sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Lectio Divina - 06/02/15


DIA 06/02/15
PRIMEIRA LEITURA -- Hebreus 13,1-8
  • Como em todos os tempos, o cristão tem que ter atenção em três aspectos fundamentais d vida: Por um lado, estar sempre aberto aos demais e exercer a caridade com grande alegria, tendo sempre presente àqueles que sofrem, especialmente aos que sofrem por causa do Evangelho, se nossa fé hoje é pouco valorizada é porque deixamos de lado a atenção aos pobres e marginalizados e nos temos tornado cada vez mais egoístas pensando sé em nós e em nossos problemas. Por outro lado, é necessário estar sempre alerta contra o pecado, pois, é o único que nos pode levar à morte eterna; não podemos baixar a guarda nem um só momento, lembre que somos fracos, que o espírito está pronto, porém, a carne é fraca. E, finalmente, a confiança plena e total em Deus, se bem que hoje passamos por momentos difíceis no ambiente econômico mundial, isto não é exclusivo desta época. O cristão sabe que tem um Pai amoroso que sempre cuida dele, por esta razão vive em paz e com alegria. Irmão não deixe estas coisas para trás, ouvimos hoje a voz do Senhor que nesta cara fala a nosso coração e nos convida a ser para o mundo luz e sal: responda-lhe com alegria.E
ORAÇÃO INICIAL
  • Senhor conceda-nos amar-te com todo o coração e que nosso amor se estenda, também, a todos os homens. Por Nosso Senhor…
REFLEXÃO -- Marcos 6,14-29
  • O evangelho de hoje descreve como João Batista foi vítima da corrupção e da prepotência do Governo de Herodes. O matarão sem processo, durante um banquete de Herodes com os grandes do reino. O texto traz muita informação sobre o tempo em que Jesus vivia e sobre como os poderosos da época exerciam o poder. Desde o começo do evangelho de Marcos tudo fica como em um suspense. Foi dito: “Depois que levaram João preso, Jesus foi a província da Galiléia e começou a proclamar a Boa Nova de Deus” (Mc 1,14). No evangelho de hoje, quase de repente, nos inteiramos de que Herodes havia matado João Batista. Assim,  na cabeça do leitor surge a pergunta: “E o que fará com Jesus?”. “Terá o mesmo destino?”. Além disso, ao fazer um balancete das opiniões das pessoas e de Herodes sobre Jesus, Marcos propõe outra pergunta: “Quem é Jesus?”. Esta última pergunta vai crescendo ao longo do evangelho até receber a resposta definitiva pela boca do centurião aos pés da Cruz: “Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus!” (Mc 15,39).
  • MARCOS 6,14-16. Quem é Jesus? O texto começa expondo as opiniões das pessoas e de Herodes sobre Jesus. Alguns associavam Jesus com João Batista e com Elias. Outros o identificavam como um Profeta, isto é, como alguém que falava em nome de Deus, que tinha o valor de denunciar as injustiças dos poderosos e que sabia animar a esperança dos pequenos. As pessoas compreendiam Jesus partindo das coisas que elas mesmas conheciam, acreditavam e esperavam.  Queriam enquadrá-lo dentro dos critérios familiares do Antigo Testamento com suas profecias e esperanças, e da Tradição dos Antigos com suas leis. Porém, eram critérios insuficientes. Jesus não cabia ali dentro. Ele era maior!
  • Marcos 6,17-20. A causa do assassinato de João. Galiléia, terra de Jesus, era governada por Herodes Antipas, filho do rei Herodes, o Grande, desde o ano 4 antes de Cristo até o ano 39 depois de Cristo. Quarenta e três anos ao todo! Durante todo o tempo que Jesus viveu, não houve mudança no Governo da Galiléia! Herodes Antipas era dono absoluto de tudo e não prestava conta a ninguém, fazia o que queria. Prepotência, falta de ética, poder absoluto, sem controle por parte das pessoas. Agora, quem mandava na Palestina, desde o ano 63 antes de Cristo, era o Império Romano. Herodes, para não ser deposto, procurava agradar Roma em tudo. Insistia, sobretudo, em uma administração eficiente que proporcionava dinheiro ao Império. Sua preocupação, era sua própria promoção e segurança.. Por isto, reprimia qualquer tipo de subversão. Flavio Josefo,  um escritor daquela época, informa que o motivo da prisão de João Batista era o medo que Herodes tinha de um levante popular. Herodes gostava de ser chamado de “benfeitor” do povo, porém, na realidade era um tirano (cf. Lc 22,25). A denuncia de João contra ele (Mc 6,18), foi a gota que fez transbordar o copo, e João foi levado preso.
  • Marcos 6,21-29: A trama do assassinato. Aniversário e banquete de festa, com danças e orgias! Era o ambiente em que se maquinavam as alianças. A festa contava com a presença “dos grandes da corte, dos oficiais e das pessoas importantes da Galiléia”. E este é o ambiente no qual se trama o assassinato de João Batista, o profeta, era uma denuncia viva deste sistema corrompido. Por isto, foi eliminado sob o pretexto de um problema de vingança pessoal. Tudo isto revela a fraqueza moral de Herodes. Tanto poder acumulado nas mãos de um homem sem controle de si mesmo! No entusiasmo da festa e do vinho, Herodes fez um juramento leviano a uma jovem bailarina. Supersticioso como era, pensava que devia manter este juramento. Para Herodes, a vida dos súditos não valia nada. Dispunha deles como dispunha da posição das poltronas de sua sala. Marcos conta o fato tal qual e deixa para as comunidades a tarefa de tirar conclusões.
PARA REFLEXÃO PESSOAL
  • Você conhece casos de pessoas que foram mortas vitimas da corrupção e do domínio dos poderosos? E em nossa comunidade e em nossa igreja, existem vítimas do autoritarismo?
  • Herodes, o poderoso que pensava ser o dono da vida e da morte das pessoas, era um grande supersticioso, com medo diante de João Batista. Era um covarde diante dos grandes. Um homem corrompido diante da jovem. Superstição, covardia e corrupção marcavam o exercício do poder de Herodes. Compará-lo com o exercício do poder religioso e civil nos vários níveis da sociedade e da Igreja.
ORAÇÃO FINAL
  • (SALMO 18,31)
  • Hoje irei a algum necessitado – preso ou enfermo – e atenderei sua necessidade, pensando que é a Jesus que estou atendendo.






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