sexta-feira, 10 de abril de 2015

Lectio Divina - 10/04/15


DIA 10/04/15
PRIMEIRA LEITURA à Atos 4,1-12
·         O fato novo provoca uma nova consciência no povo e, ao mesmo tempo, a reação negativa do Sinédrio, autoridade suprema na sociedade judaica. A ressurreição de Jesus é apresentada como fato a partir de outro fato: a cura do aleijado. O Sinédrio não pode aceitar que todos conhecem. Também não pode aceitar que a cura foi realizada em nome de Jesus, que tinha sido condenado e morto por iniciativa do próprio Sinédrio; este não pode aceitar que Jesus esteja vivo e continue fazendo o bem. Mas, como não há outro modo de explicar a cura e se teme a opinião pública, resta apenas uma atitude: reprimir os apóstolos, proibindo-os de continuar uma prática ligada ao nome de Jesus. Se a presença gloriosa de Cristo continua nos prodígios e milagres operados pelos apóstolos também a presença de recusa, perseguição e sofrimentos continua na carne de sua Igreja. Testemunho-perseguição é outro binômio inseparável da comunidade eclesial. A perseguição é selo de autenticidade da mensagem e fonte de crescimento. Perseguição quer dizer que a verdade da mensagem não se mede pela acolhida do mundo, mas só pela fidelidade ao Cristo ressuscitado. A coragem e as palavras para dar testemunho na perseguição vêm do Espírito. O motivo da perseguição e o objetivo do testemunho é Cristo ressuscitado, único salvador do homem. Esta afirmação, contudo, é uma revolução radical: é o fim da velha religião-de-Israel, para quem a salvação era a lei. Afirmar que Cristo ressuscitou não quer dizer que ele vive num mundo abstrato, em lugar “distante”, de onde não pode incomodar, mas que está “presente e ativo” no mundo.
ORAÇÃO INICIAL
  • Tu, Senhor, que nos salvou pelo mistério pascal, continua favorecendo com dons celestes teu povo, para que alcance a liberdade verdadeira e possa gozar da alegria do céu, que já começou a experimentar na terra. Por Nosso Senhor...
REFLEXÃO à João 21,1-14
·         A comunidade cristã que age sem estar unida à pessoa e missão de Jesus continua nas trevas e não produz fruto, pois trabalha sem perceber a presença do ressuscitado e sem conhecer o modo correto de realizar a ação.
·         No momento em que ela segue a palavra de Jesus, o fruto surge abundante. A missão termina sempre na Eucaristia, onde se realiza a comunhão com Jesus. O texto evangélico alude a dois níveis de comunhão na vida dos discípulos: entre si e com o Ressuscitado. Isto perfaz uma experiência característica do discipulado cristão.
·         A comunhão dos discípulos entre si expressa-se na disposição a trabalharem juntos. Quando Pedro revela sua decisão de ir pescar, imediatamente outros seis companheiros dispõem-se a ir com ele. Embora a pescaria tenha sido infrutífera, o simples fato de estarem pescando juntos já era significativo.
·         Cada qual poderia ir pescar sozinho, pensando em si mesmo e no lucro que obteria com a pesca. A disposição de partilharem o trabalho dava à pescaria uma nova dimensão. A comunhão com o Ressuscitado expressa-se no convite para a refeição. Primeiramente, Jesus pede aos sete pescadores algo para comer.
·         Uma vez que nada tinham pescado, ordena-lhes que lancem novamente a rede, à direita da barca. Resultado: recolhem-na abarrotada de enormes peixes. Entretanto, quando atingem a margem do lago, deparam-se com uma surpresa: a refeição preparada pelo próprio Mestre! Este lhes oferece peixe assado e pão, como gesto de bondosa solicitude, saciando-lhes a fome, após uma noite inteira de fadiga e de trabalho inútil. A comunhão com o Senhor dava consistência à comunhão dos discípulos entre si.
·         Caso contrário, não passariam de um grupo de amigos, sem maiores compromissos. A presença do Senhor fazia frutificar o esforço da comunidade de atrair para a fé muitas outras pessoas.
·         Isto é o que simboliza a rede repleta com 153 grandes peixes. O capítulo 21 do evangelho de João apresenta a retomada da missão pelos discípulos, na Galiléia, agora com a presença de Jesus ressuscitado.
·         A narrativa é semelhante à pesca milagrosa, no evangelho de Lucas, quando Jesus chama os primeiros discípulos. Agora é a retomada da missão, com a presença do ressuscitado. A pesca é símbolo da missão.
·         A presença e a palavra de Jesus são necessárias para o seu sucesso, e a comunidade missionária se une em torno da refeição eucarística partilhada com Jesus.
PARA REFLEXÃO PESSOAL
  • Como estão agindo hoje as comunidades cristãs?
  • Hoje somos conscientizados que precisamos estar disponibilizados para a partilha?
  • Como a pesca representa o símbolo da missão?
ORAÇÃO FINAL
·         (SALMO 117/118)
·         Pai, que a presença do Ressuscitado reforce a comunhão com meus irmãos e minhas irmãs de fé, a fim de podermos atrair para ele muitas outras pessoas de boa vontade.





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