DIA 02/07/15
PRIMEIRA LEITURA à
Gênesis 22,1-19
- É fácil dizer que se é cristãos e que amamos Deus quando
tudo em nossa vida caminha perfeitamente, quando desfrutamos de todas as
suas bênçãos, quando existem pão e saúde suficiente em nossa vida e em
nossas casas, quando não dá trabalho bendizer e dar glória Àquele que de
tudo nos tem provido. Por isso, de vez em quando, Deus nos pergunta:
Ama-me verdadeiramente? Amar-me-ia ainda que não tivesse o que agora tens?
Seria capaz de entregar-me – SEM RESERVAS – o que mais quer na vida?
(pensemos no que mais queremos na vida). A resposta definirá com exatidão
até onde amamos verdadeiramente o Senhor. Para Abraão pediu seu próprio
filho, o único, aquele que Ele próprio lhe havia dado, e Abraão não o
negou. Em seu coração o entregou com tudo o que isto significava para ele.
Para Abraão não havia nada maior e fundamental que obedecer a Deus, ainda
quando sua vontade tocara o mais amado para ele. Abraão provou a Deus que
o amava. Você também estaria disposto, se Deus pedisse, provar-lhe o
quanto o amas?
ORAÇÃO INICIAL
- Pai
de bondade, que pela graça da adoção nos fez filhos da luz; concede-nos
viver fora das trevas do erro e permanecer sempre no esplendor da verdade.
Por Nosso Senhor...
REFLEXÃO à Mateus 9,1-8
- A
AUTORIDADE EXTRAORDINÁRIA DE JESUS. Jesus aparece diante do leitor como
pessoa investida de uma extraordinária autoridade mediante a palavra e o
sinal (Mt 9,6.8). A palavra autoritária de Jesus ataca o mal em sua raiz:
no caso do paralítico ataca o pecado que corrói o homem em sua liberdade e
bloqueia suas forças vivas: “Teus pecados são perdoados”; “Levanta-te,
toma tua cama e vai para casa”. Em verdade, todas as paralisias do coração
e da mente com as quais alguém é encarcerado, a autoridade de Jesus as
anula, pelo fato de encontrar-se com Ele na vida terrena. A palavra
autoritária e eficaz de Jesus desperta à humanidade paralisada e lhe dá o
dom de caminhar com uma fé renovada.
- O
ENCONTRO COM O PARALÍTICO. Jesus, depois da tempestade e de uma visita ao
país dos gadarenos, volta para Cafarnaum, sua cidade. Durante o regresso
tem lugar o encontro com o paralítico. A cura não se realiza em uma casa,
mas sim, ao longo do caminho. Assim, pois, durante o caminho que conduz a
Cafarnaum o levaram um paralítico e Jesus se dirige a ele chamando-o de
“filho”, um gesto de atenção que logo se converterá em um gesto salvífico:
“teus pecados são perdoados”. O perdão dos pecados que Jesus invoca sobre
o paralítico de parte de Deus alude a união entre enfermidade, culpa e
pecado. É a primeira vez que o evangelista atribui a Jesus de maneira
explicita este particular poder divino. Para os judeus, a enfermidade no
homem era considerada um castigo pelos pecados cometidos; o mal físico, a
enfermidade, sempre eram sinal e conseqüência do mau moral dos pais (Jo
9,2). Jesus restitui ao homem sua condição de salvação ao libertá-lo tanto
da enfermidade como do pecado.
- Para
alguns dos presentes, como os escribas, as palavras de Jesus anunciando o
perdão dos pecados são uma verdadeira blasfêmia. Para eles Jesus é um
arrogante, já que só Deus pode perdoar. Este juízo sobre Jesus não era
manifestado abertamente, mas, murmurado entre eles. Jesus, que escruta
seus corações, conhece suas considerações reprova sua incredulidade. A
expressão de Jesus “para que saibais que o Filho do homem tem poder de
perdoar os pecados...” indica que não só Deus pode perdoar, mas, que
Jesus, também pode perdoar um homem.
- Diferente
dos escribas, a multidão se enche de assombro e glorifica Deus diante da
cura do paralítico. As pessoas estão impressionadas pelo poder de perdoar
os pecados manifestados na cura, e se alegram porque Deus concedeu tal
poder ao Filho do Homem. É possível atribuir isto a comunidade eclesial
onde se concedia o perdão dos pecados pelo mandato de Jesus? Mateus coloca
este episódio sobre o perdão dos
pecados com a intenção de aplica-lo às relações fraternas dentro da
comunidade eclesial. Nela já se tinha a prática de perdoar os pecados por
delegação de Jesus; esta era uma prática que a sinagoga não compartilhava.
O tema do perdão dos pecados aparece de nova em Mt 18 e no final do
evangelho se afirma que isso tem suas raízes na morte de Jesus na cruz.
Porém, em nosso contexto o perdão dos pecados aparece unido à exigência da
misericórdia como se faz presente no seguinte episódio, a vocação de
Mateus: “...quero misericórdia, e não sacrifício. Porque na vem chamar os
justos, mas sim aos pecadores” (Mt 9,13). Estas palavras de Jesus
pretendem dizer que Ele tornou visível o perdão de Deus, sobretudo, em
suas relações com os publicanos e pecadores, ao sentar-se com eles na
mesa.
- Este
relato que retoma o problema do pecado e reclama a conexão com a miséria
do homem, é uma prática do perdão que se tem que oferecer, porém, é,
sobretudo, uma história que deve ocupar um espaço privilegiado na pregação
de nossas comunidades eclesiais.
PARA REFLEXÃO PESSOAL
- Está
convencido de que Jesus, chamado amigo dos pecadores, não despreza tuas
debilidades e tuas resistências, mas, as compreende e te oferece a ajuda
necessária para viver em harmonia com Deus e com os irmãos?
- Quando
vive a experiência de negar e rejeitar a amizade com Deus, recorre ao
sacramento que te reconcilia como o Pai e com a Igreja e que faz de ti uma
nova criatura pela força do Espírito Santo?
ORAÇÃO FINAL
- (SALMO
114)
- Em profunda oração, oferecerei a Deus todos os bens que possuo (materiais e a minha própria família), colocando tudo em suas mãos para que Ele faça o que quiser com isso.