quarta-feira, 29 de abril de 2015

Lectio Divina - 29/04/15



DIA 29/04/15
PRIMEIRA LEITURA à Atos 12,24-13,5
·         Começa uma nova etapa na história da Igreja: a difusão do Evangelho em ambiente pagão. A igreja de Antioquia já se apresenta organizada: funções partilhadas e decisões tomadas pela assembléia, em clima de oração e discernimento, clima referendado pelo Espírito Santo. A missão não nasce por iniciativa de indivíduos, mas a partir de uma comunidade cheia de vida, que escolhe e designa indivíduos para a missão. A difusão e “crescimento da palavra de Deus” não se deve só à iniciativa isolada de um indivíduo. Com Paulo e Barnabé e toda uma comunidade (Antioquia) que, obediente à inspiração do Espírito, se organiza e toma a iniciativa de uma evangelização sistemática do mundo pagão. A missão dos dois “enviados especiais” é sinal, por um lado, da extraordinária vitalidade religiosa da comum idade e, por outro lado, da exata tomada de vitalidade religiosa da comunidade e, por outro lado, da exata tomada de consciência da destinação universal do evangelho, que o cristianismo primitivo sente como tarefa sua. É a exata e maravilhosa verificação da predição de Jesus. Como o grãozinho de mostarda, como o fermento na massa, como a semente na terra, “a palavra de Deus crescia e se difundia”. Nesse crescimento e nessa difusão colaboram hoje não apenas Paulo e Barnabé, mas todos aqueles que, em qualquer setor, se põe a serviço da palavra: pais, educadores, catequistas, religiosos...
ORAÇÃO INICIAL
·         Pai, como discípulo da luz, quero deixar-me sempre guiar por teu Filho. Só, assim, as ciladas do demônio não prevalecerão sobre mim. Vem em meu auxílio!
REFLEXÃO à João 12,44-50
·         Toda idéia ou teoria sobre Deus que não esteja de acordo com a palavra e ação de Jesus é falsa. Porque Jesus é a revelação do próprio Deus. E a missão de Jesus se estende a todos, mas cada um permanece livre de aceitar a sua oferta. A recusa da vida, porém, traz consigo a escolha da própria morte.
·         A presença de Jesus no mundo tem um objetivo bem preciso: ser luz para a humanidade mergulhada nas trevas do pecado. Portanto, presença de salvação! A missão de Jesus insere-se na longa história de relacionamento do ser humano com Deus, da criatura com o seu Criador, história pontilhada de infidelidade e insensatez por parte da criatura, e de fidelidade e esperança de reconciliação, por parte do Criador.
·         A correta compreensão da identidade de Jesus exige situá-lo no contexto das iniciativas salvíficas de Deus. Assim, torna-se compreensível por que a pregação de Jesus faz constantes referências ao Pai. Crer no Filho leva necessariamente a crer no Pai. A credibilidade de um enviado está em estreita relação com a credibilidade de quem o enviou.
·         Foi por esta razão que Jesus afirmou: “As coisas que digo a vocês, eu as digo como o Pai disse a mim”. E mais: quem o rejeita, na qualidade de enviado, será julgado por quem o enviou, o Pai, já que sua missão consiste em salvar e não em condenar. O discípulo prudente deixa-se iluminar pelo Mestre, por saber-se iluminado por Deus.
·         Caminhando como discípulo da luz, estará em condições de desmascarar as artimanhas do príncipe das trevas que insistem em fazê-lo desviar-se do caminho para o Pai. Quem, pelo contrário, rejeita a luz oferecida por Jesus, torna-se inimigo de Deus, pois se recusa a aceitar sua proposta de salvação. E caminhará para o julgamento! 
·         Em sua última visita a Jerusalém, por ocasião da festa da Páscoa dos judeus, Jesus é aclamado pelo povo ao chegar à cidade. Neste contexto, o evangelista João nos apresenta a última fala pública de Jesus, após um diálogo com os discípulos e com a multidão, conforme o evangelho de hoje.
·         Como é característico de João, no seu texto, ele retoma os temas fundamentais já apresentados no Prólogo e ao longo de seu evangelho: crer em Jesus é crer em Deus Pai; Jesus é a luz do mundo, e quem crer nele não permanece nas trevas; o que Jesus fala é o que o Pai ordenou; o julgamento não será feito por Jesus, mas sim pela própria acolhida ou rejeição de suas palavras.
·         E, como núcleo do evangelho de João, Jesus, em união com o Pai, veio comunicar a todos a vida eterna. A participação na vida eterna é opção de cada um. Deus conta com a nossa adesão na fé e com o nosso dom de amor a serviço da vida, a qual, assumida em Deus, é eterna. Estas palavras de Jesus transcendem o tempo e o espaço, sendo proclamadas para nós, hoje.
PARA REFLEXÃO PESSOAL
·         Você acha que Jesus é a revelação do próprio Deus?
·         Por que as pregações de Jesus sempre fazem referência ao Pai?
·         Onde se deu a última fala pública de Jesus?
ORAÇÃO FINAL
·         (SALMO 66/67)
·         É através da justiça que todos poderão usufruir da colheita e, portanto, da bênção de Deus.




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