quarta-feira, 1 de abril de 2015

Lectio Divina - 01/04/15



DIA 01/04/15
PRIMEIRA LEITURA à Isaías 50,4-9
  • Amanhã iniciaremos o Tríduo Pascal no qual lembraremos os mistérios que nos deram vida. Neles contemplaremos um homem que entra na mais profunda das crises pela qual alguém pode passar: abandonado, maltratado e executado da forma mais vil. Entretanto, este Homem, entra na crise com uma profunda fé e confiança no Deus que Salva; sabe que não lhe abandonará, que o sustentará e que não ficará envergonhado nem confuso e finalmente o resgatará da morte. Esta é a confiança e a fé que Deus nos oferece para toda a nossa vida, a qual não está isenta destas crises. Só quando o homem é capaz de abandonar-se por completo no Senhor é então quando pode experimentar no meio de todas as dificuldades da vida uma paz e uma alegria interior que ninguém pode explicar, e que é a promessa de que não está só e que ao final o próprio Deus o resgatará. Peçamos, pois, ao Senhor que pelos méritos gloriosos de sua paixão possamos nós adquirir esta fé e confiança para que toda nossa vida a possamos viver com paz, cheios de amor pelos demais, inclusive pelos inimigos, e que esta se transforme, como a de Jesus, e instrumento de salvação para os demais, principalmente para os membros de nossas famílias.
ORAÇÃO INICIAL
  • Oh Deus, que para livrar-nos do poder do inimigo, quiseste que teu Filho morresse na cruz, concede-nos alcançar a graça da ressurreição. Por Nosso Senhor...
REFLEXÃO à Mateus 26,14-25
  • Ontem o evangelho falou da traição de Judas e da negação de Pedro. Hoje nos fala de novo da traição de Judas. Na descrição da paixão de Jesus dos evangelhos de Mateus acentua-se fortemente o fracasso dos discípulos. Apesar da convivência dos três, ninguém entre eles fica para defender Jesus. Judas o trai, Pedro o nega, todos fogem. Mateus conta isto, não para criticar ou condenar, nem para causar desalento nos leitores e leitoras, mas sim, para indicar que a acolhida e o amor de Jesus superam a derrota e o fracasso dos discípulos. Esta forma de descrever a atitude de Jesus era uma ajuda para descrever a atitude de Jesus para com as comunidades da época de Mateus. Por causa das freqüentes perseguições, muitos se sentiam desanimados e haviam abandonado a comunidade, perguntando-se: “Será possível voltar? Será possível que Deus nos acolha e nos perdoe?”.  Mateus responde sugerindo que nós podemos romper com Jesus, porém, Jesus nunca romperá conosco. Seu amor é maior que nossa infidelidade. Esta é uma mensagem muito importante que recebemos do evangelho durante a Semana Santa.
  • Mateus 26,14-16: A DECISÃO DE TRAIR JESUS. Judas toma a decisão, depois que Jesus não aceita a critica dos discípulos a respeito da mulher que gastou um perfume muito caro somente para ungir Jesus (Mt 26,6-13). Ele foi até aos sacerdotes e perguntou: “Quanto me darão se eu o entregar?”. Combinaram trinta moedas de prata. Mateus evoca as palavras do profeta Zacarias para descrever o preço combinado (Zc 11,12). Ao mesmo tempo, a traição de Jesus por trinta moedas lembra a venda de José por seus próprios irmãos, avaliado pelos compradores em vinte moedas (Gn 37,28). Lembra, mesmo assim, o preço de trinta moedas que deve-se pagar pela aquisição de um escravo (Ex 21,32).
  • Mateus 26,17-19: A PREPARAÇÃO DA PÁSCOA. Jesus era da Galiléia. Não tinha casa em Jerusalém. Passava a noite no Monte das Oliveiras (cf. Jo 8,1). Nos dias de festa da páscoa, a população de Jerusalém triplicava pela quantidade de peregrinos que vinham de todas as partes. Não era fácil para Jesus encontrar uma sala grande para poder celebrar a páscoa junto com os peregrinos que haviam chegado com Ele da Galiléia. Manda os discípulos para que se encontre com uma pessoa em cuja casa decidiu celebrar a Páscoa. O evangelho não oferece outras informações e deixa que a imaginação complete as informações. Era uma pessoa conhecida de Jesus? Era um parente? Um discípulo? Ao longo dos séculos, a imaginação dos apócrifos completou a falta de informação, porém, com pouca credibilidade.
  • Mateus 26,20-25: ANÚNCIO DA TRAIÇÃO DE JUDAS. Jesus sabe que vai ser traído. Apesar de Judas estar fazendo as coisas em segredo, Jesus está sabendo. No entanto, confraterniza-se com o círculo de amigos do qual Judas é parte. Estando todos reunidos pela última vez, Jesus anuncia quem é o traidor. É “aquele que colocou a mão no prato comigo!”. Esta maneira de anunciar a traição acentua o contraste. Para os judeus a comunhão na mesa, colocar juntos a mão no mesmo prato, era a máxima expressão de amizade, de intimidade e de confiança. Mateus sugere assim que, apesar da traição ser levada a cabo por alguém muito amigo, o amor de Jesus é maior que a traição!
  • O que chama a atenção é a maneira em que Mateus descreve estes fatos. Entre a traição e a negação coloca a instituição da Eucaristia (Mt 26,26-29): a traição de Judas, antes; a negação de Pedro e a fuga dos discípulos, logo depois. Deste modo, destaca para todos nós a incrível gratuidade do amor de Jesus, que supera a traição, a negação e a fuga dos amigos. Seu amor não depende do que os demais fazem por Ele.
PARA REFLEXÃO PESSOAL
  • Sou capaz de ser como Judas  de negar e trair Deus, Jesus, aos amigos e amigas?
  • Na Semana Santa é importante reservar algum momento para lembrar a incrível gratuidade do amor de Deus para conosco!
ORAÇÃO FINAL
  • (SALMO 68)
  • Hoje meditarei quais as coisas, em minha vida diária, cooperam com que eu coloque resistência ao cumprimento da Palavra de meu Deus e verei como posso arrancá-las pela raiz.




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