romanas decretavam estes censos nas diversas regiões do imenso império. Tratava-se de controlar a população e saber quantas pessoas deviam pagar os impostos. Os ricos pagavam os impostos sobre os terrenos e bens que possuíam. Os pobres pelo número de filhos que tinham. Às vezes, o imposto total superava o 50% da renda da pessoa. No evangelho de Lucas notamos uma diferença significativa entre o nascimento de Jesus e o nascimento de João Batista. João nasce em sua casa, em sua terra, no meio de seus parentes e vizinhos e é acolhido por todos (Lc 1,57-58). Jesus nasce desconhecido, fora do ambiente familiar e dos vizinhos, fora de sua terra. “Não havia lugar para eles na hospedaria”. Devia ser deixado numa manjedoura (Lc 2,7). Tentemos colocar e comentar nosso texto (Lc 2,16-21) no amplo contexto da visita dos pastores (Lc 2,8-21). Durante a leitura procuremos ficar atentos ao eu segue: “Quais são as surpresas e contrastes que aparecem neste texto?.
  • Lucas 2,8-9: OS PRIMEIROS CONVIDADOS. Os pastores eram pessoas marginalizadas, pouco apreciadas. Viviam junto com os animais, separados do resto da humanidade. Por causa do contato permanente com os animais eram considerados impuros. Nunca, ninguém lhe houvera convidado para visitar um recém nascido. Mas, precisamente para estes pastores aparece o “Anjo do Senhor” para transmitir-lhes a grande notícia do nascimento de Jesus. Diante da aparição dos anjos eles se enchem de temor.
  • Lucas 2,10-12: O PRIMEIRO ANUNCIO DA BOA NOVA. A primeira palavra do anjo é: “Não tenham medo!”. A segunda é: “Alegria para todo o povo!”. A terceira é: “Hoje!”. Para em seguida dar três nomes como querendo indicar quem é Jesus: “Salvador, Cristo e Senhor!”. SALVADOR é aquele que liberta todos de tudo o que amarra!. Os governantes daquele tempo gostavam de usar o título de “Salvador”. Eles próprios se atribuíam o título de “Soter=Salvador”. CRISTO significa ungido, ou, messias. No velho Testamento este era o título que se dava aos reis e aos profetas. Era também o título do futuro Messias que cumpriria as promessas de Deus com respeito ao povo. Isto significa que o recém nascido, que estava em uma manjedoura, vem realizar a esperança do povo. SENHOR era o nome que se dava ao próprio Deus! Aqui temos os três maiores títulos que se possa imaginar. A partir do anuncio do nascimento de Jesus “SALVADOR, CRISTO, SENHOR”, imagine alguém com categoria mais elevada. O anjo diz: “Atenção! Dou-lhes este sinal de reconhecimento: encontrarás um menino em uma manjedoura, no meio dos pobres!”. Você acreditaria? O modo como Deus trabalha é diferente do nosso!
  • Lucas 2,13-14: LOUVOR DOS ANJOS: Glória Deus no mais alto do céu, Paz na terra aos homens que Ele ama!. Uma multidão de anjos aparece e desce do céu. É o céu que se dobra sobre a terra. As duas frases do versículo resumem o projeto de Deus, seu plano. A primeira diz o que acontece no mundo de cima: Glória Deus no mais alto do céu. A segunda diz o que acontecerá no mundo aqui de baixo: Paz na terra aos homens que Ele ama! Se as pessoas pudessem experimentar o que verdadeiramente significa ser “amados por Deus”, tudo mudaria e a paz habitaria a terra. E seria esta, a maior glória de Deus que vive no mais alto.
  • Lucas 2,15-18: OS PASTORES, VÃO ATÉ BELÉM E CONTAM SÔBRE A VISÃO DOS ANJOS. A Palavra de Deus não é um som produzido pela boca. É, sobretudo, “um acontecimento!”. Os pastores dizem literalmente: “Venham ver esta “palavra” que verificou e o que o Senhor nos manifestou”. Em hebreu, a expressão “DABAR” pode significar ao mesmo tempo: “palavra e coisa (acontecimento)”, gerado pela palavra. A palavra de Deus tem força criadora. Cumpre o que diz. Na criação Deus disse: “Faça-se a luz! E a luz se fez!” (Gn 1,3). A “palavra” do anjo aos pastores é o “acontecimento do nascimento de Jesus”.
  • Lucas 2,19-20: CONDUTA DE MARIA E DOS PASTORES DIANTE DOS FATOS, DIANTE DA PALAVRA. Lucas acrescenta em seguida que “Maria conservava estas ‘palavras’ (acontecimento) meditando-as em seu coração”. São dois modos de perceber e acolher a Palavra de Deus: (a)-Os pastores se levantam e vão para ver os fatos e verificar neles o sinal que se lhes havia dado pelo anjo, e depois, voltam a seus rebanhos glorificando e louvando a Deus por tudo o que haviam visto e ouvido. (b)-Maria, por sua parte, conservava com cuidado todos os acontecimentos na memória e os meditava em seu coração. Meditar as coisas significa ruminá-las e iluminá-las com a luz da Palavra de Deus, para assim chegar a entender melhor todo o significado para a vida.
  • Lucas 2,21: A CIRCUNCISÃO E O NOME DE JESUS. De acordo com uma norma da Lei, o pequeno Jesus é circuncidado no oitavo dia depois de seu nascimento (cf. Gn 17,12). A circuncisão era um sinal de pertença ao povo. Dava identidade à pessoa. Nesta ocasião cada menino recebia seu nome (cf. Lc 1,59-63). O menino recebe o nome de Jesus que lhe havia sido dado pelo anjo, antes de ser concebido. O anjo havia dito a José que o nome do menino deveria se Jesus “ele salvará seu povo de seus pecados” (Mt 1,21). O nome de Jesus é “Cristo”, que significa “Ungido ou Messias”. Jesus é o Messias esperado. Um terceiro nome é Emanuel, que significa “Deus conosco” (Mt 1,23). O nome completo é Jesus Cristo Emanuel!
PARA REFLEXÃO PESSOAL
  • O que é que mais gostou neste texto? Por quê?
  • Quais são as surpresas e contrastes que aparecem no texto?
  • De que modo o texto ensina que o pequeno é o maior no céu e o mais pobre na terra?
  • Quais são as condutas de Maria e dos pastores diante do Mistério de Deus que lhes é revelado?
  • Qual é a mensagem que Lucas quer comunicar-nos por meio destes detalhes?
ORAÇÃO FINAL
(SALMO 66)




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